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Como o conceito de Cidades Inteligentes deve impulsionar cada vez mais o mercado de ISPs

 

Provedores de internet são os grandes responsáveis por prover e levar o serviço de internet às pessoas que residem em regiões geográficas mais distantes dos centros urbanos.

Viver em um ambiente sustentável e que promova qualidade de vida é, de fato, um assunto recorrente quando se trata de desenvolvimento urbano. E como solução para esses desafios, tais como os problemas ambientais e o crescimento expressivo da população urbana, o conceito de Smart Cities – ou cidades inteligentes em tradução livre –, tem ganhado mais força graças, também, aos avanços tecnológicos. 

Embora a lista atual de cidades inteligentes seja relativamente composta por grandes centros urbanos, a popularização desse conceito tem levantado uma questão importante e discutível: como os municípios menores e mais distantes podem se tornar cidades inteligentes?

De acordo com o gerente de engenharia da Fibracem, empresa 100% nacional especializada no setor de comunicação óptica, Sebastião Rezende, a resposta para essa pergunta está nas mãos dos chamados provedores de internet (ISPs), que hoje são considerados o principal motor para a inclusão digital no Brasil. Segundo ele, com a ascensão cada vez mais rápida do 5G, cresce também a expectativa da construção de infraestruturas de redes de fibra óptica para o uso da nova tecnologia e das suas aplicações.

“Hoje, quando se trata de municípios mais afastados, vemos que são os ISPs que dominam e são os grandes responsáveis por prover e levar o serviço de internet às pessoas que residem em regiões geográficas mais distantes dos centros urbanos”, explica o especialista. “E muitas das aplicações inteligentes que terão, por exemplo, análise de dados, a adoção e a utilização do IoT voltado a mudanças de comportamento na cidade, só poderão ser usados com a implantação de internet de qualidade”, complementa.

Indústrias e o mercado corporativo também devem surfar a onda

A crescente preocupação também com o meio ambiente – outro fator importante para que uma cidade seja vista como inteligente – tem feito com que parte das empresas que utilizam estruturas de data centers, pensem e adotem práticas e o uso de soluções cada vez mais consciente em suas operações, o que, de certa forma, pode contribuir para o progresso e a conservação ambiental.

Para Marco Pacchioni, executivo de contas para a área corporativa da Fibracem, se as indústrias do setor de telecomunicações, por exemplo, trabalharem para disponibilizar à essas empresas, bons equipamentos que promovam a utilização mais eficaz da energia, além de um bom gerenciamento de dados em nuvem, isso vai gerar tanto uma economia energética, quanto a redução de lixo eletrônico. Para ele, é o que pode ser chamado de ‘economia verde’.

“Se as empresas adotarem softwares e hardwares mais rápidos, o que é crucial para empresas que buscam pela chamada ‘tecnologia sustentável’, melhora um dos quesitos fundamentais: a eficiência energética”, exemplifica.

De acordo com o Ranking Connected Smart Cities 2022 – mapeamento que analisa dados de todos os municípios brasileiros com mais de 50 mil habitantes para apontar os mais desenvolvidos e conectados do País, as cidades consideradas mais inteligentes, são Curitiba (PR) em primeiro, Florianópolis (SC) em segundo e São Paulo (SP) terceiro, seguidas de São Caetano do Sul (SP), Campinas (SP), Brasília (DF), Vitória (ES), Niterói (RJ), Salvador (BA) e Rio de Janeiro (RJ).

“Hoje, para que uma cidade seja considerada inteligente, mais de 75 indicadores divididos em 11 eixos temáticos são avaliados, dentre eles mobilidade, meio ambiente, empreendedorismo, educação, energia, governança, urbanismo, saúde, segurança e economia e, claro, tecnologia e inovação”, finaliza Pacchioni.

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