Brincadeira e inclusão de mãos dadas em lançamento infantil interativo
Em "Laços de Virtude", a escritora
Vera Lúcia Magalhães estimula o despertar de virtudes como solidariedade e
empatia em livro de contos
Divulgação/Vera Lúcia Guimarães |
Vera Lúcia
Magalhães sempre se perguntou de que forma poderia contribuir para tornar a
sociedade mais inclusiva e empática. Hoje, aos 66 anos de idade, a escritora e
professora aposentada sente que plantou uma sementinha em favor de um mundo
melhor. “Descobri que se pudesse ‘despertar’ as virtudes nas crianças ao invés
de ‘transformar’ os adultos, isso seria um grande começo”, explica Vera.
Por meio do lançamento Laços de Virtudes, a
paulistana com formações em Educação Física pela USP e Educação Artística pela
Faculdade de Belas Artes de SP dialoga com os pequenos sobre abandono familiar,
adoção, diversidade social e inclusão das pessoas com deficiência. Dividido em
sete contos, o livro traz lições sobre as adversidades da vida e mostra que
sempre é possível encontrar uma saída.
A seguir, confira a conversa em que a
autora revela mais detalhes deste que é seu primeiro livro.
1. Vera, por dez anos você foi
professora de balé para crianças. Foi esse contato constante com o público
infantil que te motivou a escrever “Laços de Virtudes”?
Vera Magalhães: Na verdade, eu diria que os 10 anos
como professora plantaram algumas sementes para a reflexão. E pelos 34 anos
seguintes, em outra carreira, continuei inquieta e buscando respostas; quando,
então, decidi que, apesar de ser uma jornada desafiadora, escrever um livro
valeria a pena se através dele eu pudesse deixar um legado.
2. Qual é a principal mensagem que o seu
livro traz aos pequenos e grandes leitores?
V. M.: Que o mundo precisa melhorar e que
todos podemos fazer nossa parte, por menor que venha a ser. A solidariedade, o
respeito, a empatia, o apoio, o acolhimento ao próximo, e muitas outras virtudes
podem construir um Ser melhor. E podemos alcançar tudo isso se nos
disponibilizarmos a colaborar.
3. A sua obra conta com
QR Codes que levam a vídeos no YouTube e outras atividades interativas, que
fazem a história ficar mais atrativa. Como você acha que essas atividades
contribuem para o aprendizado das lições de cada conto?
V. M.: Após a leitura reflexiva, a criança
está receptiva. A vivência lúdica vai favorecer a introspecção, trazer novas
experiências e sensações de prazer, que ficarão associadas ao aprendizado, o
que é extremamente positivo, além claro, do momento de lazer e descontração que
ela terá.
4. Em “Laços de Virtudes”, o leitor
encontra personagens com deficiência física, visual e auditiva. O que te levou
a trabalhar a inclusão nos contos?
V. M.: Entendo que o mundo mudou o ‘olhar’ nos
últimos 10-15 anos. Até então, a deficiência era vista como agente de
incapacidade, impotência e até mesmo trazia alguma conotação pejorativa. As
pessoas com deficiência eram excluídas da sociedade. Hoje, felizmente, isso
mudou muito! As leis mudaram, empresas passaram a recrutar, treinar, fazer
modificações em suas instalações para permitir a acessibilidade, os edifícios
em geral no mundo todo abraçaram essa causa e hoje tudo isso é uma feliz, e
necessária, realidade.
O livro veio para mostrar que tudo isso
deve ser visto de forma natural, pode acontecer com qualquer um, inclusive com
os animais. Mas sempre vai existir alguma forma de superar a dificuldade ou
limitação, e que pessoas boas no mundo acolherão. Daí a necessidade de
despertar a empatia, o respeito, o amor, e todas possíveis virtudes.
5.
Como você acredita que o seu livro pode contribuir para um mundo melhor?
V. M.: Dar vida ao livro já
me fez ser alguém melhor. Escrever e refletir sobre todos os ensinamentos em
cada conto me fez olhar mais profundamente para tudo. Desejo que os leitores
também possam descobrir isso, praticar e propagar. É simples e fácil, basta
querer. Como dizem — O mal contamina. O Bem contagia! Faça a melhor escolha...
6. Vera, você tem mais
projetos literários em mente? Se sim, conte um pouco mais sobre os próximos
passos.
V. M.: Tenho sim. Meu próximo
livro já está na metade, e diferente desse infantil, é um romance-ficção entre
Anjos. Uma história leve, de narrativa doce, onírica, com situações incríveis,
nunca imaginadas em nosso mundo terreno, diferente dos romances tradicionais,
onde a descoberta da essência do amor verdadeiro vem à tona através do olhar,
gerando uma profunda conexão entre as almas. Levanta questionamentos internos e
levam o leitor a refletir por que não? E se fosse possível?
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