Varejo: fluxo de lojas físicas cresce 25% em junho
Levantamento do Grupo de Estudos Urbanos (GEU)
revela que o movimento de pessoas teve alta de 21% em lojas de shopping e de
16% nos estabelecimentos de rua, em relação ao mesmo período em 2021
O mundo pós pandêmico apresentou uma
significativa retomada da movimentação, após dois anos de muitas restrições.
Com o avanço da vacinação, a população brasileira e mundial está se encorajando
a voltar às atividades e aos seus hábitos fora de suas residências, buscando
recuperar o tempo perdido durante a pandemia. Esse movimento tem alavancado o
fluxo nas lojas de ruas e shoppings, pois somente em junho deste ano, as lojas
físicas tiveram uma alta de 25% no fluxo, em comparação com o mesmo período de
2021, segundo dados do Grupo de Estudos Urbanos (GEU).
Com mais pessoas transitando no
comércio, consequentemente, mais compras foram realizadas, o que trouxe um
aquecimento para o setor. O levantamento realizado pelo GEU, indica que o
faturamento das lojas físicas também aumentou, atingindo crescimento de 18% em
junho deste ano, em relação a 2012. As lojas de rua lideraram a
alta, com um crescimento no faturamento de 23%, enquanto nas lojas de shopping
esse número foi de 11%. “Durante o isolamento social muito se falou sobre o
crescimento do comércio eletrônico e a possível morte das lojas físicas, mas
esses dados comprovam como esse setor do varejo continua forte”, comenta Milton
Fontoura, diretor da empresa responsável pela pesquisa.
Os dados do levantamento apontam que a
retomada do fluxo aconteceu a partir de fevereiro, pois em janeiro deste ano, a
queda no movimento das lojas de rua era de 46% e de 40% nos shoppings, na
comparação com o mesmo período em 2019. Desde o segundo mês do ano, os números
vinham reduzindo a distância da queda de movimento e se aproximando dos níveis
pré-pandemia. “No mês de maio, a diferença com o movimento de 2019 era de
apenas 23% nas lojas de rua e de 13% nas de shopping, porém o mês de junho
apresentou uma inflexão negativa, interrompendo a tendência de alta que vinha
ocorrendo desde março”, sinaliza Fontoura. O especialista acredita que o
ambiente econômico instável em função da guerra na Ucrânia, da inflação mundial
crescente e da escassez de produtos, pode ter contribuído para este
resultado.
O movimento segue a tendência
identificada no exterior, que mesmo estando abaixo dos níveis pré-pandemia em
algumas regiões, têm demonstrado sinais de recuperação. “Nos Estados Unidos,
vemos marcas como a Nordstrom abrindo uma de suas maiores lojas a poucos
quarteirões da Times Square, em razão da retomada do fluxo de pessoas na
região”, comenta Fontoura. Na região, o tráfego de pedestres aumentou 186% em
relação ao ano passado, e juntamente com a Union Square de São Francisco (alta
de 101%), os locais tiveram as maiores recuperações de movimentação no
país.
Sobre o Grupo de Estudos Urbanos - o GEU foi fundado há cerca de 30 anos pelos
sócios Milton Fontoura e Luis Carlos Francischini, e carrega mais de 6.000
estudos em seu portfólio, com clientes como C&A, Zaffari, Socicam, entre
outras grandes empresas. Especializado em levantamentos exclusivos, o Grupo de
Estudos Urbanos fornece pesquisas para os setores de varejo, mercado imobiliário,
serviços, saúde, hotelaria, entretenimento, educação e logística.
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