Estagflação x gestão: o que fazer para não perder espaço no mercado?
*Por Caio Navarro, diretor da Hand – hand@nbpress.com
A estagflação – situação simultânea de
estagnação econômica ou até mesmo recessão e altas taxas de inflação – chega
para dificultar ainda mais a vida dos empresários e das empresas. Investir no
Brasil não é para amadores, e todos nós já sabemos. Entretanto, os fatores
econômicos mundiais só contribuem para deixar o ambiente de negócios ainda mais
complexo e desafiador.
Em um ambiente pressionado pelos
aumentos de preços das cadeias de suprimentos globais, muitas empresas têm
visto suas margens serem espremidas, principalmente pela impossibilidade de
repassarem todos os aumentos de preços sofridos pelos fornecedores para os seus
clientes. Além disso, temos a alta da taxa de juros no mundo todo, tornando o
capital mais caro e escasso.
Em meio ao caos, evidencia-se a
necessidade de as empresas buscarem o aumento da eficiência, profissionalização
da gestão e melhoria da produtividade para sobreviverem e prosperarem no
cenário adverso. O empresário precisa se reinventar a cada dia. Não tem como
manter o status quo
esperando os mesmos ganhos que eram possíveis no passado.
Não temos como gerir a empresa da mesma
forma e esperar os resultados de um momento completamente diferente do atual.
Não existe a opção de não mudar e não crescer. Muitas vezes, a produtividade exige
escala, que demanda, inevitavelmente, crescimento. Esse crescimento aumenta a
dificuldade do negócio, que requer uma transformação na forma de gestão da
empresa. O quanto antes aceitarmos isso, melhor.
A resistência à mudança é algo que
precisa ser mais bem trabalhado. Empresas multinacionais sofrem para mudar por
conta de seus processos, sistemas e sua própria burocracia. Companhias médias
deveriam se destacar por serem menores, mais ágeis e flexíveis. Entretanto, nem
sempre isso é verdade. Muitas vezes, caímos no erro de que o tamanho atual é
suficiente, que a empresa está saudável e rentável e não precisa mudar. É nesse
momento que uma silenciosa decadência pode estar ocorrendo.
Em todos os setores, teremos sempre
alguma empresa se aprimorando, e a competição do mercado fará com que outras
deixem de existir ou percam posição, inclusive ameaçando sua existência.
Quando falamos em transformação da
gestão, não é algo de outro planeta. Trata-se de utilizar ferramentas e
metodologias para melhor gerir o negócio, planejar e executar um plano
estratégico estruturado. Elevar o nível de exigência, utilizar benchmarks de mercado e
propor modelos de remunerações variáveis contribuem para as pessoas saírem de
suas zonas de conforto.
Porém, a existência de inúmeras áreas de
conhecimento faz com que o desafio seja ainda maior. Ninguém é capaz de saber
profundamente todos os assuntos e particularidades de uma organização. Com o
crescimento, o desafio aumenta exponencialmente, e o empresário pode sentir-se
perdido ou desestimulado a crescer, aumentando a sedução do dito status quo.
Em suma, não podemos nos apegar ao
passado e esquecer de construir o nosso próprio futuro, com as condições e
perspectivas reais que temos hoje, independentemente de serem o que gostaríamos
ou não.
* Caio Navarro é graduado em
administração de empresas pela FACAMP e possui pós-graduação em finanças
corporativas pela FIA. É diretor da Hand, empresa de Campinas (SP), que atua na
gestão de empresas e fusões e aquisições – hand@nbpress.com
Sobre a Hand
A Hand é uma assessoria independente e especializada na venda, compra e gestão de empresas. A companhia acredita no poder transformador das pessoas, aliado à tecnologia e transparência. Dessa maneira, utiliza de metodologias próprias para solucionar problemas complexos e gerar valor para as empresas. Para mais informações, acesse: https://www.handgc.com.br .
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