Conheça a história dos primeiros veículos movidos a hidrogênio construídos por estudantes brasileiros
Hidrogênio vem ganhando cada vez mais projeção
na indústria automotiva, como uma alternativa de combustível que não gera
poluentes e que pode garantir maior autonomia que a de veículos elétricos, por
exemplo.
Para participar de uma competição
inédita, estudantes de engenharia brasileiros foram os primeiros no mundo a
construir na universidade protótipos de veículos movidos a hidrogênio - um
combustível limpo e que promete ter amplo uso na indústria automobilística nos
próximos anos.
Os veículos estudantis são do tipo baja
(protótipos off road projetados para vencer terrenos acidentados) e Fórmula
(inspirados em carros de corrida).
Construídos por oito universidades de
diversas regiões do país, os veículos participaram da 1ª competição SAE BRASIL
& Ballard Student H2 Challenge, realizada em agosto no Esporte Clube
Piracicabano de Automobilismo (ECPA-SP).
Combustível limpo
Vale lembrar que o hidrogênio vem
ganhando cada vez mais projeção na indústria automotiva, como uma alternativa
de combustível que não gera poluentes e que pode garantir maior autonomia que a
de veículos elétricos, por exemplo. Diversas montadoras já começaram a lançar
modelos com a tecnologia e a expectativa é que o uso do combustível limpo só
cresça nos próximos anos, chegando até ao abastecimento de veículos maiores,
como caminhões, navios e até aviões.
Patrocinadora da equipe baja elétrico
movido a hidrogênio da Unicamp (SP) – e também da equipe Fórmula, da mesma
universidade, mas nesse caso no projeto a combustão - a fabricante de especialidades
químicas Quimatic Tapmatic apresentou em seu quadro no youtube “Quimatic
Visita” detalhes de como os carros foram construídos e como os estudantes
avaliam a experiência. Os vídeos podem ser conferidos nos links abaixo:
Vídeo 1: O 1º Veículo Baja movido a
hidrogênio no mundo foi construído na Unicamp
https://www.youtube.com/watch?v=ayPT6JTxMr0&t=s&ab_channel=QUIMATICTAPMATIC
Vídeo 2: Construção de veículo Fórmula a
combustão na Unicamp
https://www.youtube.com/watch?v=SM_i4dGzy_s&ab_channel=QUIMATICTAPMATIC
Mais preparo para o mercado de trabalho
Reconhecido mundialmente, o projeto SAE
permite aos universitários aplicar na prática, durante a construção dos
veículos, os conhecimentos adquiridos em sala de aula e ir muito além.
Com os desafios impostos pelos projetos,
a iniciativa fortalece o preparo dos estudantes para o mercado de trabalho. Na
Unicamp, os projetos Fórmula e Baja contam com a participação de cerca de 50
estudantes em cada uma das equipes, com alunos dos cursos de Engenharia
Mecânica, Engenharia Elétrica, Engenharia de Controle e Automação, entre outras
especializações. Neste ano, a Unicamp venceu a SAE BRASIL & Ballard Student
H2 Challenge (a competição de veículos elétricos movidos a hidrogênio) e ficou
em quinto lugar na prova de carros Fórmula movidos a combustão.
Na execução dos projetos, os estudantes
– sempre supervisionadas por um professor – se organizam em departamentos (como
se, de fato, estivessem em uma empresa), buscam patrocinadores para viabilizar
seu veículo, fazem todos os testes em uma oficina montada por eles mesmos na
universidade e, por fim, pilotam as máquinas.
Apoio de patrocinadores
As empresas patrocinadoras têm uma
grande importância para que os projetos saiam do papel. Além do apoio
financeiro, muitas colaboram fornecendo conhecimento técnico, serviços e
produtos para uso na construção dos veículos.
A Quimatic Tapmatic, por exemplo, já
apoia os estudantes da Unicamp há alguns anos. Os produtos da empresa ajudam na
montagem dos veículos e também nas manutenções antes, durante e após as provas.
Um dos destaques neste ano foi o uso da Fita Isolante Líquida Quimatic para
garantir maior qualidade no isolamento de componentes elétricos que fazem parte
do sistema a hidrogênio.
Desafios para 2023
Após o fim das competições de 2022, os
universitários têm pouco tempo para saborear suas conquistas. Afinal, já é hora
de começar a pensar no projeto de 2023, avaliar o que deu certo, o que deu
errado, quais peças sofreram mais desgaste ou quebraram, e o que pode ser
melhorado no próximo projeto.
Na mudança de ciclo, novos integrantes – geralmente calouros – ingressam nas equipes, enquanto estudantes com mais tempo podem sair para focar em outros desafios. Mas a experiência de ter feito parte de um time que construiu um carro do zero certamente sempre vai ter espaço na memória.
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