Carboidrato não é vilão, mas deve ser consumido com cuidado
Com aumento de 26,61% no número de casos de
diabetes nos últimos dez anos, Brasil é o 5.º país com maior incidência de
pacientes diagnosticados com a doença no mundo
Dados do Atlas do Diabetes apontam que o
número de diabéticos no mundo pode chegar a 578 milhões em 2030. A estimativa
representa um aumento de 115 milhões de pessoas com a doença nos próximos dez
anos. Em quinto lugar no ranking
com maior incidência, o Brasil fica atrás somente da China, Índia,
Estados Unidos e Paquistão. São mais de 16 milhões de brasileiros diabéticos
entre 20 e 79 anos, o que representa 7% da população. Apenas no ano passado, o
problema foi responsável por mais de 214 mil mortes e a Sociedade Brasileira de
Diabetes (SBD) não prevê um futuro otimista: o número de casos de pessoas com a
doença pode aumentar em consequência da pandemia, que provocou maior
dificuldade no acesso à alimentação saudável e menores índices de atividade
física. Lembrado neste 14 de novembro, o Dia Mundial do Diabetes busca a
conscientização da sociedade para a doença e para a necessidade de prevenção,
diagnóstico e gestão.
Cabe destacar que existem diferentes
tipos de diabetes e duas pessoas acometidas por essa condição não
necessariamente terão o mesmo tipo e quadro clínico da doença. Portanto, não
existe uma recomendação universal de como se alimentar. Especialistas da Jasmine
Alimentos auxiliam com dicas e esclarecimentos gerais para orientar a
população. Caracterizada pela produção insuficiente ou má absorção de insulina,
o diabetes pode elevar as taxas de glicemia (concentração de açúcar no sangue),
causando inflamações nos vasos sanguíneos do corpo e problemas em órgãos
nobres, como o coração e os rins. O diabetes tipo 2 está relacionado com
excesso de peso, devido às alterações metabólicas. Por isso, a perda de peso é
fundamental para o controle da glicemia e melhora das variações do metabolismo.
Dados de um estudo realizado por Mads
Thomsen este ano apontam que dietas com déficit
calórico, que auxiliam na perda de peso, boas quantidades de
alimentos fontes de fibras, carboidratos de baixo índice glicêmico, controle na
ingestão de gorduras e um cardápio diário com 10% a 20% do valor calórico total
proveniente de proteína têm sido a abordagem dietética recomendada para o
controle da doença. Ainda, a Associação Americana de Diabetes (ADA) concluiu
recentemente que a restrição de carboidratos também pode ser uma estratégia
para auxiliar no quadro clínico.
Basta evitar doces para prevenir o
diabetes?
O principal grupo alimentar que o
diabético precisa ter atenção com a quantidade e a qualidade é o carboidrato.
Isso porque a quebra do carboidrato leva à glicose, que é o componente no
sangue que altera os níveis de glicemia e estimula a liberação de insulina.
Altos níveis de glicemia e insulina -
também conhecidos como hiperglicemia e hiperinsulinemia - são prejudiciais para
a saúde, pois acarretam uma série de alterações no metabolismo, favorecendo o
acúmulo de gordura, disfunções em circulação, prejuízos na visão e alterações
na cicatrização.
“De acordo com vários estudos
científicos já publicados, os carboidratos mais adequados são os complexos e
naturalmente presentes nos alimentos em si, como aveia, quinoa, arroz integral,
mandioca, mandioquinha, banana, morango, laranja etc. Mas é preciso ter atenção
com a quantidade”, explica Adriana.
O açúcar possui carboidrato simples, que
é absorvido pelo corpo de forma rápida, ocasionando picos na glicemia
justamente por essa rapidez característica. Esse pico faz com que o corpo tenha
que liberar grandes quantidades de insulina de uma vez, podendo levar ao quadro
de hipoglicemia pelo efeito rebote. “Preparações e produtos com farinhas
refinadas também podem causar o mesmo efeito”, complementa. “Apesar de o
carboidrato influenciar diretamente a glicemia depois da refeição, os alimentos
que contêm o nutriente são também fontes de energia, fibras, vitaminas e
minerais. Então, não precisamos falar em exclusão dos carboidratos, basta
selecionar cuidadosamente quais fontes de carboidratos você irá ingerir e suas
quantidades”, finaliza.
Alimentação pode ser promotora ou
protetora da doença: você escolhe
“O estilo de vida considerado não
saudável faz parte das causas do desenvolvimento da doença, por isso a
alimentação tem um papel tão importante na prevenção e no tratamento. O consumo
excessivo de açúcares e outros carboidratos simples, como açúcar de milho,
glucose de milho, sacarose e farinha refinada podem levar a alterações no
metabolismo da glicemia e da insulina, favorecendo disfunções pancreáticas,
órgão que produz e libera o hormônio”, explica a nutricionista e consultora da
Jasmine Alimentos, Adriana Zanardo. Além disso, é comum que preparações e
produtos com os ingredientes acima também venham acompanhados de excesso de
gorduras maléficas para a saúde, aditivos e outros componentes que podem
prejudicar a microbiota intestinal, assim como a absorção dos nutrientes.
Toda pessoa com diabetes deve ter um
plano alimentar individualizado, adaptado às suas condições de vida e
equilibrado em quantidade e qualidade. Todavia, Adriana listou sete
recomendações gerais para um indivíduo com diabetes controlada e sem outros
problemas de saúde agudos.
- Consuma, pelo menos, ¼ do prato
de alimentos folhosos (alface, rúcula, agrião, repolho, couve, espinafre
etc.) e ¼ do prato de legumes ricos em água (abobrinha, brócolis, couve
flor, tomate, pepino, chuchu etc.) no almoço e no jantar. É importante que
metade do prato, pelo menos duas vezes ao dia, tenha hortaliças,
garantindo o bom consumo de fibras e reduzindo a velocidade de absorção do
carboidrato, sem contar a absorção de vitaminas e minerais. Vale complementar
a salada com sementes (abóbora, girassol, gergelim, chia e linhaça) para
aumentar a quantidade de ômega-3 de origem vegetal.
- Ao consumir frutas, combine-as
com outros alimentos fontes de fibras, proteína e/ou gordura boa para que
o carboidrato presente na fruta não seja absorvido de uma vez, elevando a
glicemia. Por exemplo, combine as frutas com aveia ou iogurte natural ou,
ainda, mix de
oleaginosas assadas e sem sal.
- Priorize a comida de verdade no
seu dia a dia e, ao consumir produtos embalados, prefira opções livres de
açúcares, com adoçantes naturais, com farinhas integrais com boas
quantidades de fibras e sem aditivos.
- Beba, pelo menos, 2 litros de
água diariamente.
- Pratique atividade física,
tanto exercício de força como aeróbico. O papel da atividade física no
tratamento e combate ao diabetes é fundamental. Sabe-se que o diabetes é
causado pela produção insuficiente ou pela má absorção de insulina. A
atividade física aumenta a sensibilidade à insulina nas células do corpo.
Em outras palavras, quando uma pessoa se exercita, é preciso menos
insulina para manter os níveis de açúcar no sangue sob controle.
- Atente-se para os tamanhos das
porções: não é porque não tem açúcar, que pode ser consumido livremente.
Leia a lista de ingredientes e prefira produtos com adoçantes naturais,
livres de aditivos artificiais e, se for possível, com gorduras benéficas
para a saúde.
“Não existe nenhum alimento que podemos
afirmar que pode se consumir livremente. Sempre é preciso avaliar o contexto, o
estilo de vida, o indivíduo em si. Porque o que para um pode ser muito, para o
outro pode ser muito pouco”, finaliza a nutricionista. O ajuste da alimentação,
a prática de atividade física e a regulação do sono fazem parte dos pilares de
tratamento da patologia.
Sobre a Jasmine
Alimentos
A Jasmine Alimentos é uma empresa referência em alimentação saudável. Com produtos categorizados em orgânicos, zero açúcar, integrais e sem glúten, a marca visa atingir o público que busca alimentos verdadeiramente saudáveis, práticos e saborosos. A operação da Jasmine começou de forma artesanal há 30 anos, no Paraná. A Jasmine está consolidada em todo Brasil e ampliando sua atuação para a América Latina. Desde setembro de 2022, a marca pertence à M. Dias Branco - líder nacional em massas e biscoitos. A empresa possui mais de 17 indústrias e 28 centros de distribuição instalados em diferentes estados brasileiros, assim como processos de exportação para mais de 40 países. Mais informações: www.jasminealimentos.com.
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