Maratona de tecnologia do CNJ pauta utilização da Inteligência Artificial; saiba como funciona
Créditos - Fotos: Divulgação / MF Press Global
O
Conselho Nacional de Justiça (CNJ) realizou recentemente mais um evento no estilo Hackaton, idealizado pelo Laboratório de
Inovação, Inteligência e Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. O Hacka
Liods CNJ foi uma maratona de tecnologia com o objetivo de solucionar problemas
que são propostos por seus organizadores e gerar relacionamento entre empresa,
equipes, participantes, mentores e jurados.
Um dos julgadores foi o advogado especialista em tecnologia Marcílio Guedes
Drummond, que explicou como tudo funciona. Mas, antes, ela detalha como se tornou
um julgador dos projetos de inovação do CNJ.
“O que contribuiu para este papel de julgador, bem como para o reconhecimento
que tenho no mercado jurídico foi minha formação multidisciplinar, que integra
Direito, Design, Tecnologia, Inovação e Negócios. Também por ter fundado uma
das maiores escolas de inovação jurídica do mundo (Advogado de Startups
Academy)”, mencionou.
“Falando sobre os julgamentos, posso dizer que os participantes tiveram que
escolher entre três desafios que envolvem a utilização da Inteligência
Artificial e a tecnologia de registro de dados descentralizados compartilhados
com segurança blockchain para contribuir com a proteção ao meio ambiente. Todos
eles foram definidos pela Conselheira do CNJ Maria Tereza Uille Gomes”,
emendou.
Segundo Marcílio, o primeiro desafio foi desenvolver uma iniciativa para
melhorar o canal de comunicação da sociedade com o Judiciário (via judicial ou
extrajudicial) e relatar a análise quantitativa ou qualitativa da possível
existência de crimes ambientais de invasão de florestas públicas ou de terras
indígenas nos municípios, por hectares, como reclamação pré-processual ou como
ata notarial.
Já o segundo desafio foi desenvolver meios para que o Poder Judiciário
disponibilize seus dados, de forma estruturada ou não estruturada, para a
construção de soluções tecnológicas capazes de mostrar o número único de
processo relacionado à terra pública onde ocorreu o incêndio, desmatamento,
degradação, mineração, existência de gado, plantação, trabalho infantil e trabalho
análogo ao de escravo.
“Já o terceiro desafio foi a criação de um sistema público único
(SireneExtrajud) de consulta do inteiro teor da matrícula no Registro de
Imóveis e respectivas averbações de terras públicas identificadas no SireneJud,
inclusive com averbações sobre a existência do número único dos processos
judicializados ou dos processos administrativos”, adendou.
Ainda segundo o especialista, o papel do jurado é decidir o vencedor, a partir
de análises dos projetos apresentados, considerando critérios como a)
Criatividade e originalidade; b) Uso de técnicas de análise e modelagem
empregadas na solução; c) Aplicabilidade da solução para solucionar o problema
proposto no desafio; da) Qualidade de protótipo, funcionalidade, consistência
“Os projetos Gaia Themis, Curupira, Floresta e Conexão 2030 foram os vencedores
do Hacka LIODS CNJ. O evento, que atraiu mais de 150 participantes de 20
instituições, foi concebido para promover o desenvolvimento de soluções que
contribuam com o Poder Judiciário para alcançar os ODS previstos na Agenda 2030
da Organização das Nações Unidas (ONU)”, explicou.
Além dele, Marcílio explicou que participaram da seleção dos melhores projetos
Marco Bruno Miranda Clementino (TRF5); João Guilherme de Melo (TJ/PE); Lucio
Santos (MPPE); Luciana Ortiz Tavares Costa Zanoni (JF/SP); Thiago Aleluia
Ferreira de Oliveira (TJ/PI); Maria Tereza Uille Gomes (CNJ); Bernardo de
Azevedo e Souza (Advogado, Professor e Pesquisador) e Marcílio Guedes Drummond
(CEO na Advogado de Startups Academy, Advogado e Professor).
“Esse evento virou um trabalho acadêmico, onde falam sobre minha
participação", finalizou.
Sobre Marcílio Guedes
Drummond
Marcílio Guedes Drummond é Advogado e especialista em Design de Serviços e Produtos pelo M.I.T. - Massachusetts Institute of Technology. É CEO do Marcílio Drummond - Advocacia Empresarial da Nova Economia (atuação em 10 países). É também especialista em Tecnologia, Inteligência de Negócios, Cultura Digital, Comunicação Influente e Crescimento de Negócios.
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