Quanto mais tecnologia, mais o consumidor quer falar e ser ouvido!
Por André
Favero - Head de Novos Negócios e Partner Manager
Na era
onde as soluções tecnológicas são facilitadoras de tarefas, desde as mais
simples até as mais complexas, parece que vivemos em um mundo onde tudo é muito
fácil, não é mesmo? Mas mesmo assim, encontramos muitas dificuldades e
reclamações.
O
pensamento analítico e a necessidade de resolução de problemas, habilidades que
figuram no topo da lista que os empregadores acreditam que crescerão em
destaque nos próximos cinco anos, de acordo com o Fórum Econômico Mundial
(WEF), talvez seja a pedra no sapato das tecnologias que deveriam facilitar,
mas nem sempre. Por isso, não é incomum você ouvir por aí: “Basta baixar o meu
aplicativo e resolver tudo por lá”! E quando escutamos isso, imediatamente
pensamos que todas as soluções estão claras e óbvias quando realizamos o
acesso no aplicativo, pois basta baixar o App para tudo. Mas nem sempre é
assim, e agora você já está lá, sozinho encarando o aplicativo e tentando
descobrir como resolver o seu problema. Será?
Algumas
pessoas possuem mais afinidade com a tecnologia, ou seja, trata-se do perfil
''intuitivo''. Porém, por outro lado, nem todos são assim, e não por causa da
idade, cultura ou qualquer outra característica, mas sim porque o indivíduo
precisa de ajuda. E quase sempre precisamos falar e queremos alguém que nos
escute atentamente, nos compreenda e nos ajude a resolver uma situação
independentemente do tempo que isso tomou.
O ser humano
nasceu para se comunicar. O ato de falar é aguardado pelos pais e comemorado a
cada letra ou som que são emitidos. E, quando aprendemos a falar,
nos desenvolvemos e criamos laços. Nasce, então, a socialização e
compartilhamos interesses em comum.
Ora,
então podemos dizer que a conexão do ser humano é a comunicação?
Na
prática, estamos cada vez mais sendo tratados como máquinas. Empresas esperam
que façamos exatamente o que eles desejam ou simularam nos laboratórios, sem
nos dar a chance de falar ou escrever, expressando o que realmente queremos.
Isso sem
falar em grupos de pessoas que possuem uma dificuldade devido a alguma
necessidade especial, idosos ou até mesmo alguém que não teve a oportunidade de
aprender a ler e escrever.
A verdade
é que, conforme a tecnologia avança, a cada dia que passa não queremos ser
tratados como máquinas, mas sim como humanos.
A melhor
experiência que tive nesses tempos foi com um banco estrangeiro. Falei com um chatbot, fluente em mais de
dez idiomas e que me ajudou a esclarecer uma dúvida, de forma simples e ágil,
sem a necessidade de perder tempo no aplicativo. E, claro, não sou contra
aplicativos. Eles nos ajudam e precisamos muito deles, mas nem tudo deve
possuir apenas um canal de comunicação, às vezes precisamos que a tecnologia
nos ouça e nos compreenda.
O chatbot é uma tecnologia
usada para se comunicar de maneira eficiente com diferentes públicos, a partir
de chats programados com padrões de respostas. Ele traz rapidez ao processo de
atendimento ao cliente, sem tirar o tempo dos funcionários e ajuda a criar um
relacionamento amistoso entre empresas e os consumidores. Porém, é importante
ressaltar que assim como para outras tecnologias, no caso dos chatbots, a
evolução que tem conquistado espaço nas organizações é a construção de diálogos
mais amigáveis e que simulem realmente a conversa entre humanos e, assim,
possibilitem mais engajamento e acolhimento durante um atendimento.
E tanto
as empresas quanto os consumidores buscam exatamente isso no mercado: conversas
humanizadas, naturais e que tenham a capacidade de engajar o usuário da mesma
maneira que um agente humano faria. Mas com muito mais escala e rapidez do que
uma pessoa executaria. É possível?
Sim, quer
um exemplo de automatização humanizada? Conhece a Siri ou a Alexa? Ambas são
assistentes virtuais que cumprem suas tarefas – responder às dúvidas dos
usuários e automatizar algumas tarefas -, mas têm personalidades bastante
definidas e são bem-humoradas em vários momentos. Para algumas pessoas são,
inclusive, uma boa companhia.
Não pense
que é difícil alcançar um nível tão avançado de humanização, o mapeamento de
linguagem e intenções, já existe e permite criar um chatbot muito simpático
para auxiliar no engajamento dos seus clientes.
No
próximo artigo explicarei sobre as características de um chatbot humanizado e
como garantir que ele seja realmente humanizado, quando criado com recursos de inteligência artificial
e machine
learning.
Perfil do Autor: André Luiz Favero, 35 anos, MBA Gestão Comercial, na Kore.ai é Head de Novos Negócios e Partner Manager
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