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Fleumáticos, Melancólicos e desafios

Saulo Barbosa*

 

Além de possuir diferentes características, as pessoas se diferenciam muito pelo modo de agir a situações distintas e tarefas diárias, sejam elas em nosso trabalho ou no convívio com nossos familiares.

Nossos hábitos e maneiras de reagir revelam muito além dos nossos traços de personalidade, mas expõe também nosso temperamento comportamental. Amadurecer é fundamental para que nossa individualidade temperamental não prejudique a convivência com as pessoas ao nosso redor.

Existem quatro tipos de temperamentos e, com o amadurecimento constante da Personalidade, é possível superar as barreiras e desafios impostos nas situações cotidianas. Entre os quatro temperamentos, hoje falaremos sobre os Fleumáticos e Melancólicos.

Com características de serem calmos, pacientes e muito observadores, os fleumáticos deveriam aceitar desafios maiores do que consideram ser capazes de executar, diferentes das pessoas de temperamentos melancólicos.

Com tendências pessimistas, os melancólicos tendem a remoer por mais tempo uma possível decepção de um desafio enfrentado. O fleumático, apesar de ter uma característica mais tranquila, quando aceita grandes desafios que exigirão muito dele, passa a se dedicar muito para o seu objetivo a fim de cumprir o desafio.

Mesmo que não tenha êxito, uma decepção não marcaria tanto em sua vida, pois a sensação ruim daria lugar a percepção de saber que possui um potencial acima do esperado, podendo começar a tomar gosto para implementar novas metas e desafios em sua rotina.

Já o melancólico ainda precisa amadurecer para aceitar que não precisa absorver tudo e que uma possível decepção é algo normal na vida de qualquer pessoa. A questão é justamente esse olhar para fora para não se levar tão a sério assim, inclusive nas eventuais falhas cotidianas. Mas, por já possuir uma tendência a fazer isso, aceitar desafios maiores do que ele consegue fazer será um peso a mais para qualquer melancólico.

 

*Saulo Barbosa é médico psiquiatra formado na Universidade Federal do Rio de Janeiro com residência médica em psiquiatria pelo IPUB-RJ. Atende pacientes presencialmente em Minas Gerais, e on-line em todo Brasil e exterior.

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