Hapvida NotreDame Intermédica e Senai Ceará lançam detector de frequência cardíaca fetal com Inteligência Artificial
DFCF propicia a análise e projeções em tempo real de
alterações súbitas relacionadas a taquicardia, bradicardia e desacelerações
tardias
O DFCF-22 Anteparto é dotado de mais recursos de
inteligência artificial e tem o custo 91% menor do que os demais existentes no
mercado
Com
uma tecnologia 100% brasileira e o objetivo de identificar alterações e
prevenir riscos à saúde de bebês e suas mães, o Hapvida NotreDame Intermédica e
o Senai Ceará lançaram nesta quarta-feira (7), em São Paulo (SP), um novo
detector de frequência cardíaca fetal com machine learning integrado para
identificar alterações súbitas como as relacionadas a taquicardia, bradicardia e
desacelerações tardias.
"Com
a transmissão de dados e análise do sinal da atividade cardíaca fetal em tempo
real, o detector permite que as equipes médicas avaliem com maior suporte a
saúde do bebê e tomem medidas necessárias para prevenir possíveis complicações,
oferecendo, assim, confiança e tranquilidade tanto para a mãe quanto para os
profissionais envolvidos no acompanhamento da gestação. A tecnologia foi
consolidada após pesquisas científicas rigorosas e desenvolvimento
compartilhado, atendendo a todos os requisitos da Anvisa para registro oficial
do equipamento", detalha Denise Cordeiro, diretora-médica de ginecologia e
obstetrícia do Hapvida NotreDame Intermédica.
Outro
diferencial do detector é a capacidade de inteligência artificial maior, permitindo
que gestantes em localidades distantes dos grandes centros sejam acompanhadas
em tempo real e remotamente por especialistas em qualquer lugar do país,
eliminando o tempo de espera por diagnósticos e prescrição de tratamento
médico.
Durante
o lançamento, o vice-presidente de Operações do Hapvida NotreDame Intermédica,
Anderson Nascimento, ressaltou o objetivo primordial da companhia de garantir
um atendimento de qualidade e permitir que cada vez mais pessoas tenham acesso
à saúde. “Nossa luta diária é justamente para garantir isso. E nesse sentido o
novo detector de frequência fetal tem papel fundamental no âmbito da saúde
obstétrica.”
O equipamento já está em uso em mais de 25 maternidades da rede hospitalar da
operadora de saúde, e teve pedido de patente apresentado ao Instituto Nacional
de Propriedade Industrial. O DFCF-22 Anteparto está registrado na Agência
Nacional de Vigilância Sanitária e três empresas já negociam a sua produção em
escala industrial.
Produção
nacional em parceria com o Senai Ceará
O
diretor de engenharia do Hapvida NotreDame Intermédica, Marcelo Fontenele,
explica que o desafio era desenvolver um detector de frequência cardíaca fetal
com machine learning e que tivesse preço mais acessível a soluções similares no
mercado. “Então, propusemos esse desafio ao Senai Ceará e conseguimos um
equipamento com tecnologia ainda mais precisa do que prevíamos a um décimo do
custo do mercado."
O
funcionamento da parte técnica do dispositivo é explicada pelo presidente da
Federação das Indústrias do Estado do Ceará, Ricardo Cavalcante, a quem o Senai
Ceará está ligado. “O dispositivo apresenta internamente duas placas
eletrônicas. O sinal obtido na primeira placa passa por processo de
amplificação para que seja possível o profissional de saúde ouvir o resultado
da contração ventricular do coração do bebê. Já na segunda placa, acontecem as
etapas de processamento e tratamento do sinal.”
Na
prática, segundo Marcelo Fontenele, a emissão do sinal do detector é o grande
diferencial: "Isso é possível devido à interoperabilidade do aparelho com
diversas tecnologias. Os dados processados da atividade cardíaca fetal são
enviados via wi-fi para que seja possível o monitoramento e armazenamento em
prontuário eletrônico, além de outras finalidades clínicas. Como exemplo, uma
mãe no interior da Bahia poderá ter os dados do seu exame integrados a um
prontuário eletrônico acompanhado por especialistas em outras cidades, como
Salvador, Rio ou São Paulo, à distância. Alia-se a isso, a detecção de padrões
incomuns que podem ser riscos de taquicardia, braquicardia e desacelerações
tardias".
Outra novidade em relação ao equipamento está na relação custo-benefício. O DFCF-22 custa um décimo do valor de um modelo similar. O equipamento traz mais tecnologia embarcada e capacidade de predição e projeção de cenários a um custo de R$ 2,7 mil — 91% inferior ao de equipamentos similares, que não saem por menos de R$ 30 mil.
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