Cachorro não é presente: porque devemos acabar com essa cultura
Existe uma cultura em datas especiais,
como o Dia das Crianças, celebrado em 12 de outubro, de presentear os pequenos
com animais de estimação. Mesmo com a forte conscientização em relação aos
direitos deles, isso ainda acontece. É preciso fortalecer a ideia que cachorro não é presente,
pois é um ser vivo que precisa de um lar responsável e tutores que realmente o
desejam, no mínimo. Hábitos culturais são mudados com muito esforço e aos
poucos. Por isso, temos que falar sobre essas mudanças e fazer diferente a
partir desta data.
No Brasil, foi aprovado em 7 de agosto
de 2019 um Projeto de Lei da Câmara que afirma que animal não deve ser
considerado como uma coisa. Isso significa que aqueles que são de estimação não
são posse, mas sim seres vivos que precisam de cuidado e proteção. Iniciativa
como esta já vem sendo construída também em outros países, por isso os pets não
podem ser associados a presentes, muito diferente de uma boneca ou um
carrinho, por exemplo.
Mesmo quando uma criança quer um animal
de estimação, é necessário explicar que ele é um ser vivo e que demanda atenção
e cuidados especiais diariamente. Inclusive, este é um bom exercício para o
pequeno, que desde novo aprende sobre escolhas e consequências.
Cuidar de um ser vivo requer
responsabilidade diária, com atenção, custos com alimentação, banho e tosa e
cuidados veterinários, além do laço afetivo que é criado com o animal. Eles
merecem um lar e tutores que realmente os queiram. Por isso, se você pensou em
presentear alguém, converse com essa pessoa antes, fale sobre o compromisso e,
caso ela insista, convide-a para acompanhar uma feira de adoção. Com certeza
este ato será lembrado com mais carinho e cumplicidade no futuro.
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