Sim, inteligência artificial e machine learning também são ferramentas de segurança cibernética
Por Otto Pohlmann, CEO da Centric Solution *
Falar da importância do machine learning e
da inteligência artificial no ambiente corporativo não chega a ser uma
novidade. Pelo contrário, trata-se de ferramentas cada vez mais imprescindíveis
no dia a dia de empresas e profissionais. São tecnologias que podem moldar e
até mesmo transformar modelos inteiros de negócios.
A questão é que a maioria das soluções
desenvolvidas com estas propostas atende funções específicas no dia a dia do
trabalho, como automação de processos e velocidade na análise de dados
digitais. É possível fazer muito mais com o aprendizado de máquina e IA,
inclusive reforçar a estratégia de segurança cibernética da organização. São
recursos poderosos contra ações de hackers.
Proteger informações e dados corporativos se tornou
uma das principais preocupações de gestores e líderes atualmente. O avanço da
transformação digital nos últimos anos trouxe diversos benefícios, não há
dúvidas, mas também tem seu ônus: os ataques cibernéticos se tornaram um
problema bem comum tanto para pequenos empresários quanto para grandes
corporações.
Apenas no primeiro semestre de 2022, o número de
tentativas de invasões quase dobrou em relação ao mesmo período de 2021,
saltando de 16,2 bilhões de registros para mais de 31,5 bilhões, segundo
levantamento da empresa Fortinet. Uma análise da NordVPN, por sua vez, indica
que cibercriminosos já lucraram mais de R$ 88 milhões no país com a venda de
informações e dados de brasileiros na dark web.
O grande problema da segurança cibernética é a
sensação de que os hackers sempre estão um passo à frente da estratégia
de proteção das empresas. Mesmo o software mais potente de antivírus não
consegue suprir todas as demandas, o que pode acarretar problemas graves no
futuro – principalmente quando precisa prever eventuais ataques que
podem surgir na rede corporativa.
Mas como é possível se antecipar a algo que ainda
não aconteceu? A resposta a essa pergunta passa justamente pela adoção da
inteligência artificial e do machine learning no dia a dia das
organizações. As duas tecnologias têm como premissa a identificação de padrões
por meio da análise de dados e processos nas mais diferentes áreas de atuação.
Isso vale para elencar tarefas, determinar ações e, claro, observar potenciais
ameaças.
O desenvolvimento de uma solução de segurança
cibernética com IA e aprendizado de máquina busca resolver essa questão. Ou
seja, detectar e impedir ameaças em aplicações e programas antes mesmo que eles
sejam executados em um endpoint (dispositivo). Em outras palavras: assim
que a ameaça entrar no sistema da empresa, a ferramenta já deve iniciar seus
protocolos para neutralizá-la e eliminá-la.
Trata-se de uma antecipação de ataques de dia zero,
nome dado às invasões hackers que exploram vulnerabilidades ainda
desconhecidas pelos profissionais responsáveis pela programação/aplicação. Com
o IA, é possível se antecipar e prever quais ações os malwares
desconhecidos irão executar dentro da rede.
Claro, essa possibilidade ainda é recente para
muitas companhias, o que leva a uma necessidade de preparação interna na
corporação. Para que as duas ferramentas possam ser utilizadas corretamente e
em sua plenitude, é preciso criar políticas e regras de uso para que a solução
em si possa atuar naquilo para que ela foi projetada. Além disso, é fundamental
que os profissionais estabeleçam parâmetros de controle de dispositivos e
gestão de senhas e outras informações consideradas sensíveis.
Se a inteligência artificial foi capaz de revolucionar
e transformar negócios inteiros por meio da rapidez no fluxo de informações e
na agilidade no processamento desses dados, era questão de tempo para que
ferramentas de proteção cibernética também apostassem na IA e na proposta do machine
learning. Com elas, a diferença de horas, ou até minutos, que as empresas
levavam para agir (e que resultavam em grande prejuízo) pode ser resolvida em
tempo real. A segurança digital finalmente assumiu status inteligente.
*Otto Pohlmann é CEO da Centric Solution, empresa de
tecnologia que fornece soluções completas para atender aos requisitos de
segurança e da LGPD, com foco em implementação, treinamento e suporte, a fim de
ajudar a sustentar o desenvolvimento de negócios de todos os portes e setores –
e-mail: centric@nbpress.com
Sobre a Centric Solution
Empresa de tecnologia que iniciou as atividades em 2005 e oferece soluções completas com foco em implementação, treinamento e suporte para ajudar a sustentar o desenvolvimento de empreendimentos de todos os portes e ramos de atividade. Adota ferramentas voltadas a help desk, service desk, active directory, cloud, IT security, network performance, compliance, data protection, aplicações e remote app. Também realiza treinamentos, desenvolvimento de projetos e monitoramento em tempo real, 24 x 7, de processos, negócios, redes, link e sistema de missão crítica. Com sede em São Paulo e uma equipe de 20 colaboradores, a Centric ultrapassou a marca de 3 mil clientes. Entre eles estão Banco Safra, Crefisa, Unimed, CPFL e 60% do mercado hoteleiro.
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