Eleições 2022: entenda a relevância de um voto consciente
Professor de Ciências Políticas do UDF, Alan Camargo,
explica sobre a importância da participação do indivíduo no período eleitoral e
os primeiros passos para decidir o voto
Distrito
Federal, setembro de 2022 – As eleições políticas estão chegando e
para auxiliar a escolha, é necessário estudo de cada um dos candidatos e muita
pesquisa. Mas no Brasil, muitas pessoas ainda têm dificuldades neste período e
o que muitos não imaginam é que os votos são de extrema importância para o
país, pois reflete em todo o contexto social, cultural, político e econômico.
Pensando neste cenário, para ajudar os
brasileiros no preparo para eleger os próximos líderes do Brasil, o professor
de Ciências Políticas do Centro Universitário do Distrito Federal, Alan
Camargo, aponta que antes de tudo, é preciso entender o que são as eleições e o
seu papel dentro dos regimes democráticos. Em largos termos, as eleições são um
processo de escolha de representantes que, uma vez selecionados a partir de
regras previamente estabelecidas, assumem cargos em nome daqueles que os escolheram.
Segundo o professor, com o alvorecer do
século XX e a consolidação das formas republicanas, as eleições tornaram-se
mais organizadas e ampliadas, incorporando tecnologias e setores cada vez mais
diversos da sociedade. É importante reconhecer que as práticas eleitorais foram
canalizadas como estratégias de legitimação inclusive de regimes ditatoriais e
totalitários, cujos líderes, em quase sua maioria, foram escolhidos através do
voto popular. Isso nos desperta à reflexão, portanto, quanto aos riscos das
escolhas mal direcionadas ou inconscientes pelo eleitor.
De acordo com o Tribunal Superior
Eleitoral, é necessário apresentar, no ato da votação, documentos com foto que
identifiquem o eleitor. Junto aos mesmos, deve haver a apresentação do título
de eleitor, entretanto, em vista da maior acessibilidade dos recursos digitais,
o TSE vem aceitando a identificação feita pelo aplicativo e-Título. O
alistamento eleitoral é obrigatório a todos os indivíduos com mais de 18 anos
de idade, sendo possível optar pelo local mais próximo ou conveniente para
votar.
Também é importante falar sobre a
ausência na hora de realizar a votação. Segundo o professor Alan Camargo, o não
comparecimento às urnas não acarreta ônus ao indivíduo. Porém, deixar de
justificar a ausência pode trazer complicações. “Caso esteja fora do seu
domicílio eleitoral, porém em território brasileiro, o indivíduo poderá acessar
o aplicativo e-Título, o site do Sistema de Justificativa na Internet, ou
preencher o Requerimento de Justificativa Eleitoral, disponível no site do TSE,
nos postos de atendimento da Justiça Eleitoral, bem como nos locais de votação,
para expressar os motivos de sua ausência. O prazo para tais providências é até
60 dias após cada turno” explica.
O docente finaliza pontuando a
importância e necessidade de um voto esperto e bem estudado. Tendo em vista o
exposto, fica clara a importância de que a escolha política seja feita de
maneira consciente pelo eleitor. É preciso que os indivíduos reconheçam quais
as dificuldades enfrentam em seu dia a dia, tais como falta de transportes
públicos, desemprego, inflação, dentre outras, e tracem o que esperam como
resposta do poder público. O próximo passo é conhecer a quais cargos políticos
compete a iniciativa para solucionar tais problemas: deputados federais,
deputados estaduais, senadores, governadores ou Presidente da República. Isso
porque, no Brasil, a Constituição Federal atribui a cada um dos entes
federados, competências diferentes para tratar das questões sociais.
“Uma vez identificados os problemas de
sua realidade, as expectativas de mudança e os cargos responsáveis por tal
decisão, cabe ao cidadão mapear os candidatos que apresentem propostas
condizentes aos seus interesses. Recomenda-se o acompanhamento contínuo às
redes sociais dessas figuras, de modo a conhecer seus feitos e propostas, bem
como reconhecer a repercussão junto aos internautas. Outra fonte para a tarefa
é o site do Tribunal Superior Eleitoral, onde constam oficializadas todas as
candidaturas validadas pela Justiça Eleitoral. Esses elementos formam um
arcabouço para que o eleitor tome de maneira mais consciente a decisão de seu
voto em meio ao referido “mercado eleitoral” em que os pleiteantes buscarão
conquistar a simpatia e a adesão do eleitor. Quanto mais convicto de sua
escolha, menores serão as chances de vender seu voto ou contribuir para fraudes
e desvios da finalidade eleitoral”, conclui Alan Camargo.
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tecnologia, além de oferecer cursos de pós-graduação lato e stricto sensu, e programas
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