Investimento imobiliário: fluxo de caixa e valorização devem ser prioridade para o investidor
É possível ter ativos com retornos de curto e longo prazos
na mesma “cesta”
Há investidor que prefira o curto prazo e
o que opta pelo longo prazo. O bom é que é possível ter os dois retornos. Os
investimentos imobiliários podem oferecer essa possibilidade para quem tem esse
apetite. Afinal, nesse mercado, é preciso levar em conta, de forma prioritária,
o fluxo de caixa e a valorização. O segmento imobiliário pode atender ricamente
– sem trocadilho - ambas as metas.
Resumindo: de um lado, está quem prefere o
longo prazo e tem chance de alcançar maior rentabilidade. De outro, o investidor
que almeja uma renda mensal. Ambos têm seus méritos, dependendo dos objetivos e
estratégias. São extremos que coexistem no mercado imobiliário.
O fluxo de caixa é o valor cobrado pelos
proprietários ou investidores pelo aluguel do bem. Depois que as despesas são
cobertas, como hipoteca, por exemplo, o montante que sobra é “líquido”, ou
seja, a renda.
Há um cálculo simples que permite saber
qual, exatamente, será a renda do aluguel, em porcentagem. Vamos lá: a entrada
do aluguel mensal, multiplicado por 12 e dividido pelo valor do imóvel. Desta
forma, quanto maior for a porcentagem, melhor será o rendimento do imóvel ou o
potencial de fluxo em dinheiro vivo. Os imóveis, ou frações deles, podem gerar
uma renda segura, por meio de receitas de aluguel e retornos de longo prazo com
a valorização.
São várias as metas de quem investe. Fazer
uma viagem, ter recursos para resolver uma emergência. Quem precisa de um fluxo
regular e confiável de ganhos, para ter uma aposentadoria tranquila, ou até
mesmo para complementar o ganho mensal. Para esse perfil, o investimento de
fluxo de dinheiro vivo é o ideal.
“Se a pessoa optar por um imóvel para
alugar, totalmente mobiliado, reduzirá muitas das despesas iniciais e poderá
usufruir de seus ganhos potenciais com antecedência. O investidor receberá a
renda assim que o imóvel estiver ocupado, o que converte em uma excelente opção
para os que buscam um rendimento a curto prazo”, diz a economista Sofía
Gancedo, cofundadora e COO da Bricksave, usando como exemplo o que o investidor
encontra na companhia.
Mas há alguns inconvenientes no meio do
caminho. É possível usar o exemplo do que acontece no mercado imobiliário de
Detroit, nos Estados Unidos. As médias dos aluguéis por lá cresceram quase 23%
nos últimos três anos. E é preciso ressaltar que 44% da população da cidade
alugam suas casas.
O ponto é: os imóveis que possuem um
grande desempenho no mercado de aluguéis nem sempre são valorizados como
merecem. Apesar de os preços estarem aumentando em ritmo modesto, a falta de
crédito dificulta que os interessados comprem esses bens.
Longo prazo
Dizem que o brasileiro é imediatista e,
muitas vezes, foge do longo prazo. Mas isso está mudando. Quem opta por
esperar, consegue uma boa valorização. “A estratégia consiste em investir em
mercados que parecem crescer em popularidade e preço, para vender o imóvel por
um valor mais alto do que se pagou por ele”, explica Sofía.
Nesse caso, em vez de receber renda mensal
em dinheiro vivo, o investidor terá retorno quando o imóvel for vendido. Quem
está em busca de valorização, pode pensar na Suíça, por exemplo. É que o lá os
preços permaneceram resilientes durante a pandemia. E a expectativa dos
especialistas é de que o valor tenha alta de 3% em cidades como Genebra, que
oferece confiabilidade para os que buscam valorização.
E a máxima do mercado, de que o investidor
que espera mais, pode ganhar mais, é verdadeira. Ao aguardar alguns anos, é
possível ter retornos mais elevados do que os que optaram pelo fluxo de caixa
mensal ou trimestral.
Um alerta: os rendimentos futuros nem
sempre serão positivos. O preço médio de um imóvel em algum ponto do planeta
pode ter subido US$ 100 mil nos últimos dez anos. Porém, uma recessão pode
fazer com que os preços estacionem ou até caiam.
Mesmo com as incertezas da economia
mundial, a especialista aponta que o investimento imobiliário se mantém como
uma boa aposta ao investidor que busca por fluxo de caixa e valorização. “O
mundo vive um momento muito particular, de grande incerteza, com a inflação
sendo um grande desafio para quase todas as moedas, mesmo as fortes, como o
dólar. Nesse contexto, o investimento imobiliário continua sendo uma
alternativa confiável e segura, que acompanha e até supera os índices
inflacionários”, conclui Sofia.
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