Economia 4.0 e os novos desafios para as lideranças nas empresas
Como
sobreviver e sair mais forte das transformações?
Heloísa Caroline Sebold da Silva
A Economia 4.0 traz
novos processos e fluxos de trabalho, utilizando a tecnologia como principal
ferramenta. Com ela, vêm os desafios da transformação digital, da
abertura para a inovação, do trabalho remoto, da atração e retenção de
talentos. Como sobreviver e sair mais forte dessas transformações?
Alguns exemplos de
como a tecnologia mudou ferramentas já estabelecidas e fez com que o mercado
tivesse que se adaptar são as criptomoedas, o metaverso, a inteligência
artificial e até os novos aplicativos de streaming.
O avanço exponencial
das empresas de tecnologia e sua força no mercado demonstram a clara
necessidade que as empresas têm de se adaptar às novas tendências. O uso dessas
novas tecnologias visa à redução de custos operacionais e facilitar o acesso de
consumidores e clientes ao serviço prestado pela empresa.
Com a inclusão
dessas novas metodologias, outro assunto que vem à tona é a aplicação das
metodologias ágeis, antes usadas apenas nos setores de tecnologia e inovação e
hoje presentes em atividades mais tradicionais, como a advocacia.
Importante mencionar
que, com o avanço da automação de serviços que antes eram manuais, o talento
acaba sendo mais valorizado. Logo, não é mais preciso saber de tudo, mas, sim,
entender como utilizar aquela ferramenta de automação de maneira correta.
Ao contrário do
senso comum, de que a automação de processos acabaria extinguindo diversos
empregos, o que se verifica é o movimento contrário, o aumento de vagas, justamente
para profissionais capacitados nas áreas de tecnologia. Um grande exemplo são
os profissionais voltados diretamente para o desenvolvimento e análise de dados
internos, que buscam dentro da rotina de uma empresa a melhor forma de
automatizar um serviço.
A tecnologia não
deve ser vista como substituta de um colaborador, mas como instrumento
potencializador, valorizando o profissional pela atividade desenvolvida de
forma conjunta, já que o uso das novas ferramentas e automações vem para
facilitar o trabalho. Inclusive, tem o objetivo de fazer com que o funcionário
utilize o tempo de trabalho de forma mais ágil.
Pesquisa feita pelo
Portal da Indústria mostrou que 21,8% das empresas usarão algum método de
tecnologia com o objetivo de automatizar seus processos internos até 2027,
principalmente para melhorar a gestão da produção e dos negócios, ampliar o
relacionamento com clientes e fornecedores e até mesmo no desenvolvimento de
produtos.
Um grande desafio
para o empresário é se preocupar justamente com a adaptabilidade de seu negócio
para o futuro, devendo não somente investir nas ferramentas, mas também na
capacitação de seu colaborador, para que a equipe possa gerir essas ferramentas
de forma bem-sucedida, utilizando e potencializando os talentos que já existem
dentro da empresa.
Ou seja, para
acessar a economia 4.0, a empresa deve ter líderes dispostos a fazer adequações
que visam ao crescimento da empresa, à adequação ao mercado e à utilização das
novas tecnologias. Será preciso investir nos colaboradores e talentos, para que
não vejam essas ferramentas como substituição de seu trabalho. Além de tudo,
investir em capacitação interna para que a tecnologia seja grande aliada no
trabalho.
*Heloísa Caroline Sebold da Silva é advogada no Rücker Curi Advocacia e Consultoria Jurídica
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