Inovação e as novas habilidades exigidas pelo mercado
Por Guilherme Haraguchi, superintendente
executivo de Inovação do Grupo Bradesco Seguros
Hoje as habilidades de inovação são
primordiais para um bom profissional, assim como o inglês já foi um dia. Isto é
motivado pelos acelerados avanços tecnológicos vistos nas últimas décadas, que
criaram um consenso entre as lideranças de todos os ramos econômicos de que a
inovação é algo fundamental para a continuidade de qualquer modelo de negócios.
E para que a inovação aconteça. é preciso que todos os funcionários desenvolvam
continuamente diferentes habilidades neste sentido.
De acordo com pesquisa da consultoria de
inovação Ace Cortex, 85% das empresas priorizam a inovação na construção de
suas estratégias. Nessa justificada pressa de criar coisas novas, novos
produtos e soluções, por vezes deixamos de lado três reflexões cruciais que
devem ser realizadas desde o início para potencializar a assertividade: inovar ‘para quê’, ‘para quem’ e ‘por quem’?
Não existe uma resposta padrão ou única
para essas três perguntas e, a fim de compreendê-las, temos que pensar nelas
conjuntamente. Para que uma empresa deve inovar? Inovar por inovar não leva a
lugar nenhum. Um chapéu com braços mecânicos, por exemplo, é uma novidade. Mas
para que serve isso? Hoje em dia precisamos planejar inovações pensando na sua
utilidade e benefícios de fato. Refletir para quem e o que aquele produto ou
serviço ajuda a gerar percepção de valor e a melhorar e agilizar processos.
E essa inovação não precisa
necessariamente ser grandiosa – como a invenção da internet ou da ‘roda
redonda’ – mas talvez algo que facilite a vida de um dos seus públicos
estratégicos, sejam eles colaboradores, fornecedores, consumidores, ou até
mesmo para toda a cadeia, com a unificação de processos, automatizações ou
simplificações. A coleta de uma assinatura que era feita presencialmente poder
ser feita digitalmente, por exemplo, é algo que é aparentemente simples, que
facilita muito a vida, mas que, para funcionar bem, envolve uma série de
tecnologias que precisam ser unificadas para se obter um resultado preciso,
eficiente e seguro.
Outro questionamento é ‘por quem serão
feitas essas mudanças dentro da organização’. Pensando nos já mencionados ‘para
que’ e ‘para quem’, acredito que quem deve ‘puxar’ a inovação deve ser a área
que conhece mais as necessidades do público para qual ela será direcionada, uma
vez que que são esses profissionais, presentes na operação e em contato direto
com as facilidades e dores dos processos, que sabem o que é preciso ser feito.
É claro que se a empresa possui uma
equipe focada em inovação, contar com esse suporte pode ser um diferencial para
otimizar essa construção. No entanto, é preciso que os profissionais tenham em
mente que a inovação tende a ser cada vez mais horizontalizada e permear o
negócio como um todo, fazendo com que todos devam ter esse olhar que busca a
evolução no seu dia a dia.
É inegável que estamos vivendo um
momento de transição das empresas e do mercado de trabalho. Como mencionado
anteriormente, os diferenciais já foram saber inglês ou dominar o Excel. Agora
esses atributos já são considerados básicos e, em breve, acredito que as
exigências serão outras, como saber um pouco de código, de dados e de user
experience, além de competências
fundamentais para a inovação como tolerância ao erro, colaboração e
resiliência. Porque apesar de ainda ser necessária em muitas organizações, a
área de inovação tende a atuar cada vez mais como uma facilitadora, oferecendo
consultoria e as ferramentas necessárias para que a inovação aconteça nas
respectivas áreas que possuem domínio do processo, produto ou público-alvo ao
qual se destinam as novas soluções ou melhorias.
Para evoluirmos e atendermos às
expectativas do mercado acredito que a chave está na construção de equipes
multidisciplinares, nas quais todos têm pelo menos um pouco dessas novas
competências para que a inovação ocorra com propósito, focada sempre em
resolver problemas, melhorar a experiência do cliente e atualizar a proposta de
valor de qualquer modelo de negócio.
Sobre o Grupo Bradesco Seguros
O Grupo Bradesco Seguros, conglomerado segurador da Organização Bradesco, tem atuação multilinha em âmbito nacional nos segmentos de Seguros, Capitalização e Previdência Complementar Aberta, atuando com empresas que detém representatividade nos respectivos segmentos: Bradesco Seguros, Bradesco Saúde, Bradesco Vida e Previdência, Bradesco Capitalização e Mediservice.
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