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Colégio Santa Marcelina do Rio de Janeiro promove iniciativa multidisciplinar de conscientização sobre inclusão

Turma do 1º ano do Ensino Fundamental conheceu, na prática, como pessoas com deficiência visual realizam ações do dia a dia, como leitura de embalagens, além de reforçarem a importância do cão-guia

A pedagoga Fernanda Silveira foi a idealizadora do projeto

Com o objetivo de conscientizar os estudantes com relação à importância de iniciativas de inclusão, o Colégio Santa Marcelina, do Rio de Janeiro, realizou uma ação prática multidisciplinar com a turma do 1º ano do Ensino Fundamental. Na atividade, as crianças tiveram a oportunidade de conhecer o dia a dia de pessoas com deficiência visual e entender determinados aspectos, como a leitura de embalagens em supermercados e a importância do apoio do cão-guia.

A iniciativa foi idealizada a partir de uma aula invertida, sobre textos em rótulos de embalagens, em que uma das estudantes apresentou curiosidades sobre como era realizada a leitura de rótulos em supermercado por pessoas com deficiência visual. A partir de então, as crianças começaram a levantar discussões a respeito do assunto e o projeto começou a tomar forma.

De acordo com a pedagoga e idealizadora do projeto, Fernanda Silveira, é importante ouvir as crianças e aproveitar este interesse para abordar assuntos que contribuem para o desenvolvimento socioemocional dos estudantes.

A professora explica os detalhes da iniciativa. “O primeiro passo foi convidar um casal, ambos, para comparecer com deficiência visual à unidade e esclarecer as dúvidas da turma. O convite foi feito pelas próprias crianças, que elaboraram um texto e enviaram, por WhatsApp, em formato de áudio. A resposta foi imediata e positiva”, comenta Fernanda.

Posteriormente, os estudantes elaboraram um roteiro de perguntas em formato de entrevista, das quais foram selecionadas as mais pertinentes para serem feitas ao casal. Com a temática de compras, as questões englobaram a maneira como eles leem os rótulos dos produtos, realizam pagamentos, digitam a senha do cartão e como funciona, geralmente, o trajeto até o mercado.

“Foi muito interessante, inclusive, observar como o casal ensinou as crianças, respondendo às perguntas de maneira clara e objetiva. Em agradecimento, os estudantes elaboraram desenhos que pudessem ser sentidos pelo tato. Todos foram produzidos com texturas, como bolinhas, lixas e colagem, com representações de amor, força e coragem. Ao final, cada integrante da turma fez uma apresentação, explicando o significado de cada desenho”, comenta.

Cão-guia é tema de estudos no Colégio Santa Marcelina

Com objetivo de trabalhar o tema multidisciplinarmente, Fernanda relacionou o assunto a um outro trabalho realizado na unidade. A turma 1º ano do Ensino Fundamental da unidade do Rio Janeiro escolheu o tema “animais e natureza” para elaborar uma revista virtual, escrevendo sobre as experiências que vivenciaram.

A partir disto, outra curiosidade despertada nos estudantes a respeito de como as pessoas com deficiência visual realizam suas atividades, foi com relação ao cão-guia e como o animal auxilia no dia a dia. “Esse interesse da turma me motivou a pesquisar instituições que pudessem mostrar, de perto, como o cão-guia é utilizado pelas pessoas com deficiência visual. Foi aí que encontrei o Instituto Carioca de Cão-Guia (ICCG)”, conta Fernanda.

Com a participação do presidente da instituição, de um dos adestradores e do cão-guia Zeus, a iniciativa contou com a mesma dinâmica do projeto de leitura dos rótulos. Desta forma, os estudantes puderam conhecer de forma dinâmica o trabalho desses cães para a rotina das pessoas com deficiência visual.

Para Fernanda, projetos como esse são de extrema importância no processo de aprendizagem. “Esse tipo de ação proporciona a oportunidade de desenvolver habilidades como autonomia, proatividade e curiosidade para a resolução de problemas. Também estimula a comunicação interpessoal e o trabalho em equipe, tanto entre os pares, quanto na relação estudantes e professor”, conclui.

Temática do projeto

Em todo o processo, a metodologia usada foi a aprendizagem significativa, ou seja, a função social da aprendizagem, com foco na formação de indivíduos que possam fazer a diferença na sociedade. Para isso, a temática foi distribuída por várias matérias, proporcionando o desenvolvimento de habilidades socioemocionais.

Desta forma, foram utilizadas ferramentas digitais, como o YouTube, além de materiais de arte para a confecção do livro de agradecimento. Com o desdobramento do projeto ao longo de sua realização, foi possível trabalhar também as habilidades cognitivas das crianças.

Sobre a Rede Santa Marcelina

O Instituto Internacional das Irmãs de Santa Marcelina foi fundado em 1838 por Monsenhor Luigi Biraghi, com o auxílio de Marina Videmari, em Milão, na Itália. Dedicada à educação, à saúde e à assistência social, a Congregação difundiu-se globalmente a partir da instituição de colégios, hospitais e obras sociais. 

Atualmente, presente em 8 países, espalhados por 3 continentes, e em 17 municípios e 9 estados brasileiros, incluindo São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná e Tocantins, o Instituto segue com a missão de levar adiante, com empenho e entusiasmo, a educação, a formação, a cura e a construção do ser humano íntegro e da sociedade. Tudo isto alinhado à uma metodologia inovadora de aprendizagem, alinhada às principais tendências do mercado educacional.

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