Marketing x tecnologia: o que muda para os profissionais?
Por Camilo Barros - Head of Sales and Partnerships Latam da VidMob*
A publicidade como conhecíamos vem se
transformando rápida e constantemente, principalmente por conta das mudanças
culturais e tecnológicas. Por isso, é fundamental que os profissionais estejam
sempre atentos às novidades. De acordo com um estudo realizado pelo LinkedIn,
nos últimos cinco anos a demanda por habilidades tecnológicas na publicidade
aumentou em 47%. Esse dado deixa clara a mudança que o mercado de marketing e
publicidade vem enfrentando. Se antes tudo era movido a “achismos”, hoje o
mercado já percebeu que é preciso ir além para de fato impactar o
cliente.
O digital tem sido o motor propulsor de
todas as mudanças e irá transformar as nossas vidas radicalmente. Entretanto, a
gente precisa ter em mente que será impossível entender de toda a tecnologia
disponível. Para vencer essa batalha, é essencial que os profissionais de
marketing entendam as pessoas. Adtechs, martechs, plataformas e afins são
ferramentas que empoderam as agências e anunciantes a entenderem melhor quem
está no centro desta conversa e domina as ações de marketing hoje em dia,
o consumidor, onde a intimidade com ele se dá através de dados.
Que a transformação que vem impactando o
mundo como um todo, não é novidade para ninguém, mas o que as marcas e os
criativos tem feito efetivamente para acompanhar essas mudanças? É preciso ir
além do óbvio, revisitar antigos conceitos para compreender o que vai fazer
sentido nos próximos anos, até porque o que funcionava há alguns anos hoje não
faz mais sentido.
Em 2020, o Google anunciou a intenção de
tirar cookies de terceiros do Chrome e, desde então, muito tem se falado sobre
quais os impactos no marketing. A questão é que isso, com certeza, por mais que
se adie, é fato e vai trazer muitas mudanças para as antigas formas de criar
anúncios e como a tecnologia - ou a falta dela - pode influenciar nas decisões.
Para enfrentar esses novos desafios, precisamos carregar um repertório imenso
para os próximos anos, e saber colaborar. Não existe mais o grande player e sim
o conjunto de stakeholders que o compõem de forma colaborativa.. E isso não
somente pela aceleração que a pandemia trouxe, mas também pelo que vamos viver
com a Web3, onde promete-se uma revolução de proporções ainda maiores que a
revolução industrial.
A Web1.0 era descoberta, a Web2.0 era
social media e a Web3 é sobre descentralização e colaboração em tudo aquilo que
a compõe. A grande diferença é que se antes as pessoas eram apenas usuários,
agora as pessoas passarão a ser membros, de preferência ativos.
Os negócios na Web 3, principalmente os
realizados no metaverso, precisam ser competentes e éticos. Ou seja, ao invés
de fornecer uma série de informações sobre seu produto, as pessoas querem que
você gere uma conversa empática e crie uma relação genuína com elas, para que a
troca seja também neste ambiente de cocriação. É claro que ainda estamos em
fase de experimentação, mas a tendência de descentralização veio para ficar.
Se atualizar acerca da tecnologia será
imprescindível, mas é fato também que é impossível que a gente entenda de toda
tecnologia que teremos à disposição, já que as mudanças acontecerão de forma
rápida e constante. Assim, o mais importante será entender as pessoas. Os seus
hábitos de consumo, como se comunicam, o que preferem, enfim, quanto mais
conhecer de pessoas, quanto mais dados ela puder nos fornecer em troca de algo
de valor, mais fácil será criar uma relação genuína com elas, por meio de
inovações tecnológicas que façam sentido para cada pessoa. No final do dia
vencerá a batalha pela atenção das pessoas, aquele que entender melhor sobre
elas, aquele que for íntimo delas.
*Camilo Barros - Head of Sales and Partnerships Latam da VidMob, plataforma líder mundial em Inteligência Criativa que fornece uma solução tecnológica de ponta a ponta para ajudar as marcas a melhorar seus resultados de marketing
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