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A falta de preservação ambiental e os riscos para a saúde humana

*Por Fernando Silva

Divulgação - Assessoria 

A conservação ambiental defende o desenvolvimento sustentável da humanidade e busca garantir a qualidade de vida para as gerações futuras. No último dia 04 de outubro, foi comemorado o Dia da Natureza, data criada com o intuito de conscientizar a população a respeito da importância da preservação ambiental. Mas, será que temos o que comemorar?

A natureza é e sempre será a maior fornecedora dos elementos básicos para a sobrevivência de qualquer ser vivo. Ela fornece o ar que respiramos através da mágica da fotossíntese, a água que bebemos até a energia que consumimos. Somente em 2022, a floresta Amazônica - maior bioma do mundo - teve 7.943 quilômetros de florestas derrubadas de janeiro a agosto, a terceira pior devastação para o período nos últimos 15 anos.

Em São Paulo, o maior rio paulista, Tietê, com cerca de 1.1 mil quilômetros de extensão, sofre com a poluição - monitorada desde dos anos 90. De acordo com o estudo Observando o Tietê 2022, a mancha de poluição cresceu e agora se estende por 122 quilômetros, um aumento de 40% em relação a 2021, quando atingiu 85 quilômetros. Cerca de 50% da população mundial consome água poluída e, como consequência, a proliferação de doenças por meio dos microrganismos nocivos aumenta principalmente para aqueles que convivem diariamente com a falta de saneamento básico

Em 2019, a escassez do serviço, levou a sobrecarga do sistema de saúde, com 273.403 internações por doenças de veiculação hídrica, um aumento de 30 mil hospitalizações comparado com o mesmo período do ano anterior. A Constituição garante a saúde e o bem-estar de todos, mas a ineficiência das políticas públicas, em conjunto com a sobrecarga do sistema de saúde público, torna a condição de vida precária.

O Brasil é um dos principais centros de inovação e tecnologia do mundo, mas  não basta somente o desenvolvimento de soluções ambientais, como purificadores capazes de tratar água contaminada e a canalização de esgotos, se o principal problema é a falta de educação ambiental. A mudança só vai ser efetiva no momento em que a população descruzar os braços para as atrocidades cometidas e mudar o seu comportamento em relação ao meio ambiente.

*Fernando Silva é CEO da PWTech, startup voltada para a purificação de água contaminada. Formado em engenharia química pelo Mackenzie e administração e negócios pela Harvard Business School, é executivo da área comercial com mais de 15 anos de experiência em negócios e soluções ambientais sustentáveis

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