O papel fundamental do compliance na agenda ESG
*Por Ricardo Alário
A ideia de agir em conformidade com
Políticas, Códigos de Conduta e Legislações existentes fica sob
responsabilidade, dentro das empresas, de uma área denominada como compliance e se tornou um dos pilares do ESG (Meio Ambiente, Social e
Governança, em português). O objetivo é
fortalecer e propagar uma cultura positiva de equivalência, ao se comprometer com o cumprimento das regras, sejam elas
as leis locais aplicáveis às companhias, seus acionistas ou até as regras e
normas internas, agindo de forma íntegra e ética, com
uma gestão de riscos sólida e eficaz aplicada a todas as atividades da empresa.
Esse compromisso é de extrema importância para as empresas de data centers, uma vez que o setor possui elevado nível de
exigência, por parte de clientes, acionistas e demais stakeholders. É fundamental se atentar às
melhores práticas de governança e a
aplicabilidade de uma gestão de riscos que seja eficaz e eficiente, por ser um
setor diretamente ligado à proteção de dados, segurança e confidencialidade.
O compliance está relacionado a Governança Corporativa, uma vez que este
compromisso possui três pilares essenciais: prevenir, detectar e corrigir, que se direcionam a prevenir condutas ilícitas e em
desacordo com as normas, detectá-las caso ocorram e corrigi-las, a fim de erradicar
quaisquer práticas que não estejam baseadas na integridade e na ética.
Dentro do universo do compliance
é reforçado a
estrutura organizacional da companhia através de ações como a divulgação e
constante revisão do Programa de Integridade, que é a soma de ferramentas de
prevenção de condutas antiéticas e irregulares, baseado em procedimentos,
políticas, normas internas e externas, legislações nacionais e internacionais e
diretrizes da Companhia. Seu objetivo é estabelecer parâmetros para que a
empresa conduza suas atividades de forma ética. Destacamos também a realização
de treinamentos anuais, com os mais diversos temas, como as atualizações de
legislação, do Código de Conduta, as regras de Prevenção à Lavagem de Dinheiro
e até mesmo treinamentos para reafirmar os padrões, políticas e a cultura
institucional baseada na Integridade.
Outra ação relevante é o
compartilhamento de Comunicados de Compliance, que informam aos colaboradores assuntos como nepotismo,
conflitos de interesse, recebimento de brindes e presentes, entre outros temas
relevantes. Além da divulgação e incentivo a utilização do Canal de Ética, que tem por objetivo o recebimento de denúncias, anônimas ou
não, que são essenciais para a prevenção, detecção e correção de quaisquer
condutas antiéticas e ilícitas que possam ocorrer dentro das empresas.
A mitigação de riscos está entre as
vantagens de investir em compliance, para que além da criação de processos de gestão, a empresa
possa se organizar e entrar em consonância normativa e que também seja possível
implementar uma “mudança cultural” dentro da empresa. Ou seja, para que se
enraíze os conceitos dentro da companhia, através de cursos, exemplos ou revisões
periódicas de tudo que foi ensinado para que cada vez mais todos tenham a
consciência da necessidade e da importância de um programa bem instituído para
a proteção de dados da empresa. Essa mesma ideia de cursos e revisões podem ser
aplicadas em diversos setores das companhias, sempre alinhadas com o EHS
(Saúde, Segurança e Meio Ambiente, em português).
Além de questões anticorrupção e de
comportamento ético, temas como preconceito e discriminação, segurança de
informação e propriedade intelectual devem ser objeto de atenção. É fundamental levar em
conta a transformação digital e todas as mudanças feitas em diversos setores e
temáticas, podendo resultar em revisões de políticas e do código de conduta de
colaboradores. É importante frisar que a área merece um investimento anual para aplicar o melhor
modelo de Programa de Integridade. O envolvimento de fatores como o treinamento
de pessoas, as iniciativas de comunicação, auditoria interna e externa, são
como pilares que atuam na sustentação das empresas, não só para se adequar às
leis, mas, também para a criação da cultura das companhias.
*Ricardo Alário
é Presidente da ODATA
Sobre a ODATA
Fundada em 2015, a ODATA é uma provedora
brasileira de serviços de data center, que fornece infraestrutura de TI
escalável, confiável e flexível na América Latina. Focada em Colocation, a
ODATA atende à crescente demanda por energia, espaço e confiabilidade de
organizações de diversos setores, sendo completamente qualificada para oferecer
soluções de enterprise/retail (desde meio rack, racks inteiros e cages) até
projetos built to suit (constrói e opera data centers novos, para um único
cliente, na região escolhida). A ODATA busca a criação da mais moderna e
eficiente rede de data centers da América Latina. Atualmente, a empresa possui
três data centers operando no Brasil, um na Colômbia e outro no México, além de
já ter iniciado a sua expansão também no Chile. A empresa traz a experiência,
solidez e competência do Pátria Investimentos e tendo uma atuação global através da
parceria estratégica com a CyrusOne, um dos maiores player do mercado de Data
Center do mundo.
Mais informações em https://odatacolocation.com/.
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