Golpismo, preconceitos e máscaras: ações continuadas da extrema-direita
O
bolsonarismo abriu as portas dos armários para fascistas envergonhados formando
um movimento autoritário, golpista, misógino e armamentista que assume a
violência para impor seus valores e verdades.
Esse
movimento liberou o racismo de classe e de raça herdado por segmentos de nossa
elite e da classe média branca do falso moralismo que cultivava,
impulsionando-os a assumirem o ódio e o desprezo ao povo pobre, mestiço e
negro.
Tanto a elite
como segmentos da classe média branca incomodaram-se com as políticas de
inclusão social e econômica dos governos do PT.
Se antes a
ira ficava restrita em algumas redes sociais, a operação Lava Jato e o
bolsonarismo semearam o ódio, com ajuda da mídia corporativa, para criminalizar
a política e questionar consensos democráticos que foram conquistados com muita
luta e muita dor contra a ditadura civil-militar.
O complô
lavajatista, com apoio do Departamento do Estado americano, da mídia
corporativa, de segmentos empresariais e da classe média, criminaliza a
política focando na destruição de um partido político, de empresas de
engenharia nacional e na Petrobrás. Era necessário alijar o partido
político que governava o país para retornar o rentismo.
Bolsonaro
entra em cena como representante político conservador e apoiado por milicianos
e segmentos militares reacionários, oferecendo às elites o retorno mais
contundente ao neoliberalismo e ao escancaramento de seus preconceitos raciais
de classe e de cor como alternativa ao lulismo.
A bandeira da
corrupção sempre presente em nossas crises políticas republicanas é
ressuscitada, ao lado do combate aos comunistas promotores da “guerra cultural”
contra a família e a propriedade.
Foram
plantados, desta forma, os desatinos e o golpismo continuado da
extrema-direita, justificados em nome da liberdade de expressão.
Na sexta-feira próxima passada, dia 14 de
julho de 2023, o ministro Alexandre de Moraes foi hostilizado por uma família
brasileira, e seu filho chegou a ser agredido fisicamente. O Ministro foi
insultado pela esposa do casal que o chamou de “comprado”, “comunista” e
“bandido”. Há informações que o chefe dessa família é um empresário.
Em tempos de construção de empresas com
responsabilidade social, o que impulsiona um segmento da elite empresarial a se
metamorfosear em xerifes que assumem a tarefa de julgar, condenar e agredir
pessoas, em nome da moralidade pública que acreditam defender?
Porque desejavam construir o futuro como
continuidade do período de preconceitos, privatizações e neoliberalismo em que
não houvesse o retorno da teimosia de inclusão social, de colocar o pobre no
orçamento, e muito menos um poder judiciário que insiste em desarmar o golpismo
continuado, pois essas pessoas acreditam que estão acima das leis.
Às hostilidades sofridas pelo ministro do
Supremo Tribuna Federal, Alexandre de Moraes e sua família, são inaceitáveis e
merecem o repúdio de todos (as) democratas!
Piracicaba, 18 de julho de 2023.
Dorgival Henrique – Presidente do Ipedd, ex-Diretor da FGN/Unimep.
Nenhum comentário