ENGIE Brasil Energia tem lucro líquido ajustado de R$ 710 milhões no 3º trimestre, crescimento de 17,2%
O Conselho de Administração aprovou o crédito
de dividendos intercalares complementares no valor de R$ 472,8 milhões (R$
0,5794807287 por ação), atingindo 100% do payout para o primeiro semestre de
2022
Destaques:
- A receita operacional líquida
da Companhia atingiu R$ 2,7 bilhões no 3T22, 18,9% (R$ 642 milhões) abaixo
do montante apurado no 3T21.
- O preço médio dos contratos de
venda de energia, líquido dos tributos sobre a receita e das operações de trading, foi de R$
224,80/MWh, valor 8,0% superior ao registrado no 3T21.
- O período foi marcado por
importante passo para a ENGIE se tornar uma geradora 100% renovável, com
assinatura de contrato de venda da Usina Termelétrica Pampa Sul.
- Dado início à implantação do
Conjunto Eólico Serra do Assuruá e da Gavião Real Transmissora de Energia
(Lote 7).
- A Companhia realizou vendas de
energia para entrega no período de 2023 a 2027, mantendo o patamar do
preço médio líquido de venda acima de R$ 220/MWh. Volumes de capacidade
comercial descontratada caíram em média 88 MW médios de 2023 a 2026.
- O Conselho de Administração
aprovou o crédito de dividendos intercalares complementares no valor de R$
472,8 milhões (R$ 0,5794807287 por ação), representando um payout
adicional de 45% do lucro líquido distribuível do primeiro semestre de
2022, completando o payout de 100% no período.
A ENGIE Brasil Energia (EGIE3) registrou
lucro líquido ajustado de R$ 710 milhões no 3º trimestre de 2022, 17,2% acima
do mesmo período de 2021. O desempenho foi positivo em decorrência do
crescimento orgânico, pela adição da capacidade instalada do Conjunto Eólico
Campo Largo 2 e dos Conjuntos Fotovoltaicos Paracatu e Floresta, com
consequente aumento do volume de energia disponível para venda, além do maior
preço médio e do impacto da desaceleração inflacionária sobre empréstimos,
financiamentos, debêntures e concessões a pagar.
No trimestre, a receita operacional
líquida alcançou R$ 2,7 bilhões, -18,9% na comparação com o 3º trimestre de
2021, resultado da redução da receita de construção das linhas de transmissão
devido ao avanço das obras, atenuado pelo aumento da combinação de quantidade e
preço médio dos contratos de venda de energia. O Ebitda ajustado registrou
redução de 15,7%, atingindo R$ 1,4 bilhão no período, consequência dos efeitos
já mencionados, além do reconhecimento do complemento ao valor referente à
repactuação do risco hidrológico (R$ 372 milhões) realizado no 3T21.
Excluindo-se esse efeito, o EBITDA teria crescido 8%. Já a Margem Ebitda
ajustada cresceu 2,0 p.p., alcançando 52,1%.
A dívida líquida da Companhia no 3T22
ficou no patamar de R$ 15,0 bilhões, uma redução de 8,3% em relação ao 2T22,
devido à reclassificação dos ativos e passivos da Usina Termelétrica Pampa Sul
para Ativo mantido para venda. A posição de caixa, na ordem de R$ 3,8 bilhões e
a relação dívida líquida/Ebitda de 2,0x, mantêm a Companhia em condição
confortável, em linha com a disciplina financeira necessária para o crescimento
ambicionado.
“Demos um passo histórico para nosso
compromisso com a descarbonização com a assinatura do contrato de venda da
Usina Termelétrica Pampa Sul, último ativo a carvão do nosso portfólio. Assim,
avançamos na estratégia de nos tornarmos uma geradora de energia 100% renovável
e nos consolidarmos como a maior empresa de energia limpa do setor elétrico
brasileiro”, pontua Eduardo Sattamini, Diretor-presidente e de Relações com
Investidores da ENGIE Brasil Energia.
Crédito de Dividendos Intercalares
Complementares
O Conselho de Administração da ENGIE
Brasil Energia aprovou, em reunião realizada em 8 de novembro de 2022, o
crédito de dividendos intercalares complementares com base nas demonstrações
financeiras levantadas em 30 de junho de 2022, no valor de R$ 472,8 milhões (R$
0,5794807287 por ação), representando um payout de 45% do lucro líquido
distribuível do primeiro semestre de 2022, atingindo payout de 100% no período.
As ações da Companhia serão negociadas
ex-dividendos a partir de 22 de novembro de 2022. Esses proventos serão pagos
em data a ser posteriormente definida pela Diretoria-Executiva e a comunicação
se dará por meio de Aviso aos Acionistas.
Crescimento em renováveis e transmissão
Em setembro, a Companhia anunciou a
assinatura do contrato com a Vestas para o fornecimento de até 188
aerogeradores do modelo V150, com potência de 4,5 MW cada, para o Conjunto
Eólico Serra do Assuruá, na Bahia, que terá capacidade instalada de 846 MW.
Este é um dos marcos que permitiram o início da implantação do projeto, cuja
previsão de investimentos é de cerca de R$ 6 bilhões e geração de
aproximadamente 3 mil empregos diretos e indiretos na região.
“O crescimento da Companhia em fontes
renováveis segue ainda mais fortalecido e acelerado. Somando-se Serra do
Assuruá ao Conjunto Eólico Santo Agostinho, com 434 MW em construção no Rio
Grande do Norte, será possível adicionar 1,3 GW de energia renovável ao nosso
parque gerador, substituindo com geração eólica a perda de capacidade instalada
registrada nos últimos 12 meses em decorrência da nossa saída dos ativos a
carvão no Brasil, que totalizavam 1,2 GW”, explica Sattamini. “A estratégia de
descarbonizar nossas atividades de geração começou em 2016 e, desde então, já
foram mais de R$ 20 bilhões investidos no aumento de capacidade instalada em
fontes renováveis e na ampliação de infraestrutura de transmissão”,
complementou.
Além do Sistema de Transmissão Gralha
Azul, no Paraná, atualmente já em operação, e do Projeto Novo Estado, que está
em obras nos estados do Pará e Tocantins, também foi iniciada a implantação do
projeto Gavião Real Transmissora de Energia, nova denominação do Lote 7,
arrematado no leilão de transmissão da Aneel em junho. O contrato de concessão
foi assinado em outubro e prevê a instalação de um quilômetro de linha de
transmissão no estado do Pará e uma subestação complementar ao Projeto Novo
Estado. O prazo limite para o início da operação da linha de transmissão é 30
de março de 2026, mas a ENGIE visualiza antecipação desse prazo em ao menos 24
meses, além de projeção de Capex da ordem de R$ 77 milhões, 30% menor do que o
previsto pela Aneel, que era de R$ 110 milhões.
Produção de Energia
A produção de energia elétrica nas
usinas operadas pela ENGIE Brasil Energia foi de 13.799 GWh (6.250 MW médios)
no trimestre, resultado 28% superior à produção do mesmo período de 2021,
desconsiderando-se a geração do Complexo Termelétrico Jorge Lacerda neste
período, em razão da sua venda no final de 2021.
Do total gerado, as usinas hidrelétricas
foram responsáveis por 11.382 GWh (5.155 MW médios), as complementares, por
2.110 GWh (956 MW médios) e a UTE Pampa Sul por 307 MWh (139 MW médios). Esses
resultados representam, respectivamente, elevações de 32,6%, 9,4% e 15,9% na
geração das usinas hidrelétricas, complementares e termelétrica, em comparação
ao 3T21.
O aumento da geração hidrelétrica
ocorreu basicamente em razão do grande volume de chuvas na região Sul. Nas
usinas complementares, a elevação se deve principalmente pela operação
comercial das Usinas Fotovoltaicas Paracatu e Floresta, adquiridas em março,
que no trimestre contabilizaram 116 GWh de energia produzida, além da plena
operação do Conjunto Eólico Campo Largo II e da maior geração da Usina
Cogeração Lages.
Venda de energia
O preço médio de venda de energia,
líquido dos encargos sobre a receita e operações de trading, atingiu R$ 224,80/MWh, 8% superior ao
3º trimestre de 2021. O resultado se deve, substancialmente, pela atualização
monetária dos contratos vigentes e pela aquisição dos Conjuntos Fotovoltaicos
Paracatu e Floresta, que possuem preços de venda de energia acima do preço
médio de venda do portfólio da Companhia, parcialmente atenuada pela redução
nos preços do mercado de curto prazo em operações realizadas, principalmente,
com comercializadoras.
A quantidade de energia vendida em
contratos, líquida de operações de trading,
passou de 8.642 GWh (3.914 MW médios) no 3º trimestre de 2021 para 9.445 GWh
(4.278 MW médios) no mesmo período em 2022, um acréscimo de 9,3% ou 803 GWh
(364 MW médios).
Sobre a ENGIE
A ENGIE é referência mundial em energia
de baixo carbono e serviços. Com nossos 101.500 colaboradores, clientes,
parceiros e stakeholders, estamos comprometidos em acelerar a transição para um
mundo neutro em carbono, através do consumo reduzido de energia e soluções mais
sustentáveis. Inspirados em nosso propósito, nós conciliamos performance com um
impacto positivo sobre as pessoas e o planeta nos apoiando nas nossas
atividades chave (gás, energia renovável e serviços) para oferecer soluções
competitivas aos nossos clientes.
No Brasil, a ENGIE, empresa líder em
energia renovável do país, atua em geração, comercialização e transmissão de
energia elétrica, transporte de gás e soluções energéticas. Contando com 3.500
colaboradores, a ENGIE possui no país cerca de 10 GW, dos quais 100%* são
provenientes de fontes renováveis.
*Considerando a venda da Usina Termelétrica Pampa Sul, assinada no dia 15 de setembro de 2022, cujo closing está sujeito ao cumprimento de determinadas condições previstas no contrato.
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