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Reimaginar a sustentabilidade exige consolidar uma agricultura aberta e colaborativa

Por Rogério Castro, CEO da UPL Brasil e engenheiro agrônomo formado pela Universidade Federal de Lavras (UFLA). 


 

O Brasil é um dos países mais importantes do mundo no ecossistema alimentar, sendo responsável por levar comida a 13% da população global. As necessidades dessas 1 bilhão de pessoas e as constantes orientações científicas em relação ao futuro do planeta têm nos motivado a investir cada vez mais em um conceito chamado "sustentabilidade". A UPL, que se reinventou em 2019, a partir da adoção do propósito OpenAg, entende que a sustentabilidade do sistema de produção de alimentos depende da agricultura para operar sem limites ou fronteiras. Assim, estamos promovendo e consolidando uma agricultura aberta e colaborativa. Isso é reimaginar a sustentabilidade – nossa meta global. 

Acreditamos que esse objetivo contribui para o crescimento conectado e sustentável do nosso país em todos os pilares: seja econômico, social ou mais especificamente ambiental. Estamos empenhados completamente e nos esforçando constantemente para fazer escolhas eficientes e conscientes e, assim, oferecer soluções sustentáveis a nossos clientes e parceiros. À medida que reunimos esforços para melhorar a produção agrícola em todas as regiões do Brasil, continuamos comprometidos em construir uma base ágil e sustentável, enquanto aprimoramos nosso portfólio com diversificação de soluções agrícolas. 

Estamos preparando no Brasil um Relatório de Sustentabilidade, a ser apresentado em breve, no qual detalhamos o caminho que estamos trilhando em nossa jornada rumo à trilogia ESG – sigla em inglês para a responsabilidade ambiental, social e de governança –, abordando nossas práticas de agricultura sustentável e regenerativa, bem como nossas ações com foco nas mudanças climáticas, mitigação de gases de efeito estufa (GEE) e descarbonização da agricultura, ações de impacto social e de compliance, integridade e ética nos negócios – entre outros temas relevantes. No pilar ambiental, por exemplo, acabamos de ingressar no Programa Soja Baixo Carbono (SBC), após um processo extremamente rigoroso de seleção, e nos tornamos parceiros do Senar e do Sebrae do Rio Grande do Sul no Programa Alimento Seguro Uva para Processamento (PAS Uva), que objetiva certificar a produção regional com o selo Local GAP – regulamento técnico da Global GAP, uma das certificações internacionais mais reconhecidas na área de boas práticas de produção agrícola. 

No SBC, iniciativa da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), que também acaba por envolver os pilares social e de governança, demos no último trimestre o pontapé inicial para futura certificação de propriedades rurais com baixa emissão de GEE, por meio da assinatura de um termo de compromisso para a construção das diretrizes do protocolo Soja Baixo Carbono.  Os critérios devem ser validados em três safras, a partir 2023/2024, em mais de 25 lavouras-pilotos pelo país. Assim, estamos unindo tecnologia e inovação ao nosso senso de responsabilidade à credibilidade científica da Embrapa. 

No "PAS Uva – Local GAP" trabalhamos em parceria com o Conselho de Planejamento e Gestão da Aplicação de Recursos Financeiros para Desenvolvimento da Vitivinicultura do Estado do Rio Grande do Sul (Consevitis-RS), o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-RS), a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Uva e Vinho) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-RS). A primeira fase envolve aproximadamente 400 produtores de uva do estado, que participaram de dias de campo e de visitas individuais. Esperamos que até o fim deste ano a maioria desse grupo seja certificada, beneficiando toda a cadeia da uva do Rio Grande do Sul". 

Estamos fazendo muito também no âmbito social. Em 2023 estamos completando 15 anos de apoio à AssociAção Vida, organização não governamental (ONG) que tem a educação como base de atuação e possui três unidades no Brasil, todas mantidas pela UPL. A entidade apoia o desenvolvimento estudantil de jovens de famílias com até meio salário-mínimo de renda mensal per capita (cerca de US$ 121), que estão deixando o ensino fundamental para ingressar no ensino médio ou profissionalizante. Temos o orgulho de relatar iniciativas como esta, que contribuem para o futuro do planeta, por meio da mudança de cada ser humano. Nosso compromisso vai muito além da produção de alimentos. 

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