Endividados de 50 a 64 anos fecharam 485 mil acordos financeiros em 2022
Segundo levantamento da Acordo Certo,
consumidores fizeram mais de uma renegociação de dívida neste ano; veja como
fugir do endividamento
Em um momento de
instabilidade econômica e alta de preços, dados da empresa de inteligência
analítica Boa Vista, apontam que dois em cada três brasileiros contraíram
dívidas no primeiro semestre de 2022. Embora o índice de inadimplência seja
mais alto entre os jovens, a terceira idade vem aumentando suas dívidas nos
últimos anos.
Segundo levantamento da
Acordo Certo, fintech de
renegociação de dívidas ligada ao grupo Boa Vista, de janeiro a agosto de 2022,
consumidores entre 50 e 64 anos fecharam mais de 485 mil acordos financeiros. A
média de acordos por consumidor atingiu 1,77 – ou seja, buscaram mais de um
tipo de acordo para arcar com diferentes dívidas. Já as pessoas com mais de 64
anos realizaram 99 mil renegociações no período.
Para Bruna Allemann,
especialista em educação financeira da Acordo Certo, os gastos com a saúde e a
realização de empréstimos, combinados com a falta de educação financeira ao
longo da vida, são os principais fatores para o endividamento. Segundo ela, a
inadimplência também pode ser explicada pelo atual momento econômico do Brasil.
“A queda no poder de
consumo prejudica a construção da poupança, o que arrisca o futuro financeiro
em um momento no qual a economia é mais importante do que nunca”, explica a
especialista.
O Brasil concentra hoje
quase 32 milhões de idosos, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatísticas (IBGE). Em média, a aposentadoria e a pensão representam 20,5%
dos rendimentos da população brasileira.
Nesse sentido, a
educadora financeira da Acordo Certo elenca as principais dicas para organizar
a vida financeira e não cair no endividamento durante a aposentadoria. Confira:
Não faça empréstimos
para familiares
Aposentados e
pensionistas têm acesso a crédito mais fácil e por isso, muitas vezes, acabam
recorrendo a empréstimos para ajudar membros da família e amigos. O problema é
que em muitos casos essas pessoas acabam não pagando a dívida e é o idoso que
arca com o problema.
Não deixe de contribuir
com o INSS
Não deixe de realizar
os depósitos no INSS, mesmo que esteja trabalhando de maneira informal ou
desempregado. Quando você deixa de contribuir, a sua aposentadoria fica mais
distante e você perde benefícios como seguro-desemprego, auxílio maternidade e
cobertura em casos de doença ou invalidez. Mas tenha em mente que o benefício
sozinho, geralmente, poderá não ser suficiente para pagar todas as suas
despesas no futuro. Por isso, é importante investir em uma renda complementar.
Identifique seus gastos
É importante saber
quais são as suas despesas atuais e projetar os seus gastos para a
aposentadoria. Inclua os custos fixos com aluguel, alimentação, despesas
médicas e impostos. Isso fará a diferença na hora de fazer o seu planejamento
financeiro para o futuro de acordo com as suas necessidades.
Tenha uma reserva
financeira
Imprevistos acontecem,
por isso é tão importante ter uma reserva de emergência para manter seus
compromissos e de seus familiares. Conheça seus gastos e calcule a quantia
necessária para que essa reserva seja suficiente para mantê-lo por um período.
Comece a pensar na sua
aposentadoria agora
Nunca é tarde para
começar e neste caso, quanto antes, melhor. Procure economizar pensando em
objetivos a longo prazo para não perder o foco e se endividar durante a sua
aposentadoria.
Sobre a Acordo Certo - Fundada em 2015, a empresa atua como conexão entre o consumidor endividado e empresas parceiras, ajudando os brasileiros a conseguirem condições especiais para quitar dívidas. Comprada pelo grupo Boa Vista no final de 2020, a Acordo Certo tem ainda um papel social na função de trabalhar pela educação financeira dos consumidores.
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