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Ovos comerciais: aditivos naturais podem estimular negócios para avicultores

Para que a avicultura se mantenha como uma potência dentro do agronegócio, especialistas têm trabalhado, cada vez mais, para o desenvolvimento de novidades para o mercado. Além de contribuir para a permanência do setor em um patamar de excelência no âmbito internacional, as novidades buscam também proporcionar novos negócios aos avicultores.

De acordo com a supervisora de especialidades da Quimtia Brasil, empresa especializada na fabricação de insumos para nutrição animal, Georgia Almeida, uma das soluções que mais tem chamado a atenção dos produtores é a oportunidade de adicionar aditivos naturais na alimentação das aves.

Em poedeiras comerciais o grande foco é a qualidade de ovos e sua aceitação no mercado. Para o consumidor a coloração da gema é um importante critério para a escolha dos ovos, pois para eles é indicador de qualidade e frescor, e a preferência da coloração pode variar de acordo com a região do Brasil. A coloração da gema do ovo é resultante da deposição de pigmentos caroteóoides não sintetizados pelos animais. Esses pigmentantes podem ser sintéticos ou naturais. Órgãos internacionais de saúde já estão preconizando a proibição da maioria dos pigmentantes artificais, dessa forma a busca por corantes naturais aumentou.

Como alternativa de pigmentante natural pode-se utilizar, por exemplo, produtos como o extrato de Marigold, que geralmente são fornecidos via premix, e ajuda na substituição de pigmentantes sintéticos, o que colaboram para o aumento da qualidade dos ovos e contribui, inclusive, para o recebimento de certificação para a produção de ovos de galinhas caipiras.

“Além desses benefícios, esse tipo de aditivo natural – extrato de Marigold no caso –, não contém substâncias como o etoxiquim – um antioxidante sintético –, substância proibida na criação de frangos orgânicos”.

Dosagem deve depender do foco do avicultor

Ainda segundo Georgia a dosagem adequada interfere, geralmente, em aspectos como a tonalidade da cor da gema do ovo, o que pode variar de acordo com as demandas de cada avicultor, ou seja, se os clientes buscam o alimento com gemas com cor mais forte ou mais fraca. “A quantidade ideal do aditivo natural vai depender também, da fórmula da ração, ou seja, de acordo com as quantidades das matérias-primas, como o milho, que fazem parte da alimentação fornecida às aves”, explica a supervisora de especialidades.

Atualmente o Brasil é considerado o sexto maior produtor de ovos do planeta. De acordo com dados da Associação Brasileira de Proteína de Animal (ABPA), em 2022 a produção brasileira de ovos alcançou 52 bilhões de unidades. Destes, cerca de 9,5 mil toneladas de ovos (considerando produtos in natura e processados) foram exportados para países como Emirados Árabes, Catar e Japão, Uruguai e Estados Unidos, gerando uma receita de aproximadamente US$ 22,5 milhões.

Produtor de aves de corte também pode se beneficiar

Assim como para as galinhas poedeiras, a adição de aditivos naturais na alimentação das aves de corte também é uma alternativa valiosa. Para ela, a quantidade ideal de aditivos naturais para esse tipo de produção animal ocorre conforme a cor da carcaça do frango em que o avicultor desejar atingir. “Quanto mais amarelada, mais a ave se aproxima da chamada ‘galinha caipira’, o que pode agregar, significativamente, valor ao produto oferecido pelo produtor”, finaliza.

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