A inteligência artificial e o impacto no ganho de tempo dentro das empresas
*Por Marcelo Mezzomo
Você já parou para pensar que o tempo
pode ser o bem mais precioso que temos? Podemos negociar muitas coisas no dia a
dia, tanto para a vida pessoal quanto profissional, mas o tempo perdido é algo
que não retorna para nós. Trazendo essa reflexão para o ambiente
organizacional, quanto tempo em média os colaboradores da sua empresa têm
utilizado, por dia, por semana e por mês, apenas para pesquisar e reunir
informações para o seu trabalho diário? Isso equivale a quanto tempo
desperdiçado? Esse tempo poderia ser destinado para algo mais estratégico e
para projetos pessoais?
A realidade de diversas organizações é
que suas equipes ainda investem muito tempo na busca de informações de que
precisam ou querem saber para o trabalho. Vale destacar que esse tempo não está
relacionado à busca de conhecimento, necessária e louvável, mas à procura por
informações básicas, que geralmente estão dispersas em e-mails, documentos,
planilhas, pastas, aplicativos e apresentações. Muitos gestores ainda convivem
com essas pedras no caminho e perdem muito tempo em suas operações.
De acordo com dados da consultoria
McKinsey, a automação robótica de processos (RPA) é a grande promessa do
mercado para as empresas economizarem tempo, dinheiro, esforço humano e
aprimorar o desempenho de seus departamentos. O McKinsey Global Institute ainda
aponta que, com o uso desse tipo de tecnologia, mais de 80% do trabalho
previsível, 69% da função de processamento de dados e 64% das atividades de
coleta de informações podem ser automatizados sem nenhuma dificuldade.
O investimento em inteligência
artificial é o que possibilita às empresas liberar seus colaboradores para
funções mais estratégicas, consultivas e criativas. Posso afirmar que a RPA já
domina o cotidiano de muitas empresas que não querem mais perder tempo com processos
que podem e devem ser automatizados. Não me refiro a cortar empregos, mas, sim,
usufruir de tecnologias disponíveis no mercado para fazer com que a rotina de
trabalho fique menos cansativa e custosa. E com que os gestores e
colaboradores, em geral, possam focar em funções que os façam crescer como
profissionais e que gerem sensação de satisfação, o que é refletido no
crescimento organizacional.
Também é verdade que algumas tentativas
de implementação de inteligência artificial nas organizações fracassam. Em
grande parte dos casos, isso acontece porque tais empresas buscam executar essa
mudança contando somente com o departamento de tecnologia da informação. No
entanto, a transformação tecnológica na empresa não pode ser isolada, precisa
se tornar parte da visão estratégica e da cultura da organização como um todo.
Faz-se necessário um direcionamento do comitê executivo amplamente difundido em
cada ponta da organização. Uma pesquisa da Delloite de 2018 mostrou que
resistência organizacional, processos altamente fragmentados e restrições
regulatórias são possíveis entraves para automatizar processos.
Tenho vivenciado de perto toda a
transformação de mindset e o processo de digitalização que, desde 2018, a
Edenred Brasil promove dentro e fora de casa. Com a RPA, por meio de mais de
cem robôs, a empresa economizou cerca de 32 mil horas de trabalho. São inúmeros
benefícios, que não ficam restritos à organização, mas, sim, estendem-se aos
seus públicos externos, a exemplo de uma solução que, por meio de inteligência
artificial, ajuda gestores de frotas a tomar diversas decisões e a evitar
fraudes nos processos. Com o serviço, é possível identificar, por exemplo,
quanto do saldo da solução para pagamento de combustível e serviços de
mobilidade está sendo utilizado. São mais de 5 mil ações que resultam em uma
maior produtividade e economia para os clientes. O desenvolvimento dessas
tecnologias exigiu um tempo produtivo das equipes de arquitetura, UX, produtos,
entre outros departamentos da Edenred, para que, hoje, os clientes pudessem
economizar tempo em demandas corriqueiras.
Um levantamento da Deloitte, sobre
perspectivas globais de líderes empresariais a respeito de terceirização de
serviços, aponta que 72% das empresas já adotam ou pretendem contar com
processos de RPA. O mesmo levantamento indica que, entre os desafios para a
adoção de soluções disruptivas como a RPA, estão os processos altamente
fragmentados de algumas empresas. É preciso compreender que a adoção dessas
novas tecnologias exige revisitar processos burocráticos hoje, para torná-los
mais descomplicados lá na frente. Esse é o ponto-chave para a grande mudança.
Também é preciso fazer com que essa nova abordagem digital chegue a todos os
departamentos e passe a fazer parte da cultura organizacional. Não podemos mais
negociar o tempo perdido, mas podemos agir e mudar a forma como vamos
empregá-lo amanhã.
*Marcelo Mezzomo é CTO de Frota e
Mobilidade da Edenred Brasil
Sobre a Edenred
A Edenred é uma marca global e digital
de serviços de meios de pagamento que atua como companheira de todas as horas
para trabalhadores e empresas. Líder em seu segmento, conecta mais de 50
milhões de usuários, 2 milhões de estabelecimentos e aproximadamente 900 mil
empresas clientes, em 45 países.
No Brasil, sua atuação conta com três
linhas de negócios: Benefícios ao Trabalhador, com a marca Ticket; Frota e
Mobilidade, com as marcas Ticket Log e Repom; e Soluções de Pagamento e Novos
Mercados, com a Edenred Pay e Punto.
Fiel ao propósito do Grupo, “Enrich connections. For good”,
essas soluções potencializam o bem-estar e o poder de compra dos usuários,
melhoram a atratividade e a eficiência das empresas e dinamizam o mercado de
trabalho e a economia local. São mais de 130 mil empresas clientes, 8,3 milhões
de empregados beneficiados e 500 mil comerciantes credenciados no País
Em 2021, a Edenred movimentou, em nível
global, um volume de negócios de aproximadamente € 30 bilhões, principalmente
com o uso de aplicativos móveis, plataformas on-line e cartões.
Saiba mais
Site:
www.edenred.com.br.
LinkedIn: www.linkedin.com/company/22311673/.
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