Qual é o impacto da estética na jornada digital?
*Por Felipe Guimarães, head of design da Squadra Digital
O quanto nos apegamos ao aspecto visual
de algo ou alguém? Mais do que imaginamos! A máxima: “A primeira impressão é a
que fica”, não ultrapassa o tempo à toa. Se estudos apontam que julgamos uma
pessoa pela aparência em uma fração de segundo, que dirá uma marca, um produto,
uma solução, um e-commerce, e-books, cursos on-line… Ainda mais em tempos
digitais, em que o mercado está mais acelerado e competitivo do que nunca.
Ou seja, em um piscar de olhos, o
cérebro guarda imagens difíceis de apagar posteriormente. Por isso, não é de
hoje que o aspecto visual é muito importante para o sucesso de um negócio, seja
qual for. São cores, imagens, fontes e elementos gráficos que têm o poder de
posicionar o seu ideal frente ao consumidor. Um estudo da We Do Logos, maior
comunidade de designers da América Latina, revela que 93% das pessoas observam
o aspecto visual para consumir um produto ou marca, enquanto 6% verificam a
textura e 1% escolhe pelo som ou cheiro.
Dito isso, fica mais fácil
entender a importância em torno do assunto. Portanto, um produto digital também
envolve todo esse universo. Afinal, não é só a primeira impressão que o usuário
vai levar adiante, mas também é o canal que vai tangibilizar sua percepção
sobre as qualidades.
Sendo assim, a estética como um
elemento visual importante do nosso processo cognitivo estabelece uma relação
causal entre as emoções que queremos transmitir para esse usuário e como ele
será impactado. Embora ainda exista a ideia de que a estética no mundo digital
entra na seara do “cosmético”, isso vem caindo por terra à medida que os
usuários evitam produtos que não contam com esse cuidado. Ou seja, não engajam,
não confiam e não fidelizam. Para facilitar tudo o que compreende esse aspecto
na jornada digital, listo quatro pontos relevantes:
1. Impacto na experiência do
usuário
Pesquisas
apoiam o aspecto visual como um grande influenciador nas impressões sobre a
eficácia de um produto digital, pois diversos pontos-chaves da experiência do
usuário, como usabilidade, microinterações, responsividade e consistência, são
percebidos por meio da interface visível. Logo, um produto esteticamente
adequado ao seu público e negócio ajuda a viabilizar uma experiência positiva,
converte mais e pode aumentar o valor percebido.
2. Confiabilidade
A confiabilidade de um produto passa
por diversos pilares, entre eles estão os aspectos visuais, que mesmo
inconscientemente aumentam o valor agregado de um artefato digital. Inclusive,
dentro das heurísticas de Nielsen, a estética é um dos elementos necessários
para uma boa experiência digital. Por isso, oferecer design adequado ao seu
público demonstra cuidado com o mesmo, apoiando na geração
de outputs de confiabilidade, fidelidade e
engajamento.
3. Segurança
Criação de produtos digitais é
sempre obra de um time multidisciplinar, que pode integrar designers e
desenvolvedores. Com a segurança da informação não é diferente. Cabe à equipe
trabalhar de forma a não só prover um ambiente que transmita confiabilidade do
ponto de vista estético, como também seja seguro no armazenamento e no fluxo
dos dados dos usuários. Acredito que o principal desafio seja o cultural: fazer essas
disciplinas da tecnologia trabalharem juntas, sem apego a ideias, mas sim
pensando no bem-estar do business e dos seus usuários.
4. Pensar além
Para criar um produto que produza um
efeito de atração aos usuários, é preciso sair da camada superficial da
persona, pois em uma sociedade globalizada e multicultural o fator sociológico cria muita
especificidade dentro de um recorte de público. É necessário entender além do
que o usuário diz. É preciso compreender seu contexto, os motivos que o levaram
a ter uma ideia, suas necessidades e como o
negócio pode apoiá-lo criando algo de valor e útil.
Henry Ford já dizia que, se perguntasse
ao seu público o que gostaria que existisse, essas pessoas falariam que gostariam de cavalos
mais rápidos. Por isso, é necessário entender a necessidade dos usuários sob os
aspectos mais amplos do seu contexto sociocultural, para que as soluções sejam,
de fato, meios de transformações de negócios e vidas.
*Felipe Guimarães é head of design da Squadra Digital.
Sobre a Squadra Digital
Fundada em 1987, a Squadra Digital é uma empresa especializada em consultoria de tecnologia para a jornada de transformação digital das empresas de diferentes portes e segmentos. É referência no mercado brasileiro por atuar de ponta a ponta, ou seja, acompanhar, planejar e executar todas as etapas de um projeto de digitalização. Por meio de squads multidisciplinares, combinando profissionais internos com o próprio cliente, a empresa desenvolve ações desde o início, com a pesquisa de mercado, até o pleno funcionamento da solução no dia a dia da organização, passando por desenho da jornada, lançamento e monitoramento de indicadores. Para saber mais, acesse: www.squadra.com.br
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