Causadora da coccidiose, Eimeria acervulina tem prevalência de 12,39% em aves monitoradas pelo sistema AVIS da Phibro nos primeiros sete meses de 2022
Rotação
“de fato” ajuda a melhor controlar a doença nas granjas e programa
exclusivo de assistência veterinária ajuda a monitorar os animais com eficácia.
Setembro é o
mês do ano em que muitas empresas produtoras de frango de corte fazem o
planejamento e troca de programa anticoccidiano para o período de verão.
Conhecer a prevalência de coccidiose através de monitorias regulares e planejar
com embasamento técnico o uso de anticoccidianos para o próximo período são
fatores importantes a serem considerados nas escolhas para se ter sucesso no
controle da coccidiose.
O Programa de
Assistência Veterinária e Integralidade Sanitária (AVIS), da Phibro Saúde
Animal, registrou, de janeiro a julho de 2022, incidência de 12,39% para Eimeria acervulina, uma das
espécies de eimeria causadoras da coccidiose em aves. Além disso, o sistema,
que realiza monitoramento sanitário para frangos de corte, também detectou
prevalências de 6,61% de Eimeria
maxima e 6,38% de Eimeria
tenella, outras importantes espécies causadoras da doença. Durante
o período, o Programa AVIS avaliou 3.856 aves.
“Coccidiose
sempre preocupa técnicos e produtores, visto que causa prejuízos econômicos
devido à piora de desempenho zootécnico e custos relacionados ao controle
preventivo e terapêutico. Além disso, lotes afetados pela coccidiose também
podem abrir portas para outros agentes de impacto para a saúde intestinal como Clostridium perfringens,
causador de enterite necrótica explica Jessica Wammes, assessora técnica de
avicultura da Phibro Saúde Animal.
No Brasil, os
programas anticoccidianos geralmente são divididos em duas fases. A primeira
vai do primeiro até por volta do 21º dia de vida e a segunda, ao redor do 22º
dia até o abate. De acordo com a especialista, é muito comum utilizar na
primeira fase uma associação de nicarbazina com ionóforo (como Aviax Plus –
nicarbazina + semduramicina) e, na segunda fase, apenas um ionóforo. Dentro do
grupo dos ionóforos há as seguintes classes: os monovalentes (monensina,
narasina e salinomicina), os glicosídicos (semduramicina e maduramicina) e
divalente (lasalocida).
Ao avaliar a
prevalência em períodos diferentes da vida do frango, o sistema AVIS permitiu
observar que a prevalência de coccidiose é maior após os 21 dias de idade.
Nesse período da vida, em grande parte das produções de frango de corte, os
animais estão consumindo um programa exclusivamente de ionóforos. Esse tipo de
anticoccidiano atua exclusivamente nas coccídeas que estão livres no lúmen
intestinal e possui uma potência anticoccidiana inferior quando comparado aos
anticoccidianos químicos e às associações de químicos com ionóforos. Por isso,
ter maior prevalência de coccidiose quando se está na fase exclusiva com o uso
de ionóforos é, de certa forma, previsível.
“Em nosso
país, há uma tendência de, ao realizar as trocas de programas anticoccidianos
na segunda fase, de usar ionóforos de uma mesma classe, como, por exemplo,
substituir a monensina (programa de inverno) por salinomicina (programa de
verão), ambos da classe de monovalentes”, diz Jessica. “Contudo, estudos
científicos alertam que, quando há redução da sensibilidade para um iónoforo de
determinada classe, outros princípios ativos pertencentes à mesma classe são
também afetados e se tornam menos eficientes, podendo ser este também um fator
adicional que contribui para a maior prevalência de coccidiose em aves após 21
dias de idade.”
“Para
solucionar esse problema, a rotação de anticoccidianos é considerada essencial
para o efetivo controle da coccidiose, sendo esse manejo importante para
retardar o aparecimento de resistência”, salienta Jessica, que possui
residência em ornitopatologia pela Universidade Federal do Paraná (UFPR).
Para evitar
esse problema, é importante realizar a rotação de fato, na qual se realiza a troca
de classe de iónoforos, de modo que é possível dar “descanso” às moléculas, e
assim, mitigar os efeitos de sua perda de eficiência. O planejamento do
programa anticoccidiano juntamente com a correta rotação das classes de
ionóforos são fundamentais para o controle da doença.
Além disso,
para minimizar os impactos da coccidiose na avicultura e contornar possíveis
surtos nas granjas, é fundamental que se estabeleça um programa de monitorias
sanitária das aves, de forma a acompanhar a prevalência e escores médios de
lesões das coccidioses e de outros achados de necropsia nos plantéis, bem como
o uso de estratégia preventiva adequada e bem planejada, contemplando rotações
de anticoccidianos.
“Um programa
de monitorias sanitárias bem estabelecido, com frequência e amostragem
determinadas é uma ferramenta importante na tomada de decisões da uma empresa
produtora de frangos de corte. Foi pensando nisso que a Phibro desenvolveu a
ferramenta AVIS para seus clientes. Esse programa de assistência veterinária e
integralidade sanitária permite aos técnicos de campo lançar dados sobre a
granja e monitorar os animais por meio de necropsia com lançamento de dados em
aplicativo exclusivo. Todos os dados ficam disponíveis para consulta e ainda há
a emissão de relatórios personalizados, auxiliando a avaliação de
comportamentos e tendências dos achados de necropsia e facilitando a gestão
sanitária da integração avícola” finaliza a assessora técnica.
Sobre
a Phibro Saúde Animal
A Phibro é uma empresa global em saúde e nutrição animal, dedicada ao atendimento da crescente demanda mundial por proteínas animais. A empresa possui mais 1.400 apresentações de produtos, está presente em mais 65 países e tem orgulho de ser parceiro de confiança para produtores, nutricionistas e veterinários, oferecendo soluções inovadoras e serviços de qualidade para produzir alimentos saudáveis e acessíveis.
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