Neste dezembro laranja, SBOC esclarece mitos e verdades sobre o câncer de pele
Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica
aproveita o mês de conscientização para esclarecer dúvidas sobre a doença
São Paulo, dezembro de
2022
– No final de novembro, o Instituto Nacional de Câncer (INCA) divulgou o novo
relatório Estimativa 2023 – Incidência de Câncer
no Brasil¹, que
traz um levantamento sobre novos casos da doença na população brasileira. A
estimativa é de que, para cada ano do triênio 2023-2025, surjam aproximadamente
704 mil novos diagnósticos para variados tipos de câncer, sendo o de pele, não
melanoma, o mais incidente entre eles (31,3% do total de casos).
A pele é o maior órgão
do corpo humano. Composta pela camada de epiderme (externa) e derme (interna),
é também a grande responsável por proteger outros órgãos contra agentes
externos, infecciosos e químicos, além de regular a temperatura do corpo.
Quando exposta ao sol, de maneira constante e sem proteção adequada, a pele
fica suscetível ao desenvolvimento do câncer, podendo esse ser de variados
tipos. Os mais comuns são os carcinomas (com maior incidência, porém, menor
gravidade), que surge nas células basais ou escamosas; e os melanomas (mais
raros, mas com maior chance de evoluir para metástase), que se desenvolvem nos
melanócitos, células que produzem a melanina.
Dado o cenário para os
próximos três anos, a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC)
aproveita este Dezembro Laranja, mês de conscientização sobre o câncer de pele,
para esclarecer algumas das principais dúvidas em torno do tema.
Abaixo, a médica
oncologista e coordenadora do Comitê de Tumores de Pele e Sarcomas da SBOC,
Dra. Andreia Melo, listou alguns dos principais mitos e verdades sobre o câncer
de pele.
Confira:
Pessoas brancas e
albinas têm maior propensão ao desenvolvimento da doença²
Verdade – por terem menos
pigmentação na pele, pessoas brancas ou albinas estão mais suscetíveis ao
desenvolvimento do câncer de pele.
Pessoas negras não
desenvolvem câncer de pele5
Mito – ao contrário do que
muitos imaginam, pessoas negras também correm o risco de desenvolver câncer de
pele. Apesar de raro, nessa população a lesão costuma aparecer nas
extremidades: região plantar (abaixo dos pés), nas palmas das mãos e abaixo das
unhas.
É preciso usar protetor
solar em dias nublados e no inverno³
Verdade – independentemente de o
céu estar ou não ensolarado, os raios ultravioletas continuam sendo
constantemente emitidos. Em dias nublados, a única diferença é a de que sua
incidência costuma ser um pouco menor. Mas, ainda assim, não é recomendado se
expor à luz solar por longos períodos e sem proteção. O uso de protetor solar é
recomendado para absolutamente todos os dias.
Protetor solar tem
papel fundamental na proteção contra o câncer de pele
Verdade – o filtro solar é um
agente fundamental na proteção contra o câncer de pele, porém, seu uso deve ser
feito de maneira adequada, sendo recomendado o uso de um protetor que atue
contra raios UVA e UVB, com FPS 30 ou maior. É necessário aplicar cerca de
2g/cm2 na pele, ao menos 15 minutos antes de se expor ao sol e, após
sair da água, repetir a aplicação a cada duas horas. Também é importante
lembrar de utilizar proteção solar para os lábios.
Não existe horário
correto para tomar sol
Mito – apesar da necessidade
de absorção de vitamina D, para prevenir o risco de desenvolvimento do câncer
de pele, é recomendado evitar a exposição prolongada ao sol entre às 10h e 16h,
pois nesse período a incidência de raios ultravioleta é maior.
O uso de câmaras de
bronzeamento é algo seguro
Mito – O bronzeamento com o
uso de câmaras está relacionado ao maior risco de desenvolvimento de câncer de
pele. No Brasil, o uso estético de câmaras de bronzeamento é proibido pela
ANVISA.
“Se diagnosticado em
estadios iniciais, o câncer de pele tem muito boas chances de cura. Alguns
sintomas que podem indicar o surgimento da doença são manchas irregulares na
pele, com mais de uma tonalidade, que descamam ou sangram, e feridas que não
cicatrizam há mais de quatro semanas. Caso apresente qualquer tipo de sintoma
na pele, procure imediatamente auxílio médico para diagnosticar e tratar o
problema”, comenta a Dra. Andreia Melo.
Para mais informações
sobre o câncer de pele, confira o infográfico da SBOC: https://sboc.org.br/prevencao/item/2127-dezembro-laranja.
SOBRE A SBOC –
SOCIEDADE BRASILEIRA DE ONCOLOGIA CLÍNICA
A Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) é a entidade nacional que representa mais de 2,7 mil especialistas em oncologia clínica distribuídos pelos 26 estados brasileiros e o Distrito Federal. Fundada em 1981, a SBOC tem como objetivo fortalecer a prática médica da oncologia clínica no Brasil, de modo a contribuir afirmativamente para a saúde da população brasileira. É presidida pelo médico oncologista Prof. Dr. Paulo M. Hoff.
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