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A importância da seleção e utilização correta das cercas para fazendas


Por Christian Speyer

Com destaque pela constante ascensão nos últimos anos e o valor gerado para a economia do país, o agronegócio brasileiro apresentou um superávit de US$ 43,7 bilhões no primeiro trimestre deste ano, segundo dados do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). Nesse contexto, cada detalhe da rotina do profissional do agronegócio pode colaborar diretamente para o desenvolvimento do setor, e isto inclui a qualidade dos equipamentos utilizados em seu dia a dia, como os maquinários, e, até mesmo, os materiais estruturais, como as cercas para fazendas.

No caso das fazendas de criação de animais, um dos itens imprescindíveis são as cercas, que devem ser analisadas criteriosamente antes da instalação, garantindo que cumpram seu papel e evite prejuízo às fazendas, uma vez que, quando o assunto são cercas, tratam-se de produtos com enfoque total em segurança, por isso, são considerados grandes investimentos por parte dos profissionais da área.

Nesse sentido, ao investir em uma cerca, o primeiro passo é identificar sua finalidade e as características do local onde será realizado o cercamento. Estas informações contribuem para a definição do material ideal a ser utilizado. Por exemplo, caso se trate de uma cerca de divisa de propriedade, divisão de pasto ou cerca de divisa com uma estrada, via ou rua, ela deve ser regulamentada pelo DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes).

O arame farpado, por exemplo, é geralmente utilizado em regiões de relevo montanhoso e com desníveis acentuados dentro de uma propriedade, uma vez que ele acompanha tais desníveis. Já os arames lisos, normalmente são utilizados em extensões maiores de terra com relevo mais plano, enquanto os arames para cercas elétricas, são uma ótima opção de custo benefício para divisões de áreas de pastagem.

Ademais, é fundamental ter conhecimento sobre o clima da região. Em ambientes mais agressivos, como litoral, regiões com chuvas ácidas ou alagadiças, faz-se necessário o uso de arames com camada pesada de zinco, que oferece uma proteção superior contra corrosão. Além da camada de zinco, existem outras diferenças entre os arames que devem ser levadas em consideração: o diâmetro, a classificação de resistência à tração e tipo de torção.

Outro fator a ser observado para a escolha da cerca ideal para a fazenda é o tipo de animal que será inserido no local: se é de médio ou grande porte, se é uma raça agressiva ou mansa, para que tudo saia conforme o planejado. Para raças mansas, não é necessário a utilização de muitos fios de arame. É possível utilizar apenas o arame farpado de 250 kg. Entretanto, se for uma raça arisca, como a Zebu, o mais indicado é a cerca de arame liso com, pelo menos, cinco fios, já que este material oferece mais resistência comparado à uma cerca menor.

O impacto das cercas de qualidade para as fazendas

De um modo geral, o cercamento ideal para a fazenda é, acima de tudo, o que apresente alta qualidade, que seja resistente e fabricada de acordo com as normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), que estabelecem os requisitos para a encomenda, fabricação e fornecimento do arame, a partir das respectivas classes e categorias de zincagem.

Atualmente, o mercado conta com diferentes fornecedores que oferecem o arame fora da norma técnica regulatória, o que pode ocasionar grandes prejuízos aos produtores, já que os materiais sem a galvanização exigida são mais fracos. Isto pode causar um desgaste precoce, com manutenção indesejada e substituição antecipada, gerando custos inesperados para os fazendeiros.

Além disto, o arame também pode arrebentar, provocando acidentes que podem machucar os animais ou até mesmo pessoas. Desta forma, é preciso estar certo da qualidade do arame e, no momento da compra, observar na embalagem se consta o número da norma NBR do produto, para ter a certeza de que o material está dentro dos padrões exigidos.

Christian Speyer, é gerente de marketing da Morlan, metalúrgica brasileira com forte atuação nos mercados de agropecuária, construção civil e industrial.

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