Fundador da Associação Viva e Deixe Viver será professor convidado em curso de extensão oferecido pela Unicamp
Objetivo é formar
novos contadores de histórias, expandir os conhecimentos sobre literatura
infantil e sobre a importância dessa ação para crianças hospitalizadas e suas
famílias
A Viva e Deixe Viver, associação que congrega 1,3 mil voluntários
contadores de histórias para crianças em 85 hospitais do País, e a Universidade
Estadual de Campinas (Unicamp), por meio do Instituto de Estudos da Linguagem
(IEL), irão se unir para realização do curso de extensão “A arte de contar
histórias e o lúdico no âmbito da saúde e educação” que irá formar novos contadores.
Em formato semipresencial, o aluno terá contato com diversas narrativas
ficcionais infantis e irá aprender técnicas de contação de histórias, estudando
aspectos como uso da linguagem e da voz, expressão facial e corporal, uso de
recursos auxiliares, entre outros.
Para participar é preciso ter completado o Ensino Médio. As inscrições
já estão abertas e podem ser feitas até 08 de outubro no site da ExteCamp (clique
AQUI). No total, a carga horária do curso será de 38 horas, divididas entre
atividades presenciais (20 horas teóricas e 8 horas práticas) e online (5 horas
teóricas e 5 horas práticas). Além da grade regular, serão oferecidas
atividades complementares, como o Viva ON e Domingueiras, cursos e atividades
oferecidas através de projetos incentivados pela Associação Viva e Deixe Viver.
As aulas começam em 15 de outubro e seguem até 03 de dezembro.
“Pesquisas recentes mostram que ouvir histórias faz bem para crianças e
adolescentes hospitalizados. Em apenas 30 minutos, o estresse diminui e a
sensação de bem-estar aumenta. Com a prática, os contadores também são
beneficiados. Por isso, aprender a contar histórias e suas técnicas é tão
importante”, explica Márcia Abreu, professora do Departamento de Teoria
Literária do IEL e responsável pelo curso.
Pesquisa com crianças e adolescentes hospitalizados - Conduzida pelo físico Guilherme Brockington, doutor em educação e com
pós-doutorado em neurociências, professor da Universidade Federal do ABC
(UFABC) e por Márcia Abreu, professora titular do Departamento de Teoria
Literária da Unicamp, o estudo contará com a participação de médicos e também
de alguns dos alunos formados no curso de extensão. O estudo medirá o impacto
que a contação de histórias infantis pode causar sobre o estado emocional e o
nível de estresse de crianças.
“Qualquer um que já contou ou ouviu uma boa história é capaz de sentir
seus impactos. Até a pesquisa que realizamos em 2021, havia apenas evidências
anedóticas desses impactos. Entretanto, conseguimos mostrar que, com apenas 30
minutos de contação de histórias, pode-se impactar psicológica e
fisiologicamente crianças hospitalizadas, com mudanças importantes nos níveis
de marcadores biológicos, como ocitocina e cortisol, e psicológicos, como
escala de dor e respostas emocionais”, afirma Guilherme Brockington.
A pesquisa é similar à conduzida, em 2021, pelo Instituto D’Or de
Pesquisa e Ensino (IDOR) e da Universidade Federal do ABC (UFABC), em parceria
com a Associação Viva e Deixe Viver (Viva), que evidenciou, pela primeira vez,
que o ato de contar histórias é capaz de trazer benefícios fisiológicos e
emocionais para crianças que se encontram em Unidades de Terapia Intensiva
(UTIs).
Neste estudo, previsto para ser iniciado em janeiro de 2023, haverá como
complemento o comparativo dos impactos de crianças hospitalizadas na rede
pública e privada. Também serão estudados os efeitos do contato com tipos
diversos de histórias (simples e complexas, em verso ou em prosa) e da presença
de uma pessoa que narra. “Não temos dúvidas de que os resultados serão
surpreendentes. No primeiro estudo, comprovamos que a contação de histórias
exerce certa influência, porque as crianças ficavam menos amedrontadas e
tristes e se tornavam mais colaborativas, por exemplo, aceitando realizar um
exame que antes não queriam fazer”, encerra Valdir Cimino, fundador da Viva e
Deixe Viver.
Serviço
Curso de extensão - “A arte de contar histórias e o lúdico no âmbito da
saúde e educação”
Data: 15 de outubro a 03 de dezembro
Valor: R$ 380,00 (desconto para alunos da Unicamp e
professores da Unicamp e Rede Pública de Ensino)
Formato: Semipresencial oferecido pela Unicamp e Viva Deixe
Viver
Inscrições até 08 de outubro:
https://www.extecamp.unicamp.br/dados.asp?sigla=%8Eg%D5%C2%5E%E1%DB%9F&of=%F7%12%A8
Sobre
a Associação Viva e Deixe Viver
Fundada em 1997 pelo paulistano Valdir Cimino, a Associação Viva e Deixe Viver é uma Organização da Sociedade Civil (OSC) pioneira em diversas frentes e políticas públicas. Por meio da arte de contar histórias, forma cidadãos conscientes da importância do acolhimento e de elevar o bem-estar coletivo, a partir de valores humanos como empatia, ética e afeto. A entidade também é referência em educação e cultura, por meio da promoção de atividades de ensino continuado. Nesse sentido, conta com o canal Viva Eduque, espaço criado para a difusão cultural, educacional e gestão do bem-estar para toda a sociedade. Hoje, além dos 1.357 fazedores e contadores de histórias voluntários, que visitam regularmente 85 hospitais em todo o Brasil, a Associação conta com o apoio das empresas Safran, UOL, Banco Daycoval, Expressa Medicamentos, Flexicotton, Daviso, Montana, CCS e Pfizer.
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