Campanha nacional alerta sobre riscos para crianças e adolescentes na internet, como pornografia infantil e pedofilia
Peças serão veiculadas em canais de TV, em
salas de cinema e nas redes sociais do Ministério da Mulher, da Família e dos
Direitos Humanos (MMFDH)
A campanha de combate aos crimes na
internet contra crianças tem o mote “Fique atento aos sinais. Escute. Acolha.
Denuncie”
Pornografia infantil, pedofilia, assédio
sexual e tantos outros crimes contra crianças e adolescentes são cometidos no
Brasil na internet. Para alertar pais e responsáveis sobre os sérios perigos a
que os pequenos estão expostos diariamente na rede mundial de computadores, o
Governo Federal inicia, na primeira semana de outubro, a divulgação das peças
alusivas à campanha ‘Enfrentamento às violações de Direitos Humanos: prevenção
à violência sexual contra crianças e adolescentes na internet’.
Com o mote Fique atento aos sinais. Escute.
Acolha. Denuncie, os materiais informativos serão veiculados
durante todo o mês de outubro em canais de TV, em salas de cinema de todo o
país e nas redes sociais do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos
Humanos (MMFDH).
“Criminosos se escondem por trás de
telas de computadores e de celulares para alcançar as nossas crianças e cometer
os mais diversos tipos de violência contra elas, inclusive a sexual. Os pais
precisam saber como proteger os filhos dos inúmeros perigos existentes na
internet”, afirmou a titular do MMFDH, Cristiane Britto. “O exemplo é essencial
no processo de ensino e de aprendizagem para mostrar o que acessar, o que é
seguro ver na rede e até mesmo o tempo de uso”, orientou a ministra.
Segundo a associação SaferNet, em
parceria com o Ministério Público Federal (MPF), são denunciados, todos os dias,
cerca de 366 crimes cibernéticos no Brasil e as maiores vítimas são crianças e
adolescentes. Em 2018, o país registrou 133.732 queixas de delitos virtuais e o
principal crime é o de pornografia infantil, com 60.002 denúncias.
“Crimes virtuais podem ocasionar vários
efeitos nocivos a uma família. Por isso, é importante que os pais acompanhem o
que os filhos acessam na internet e criem um ambiente familiar de confiança e
de auxílio”, observou a secretária nacional dos Direitos da Criança e do
Adolescentes do MMFDH, Fernanda Monteiro.
Assista ao primeiro vídeo de divulgação da campanha
Acesse
as redes sociais do MMFDH
Ações de combate
Em 2019, o Brasil assinou um acordo
internacional com a Aliança Global “WePROTECT” e se uniu no combate à pedofilia
e a outras formas de abuso de crianças e adolescentes na internet. O compromisso
foi firmado durante a Cúpula Global realizada em Addis Abeba, na Etiópia.
Em 2022, o país passou a fazer parte de
um grupo seleto de nações no enfrentamento mundial dos crimes sexuais
praticados de forma online contra crianças e adolescentes. Sobre isso, o Brasil
juntou-se oficialmente a uma força-tarefa que atuará, em conjunto com a
Interpol e empresas de tecnologia, para identificar potenciais riscos e
identificar redes criminosas que atuam na produção e na distribuição de
material pornográfico infanto-juvenil em ambiente virtual.
Uso excessivo das redes
Conviver com dor gerada pela má postura
ao utilizar dispositivos móveis já é uma realidade para 37% da população
brasileira, segundo Organização Mundial da Saúde (OMS). Em crianças e
adolescentes, o uso abusivo de telas causa males que vão além da saúde física –
estudos demonstram que, no Brasil, um em cada quatro adolescentes é dependente
da internet. Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, a web pode causar
diversos problemas psicológicos, entre eles pensamentos suicidas e
automutilação.
Reconecte
Conscientizar e prevenir as famílias
sobre o uso imoderado da tecnologia, permitindo que ela passe a utilizar essa
ferramenta de forma inteligente é o objetivo do Programa Reconecte.
Com uma série de projetos em diversos
eixos, o Reconecte visa a promover ações que vão desde a educação nos diversos
aspectos da dignidade humana, até iniciativas que visam à reeducação
tecnológica, fortalecendo relações sociais reais, em especial a família,
possibilitando, assim, o uso dos recursos tecnológicos de maneira inteligente.
Aplicativo Sabe
Disponível nos sistemas Android e IOS, o
aplicativo Sabe
– Conhecer, Aprender e Proteger – é uma ferramenta que tem como
objetivo facilitar a comunicação e o pedido de ajuda de crianças e adolescentes
em situação de violência. Com linguagem lúdica e didática, adaptada a cada
faixa etária, é possível fazer denúncias de violação de direitos contra esse
público por meio do aplicativo, que é diretamente ligado ao Disque 100, da
Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos (ONDH).
Baixe
o aplicativo no sistema iOS
Baixe o aplicativo no sistema Android
Outros materiais disponíveis
No site Observatório Nacional da Família
(ONF), unidade de pesquisa integrante da estrutura da Secretaria Nacional da
Família do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (SNF/MMFDH)
é possível encontrar diversos materiais sobre o tema “Educação e Uso da
Tecnologia” como cartilhas, manuais e artigos, entre outros formatos.
Acesse o Observatório Nacional da Família
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Direitos Humanos
Denuncie
O Disque
100, ou Disque Direitos Humanos, vinculado ao Ministério da Mulher, da
Família e dos Direitos Humanos, também recebe denúncias de violência contra
crianças e adolescentes diariamente, 24h por dia, inclusive nos finais de
semana e feriados.
As denúncias são anônimas e podem ser feitas de todo o Brasil por meio de discagem direta e gratuita para o número 100, pelo Whatsapp: (61) 99656-5008, ou pelo aplicativo Direitos Humanos Brasil, no qual o cidadão com deficiência encontra recursos de acessibilidade para denunciar.
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