Atendimento digital: é possível ser humano e escalável ao mesmo tempo?
Artigo por Luiz Moura, cofundador e
diretor da VOLL
Presente em todas as áreas de negócios,
o serviço de atendimento ao cliente é estratégico para qualquer empresa e
sempre esteve no foco dos líderes de gestão. Porém, o tema parece ganhar ainda
mais relevância nos últimos tempos, seja por causa da pandemia que mudou o
perfil do cliente e chamou a atenção para o atendimento digital, seja por conta
da nova Lei do SAC, que obriga as empresas a serem multicanal ou, ainda, por
conta dos novos termos e entendimentos, como o de customer experience.
Fato é que atender o cliente é uma
tarefa cada vez mais sensível para as empresas, como mostra o estudo da CX
Trends Latam 2022, publicado recentemente pela Zendesk. De acordo com o
levantamento feito pela companhia desenvolvedora de software, o atendimento ao
cliente é um dos principais diferenciais entre empresas, sendo que 60% dos
consumidores entrevistados afirmam procurar serviços concorrentes após uma única
experiência ruim.
Isso se intensificou com a pandemia e a
crescente experimentação dos canais digitais. De acordo com o estudo da
Zendesk, 61% dos consumidores esperam padrões mais elevados de atendimento após
o período pandêmico. E se engana quem pensa que esse padrão elevado tem a ver
apenas com eficiência ou tempo de atendimento. Até tem, mas não é só isso. É
que os clientes também querem humanização. A mesma pesquisa revela que 90% dos
clientes estão dispostos a gastar mais em experiências personalizadas.
E aí é que está o desafio que faz o tema
do atendimento ao cliente ganhar destaque novamente e roubar a atenção — e até
a paz — das lideranças corporativas. A questão é: como oferecer uma jornada de
atendimento cada vez mais digital e eficiente e, ao mesmo tempo, zelar pela
humanização nesses canais? É mesmo possível entregar uma experiência
personalizada e ainda garantir a escala no atendimento?
Hoje, na VOLL, podemos dizer que sim.
Isso porque desenhamos um processo que nos permite ter um atendimento realizado
integralmente por pessoas e que é realmente eficiente. Só para se ter ideia,
entre janeiro e abril deste ano, nós solucionamos 95% dos chamados de clientes
via e-mail no primeiro contato e concluímos 86% das demandas solicitadas via
chat e WhatsApp também em um único contato. Isso sem nenhum robô sequer.
É claro que não existe uma fórmula
mágica que explique esse sucesso, mas posso compartilhar alguns elementos
fundamentais para esse equilíbrio entre personalização e escalabilidade do
atendimento. Um deles é o atendimento por camadas, que tem a ver com as pessoas
certas atendendo as demandas certas. Quando o cliente é direcionado rapidamente
para quem, de fato, pode resolver seu problema, sua experiência tende a ser
muito melhor.
Há, também, esforços de automatização de
respostas-padrões (as chamadas macros), que agilizam o processo, ao mesmo tempo
em que mantêm o humano no controle. Além disso, estamos falando de um suporte
que acontece 24 horas por dia, 7 dias da semana por meio de múltiplos canais e
realizado por pessoas diversas e que representam a heterogeneidade dos
consumidores. Por fim, também estamos falando de um time que veste a camisa,
que enxerga o cliente no centro do processo e que está preocupado com melhoria
de performance.
Percebe que não basta ter o balãozinho de chat em todos os canais? Para ser omnichannel de verdade, é preciso estar lá mesmo. E isso só é possível com processos bem estabelecidos e pessoas comprometidas. Tenho orgulho do que já fizemos na VOLL, mas sei que ainda há muito para ser feito, pois os desafios da comunicação digital mudam a todo instante. Ao mesmo tempo, estou convicto que estamos no caminho certo, pois uma coisa não mudará nunca: nossa conexão com o humano que está do outro lado da tela.
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