3 dicas para se proteger: Vulnerabilidade cibernética no setor farmacêutico
*Por Rodrigo Galesi, Diretor TI e Soluções da InterPlayers
À medida que surgem no mercado novas tecnologias e processos
digitais orientados por dados e inteligência artificial, abre-se também um
leque de possibilidades para que cibercriminosos tirem proveito das inovações,
seja em qualquer área de atuação. No setor farmacêutico, sobretudo, os hackers
representam uma ameaça significativa tanto para a segurança de informações
sensíveis quanto para a saúde dos pacientes. Isso porque a área abrange desde a
pesquisa e o desenvolvimento de medicamentos até a distribuição e venda.
Embora o setor farmacêutico seja bastante regulamentado no
mundo on-line, especialmente com as diretrizes da LGPD, que obrigou o mercado a
evoluir, é urgente trabalhar questões básicas de segurança com os usuários,
como o uso de senhas fracas, por exemplo. Desenvolver ações recorrentes nesse
âmbito podem promover uma nova cultura de proteção, até porque vivemos
constantes mudanças frente a esse cenário. Além disso, investir em capacitação
profissional em meio aos avanços tecnológicos também deixou de ser um
diferencial e se tornou condição obrigatória.
O “Índice de
Defesa Cibernética 2022/23” divulgado pelo Instituto de Tecnologia de
Massachusetts (MIT), dos EUA, aponta o Brasil como o terceiro pior ambiente
digital entre os países do G20. Para elaborar o relatório, os cientistas
estudaram a forma como as 20 principais economias do planeta adotam práticas
tecnológicas para se prevenir de ataques cibernéticos. No relatório, o Brasil
ocupa a 18ª colocação no ranking.
Por
essas e outras, é vital colocar em prática medidas contra vulnerabilidades
cibernéticas, que no setor farmacêutico podem ser ainda mais básicas do que se
imagina. A seguir, listo três ações primordiais:
1 - Aculturamento de proteção para não cair em armadilhas
Aqui,
uma analogia é válida: se na minha casa, para me proteger contra possíveis
perigos, eu preciso trancar a porta, investir em cerca elétrica ou em um portão
mais resistente, no ambiente digital, as senhas, por exemplo, são os nossos
cadeados, digamos assim. O uso de códigos mais complexos e diferentes para cada
conta é um tema batido, mas ainda merece a devida importância.
Estimular
a elaboração de uma sequência com caracteres peculiares do idioma de origem,
como acentos gráficos no caso da língua portuguesa, é uma tática a se
considerar. Promover o uso de gerenciadores de senhas confiáveis para manter o
controle das credenciais também é interessante. Além disso, o aculturamento de
proteção se estende ainda à tecnologia mobile, que tem uma forte atuação
no setor e traz mais complexidade e um campo vasto para quem quer avançar com
os crimes.
2-
Relações e parcerias com empresas sólidas
É
imprescindível que as organizações firmem apoios estratégicos com marcas que já
tenham uma governança institucionalizada, com uma história de vida para contar.
Isso inclui transparência nas ações, rastreabilidade, entre outras iniciativas
que evidenciem a seriedade em cena, tanto no mundo físico quanto on-line. É
necessário ir além das relações comerciais tradicionais e enxergar clientes e
fornecedores como parceiros de negócios, engajados e sintonizados com as mesmas
questões e preocupados em melhorias contínuas.
3-
Plataformas com programas de fidelização confiáveis
Atualmente,
existem várias opções em farmácias para o consumidor desembolsar menos dinheiro
com medicamentos. Portanto, é preciso investir em uma série de controles para
que os dados pessoais do usuário, como CPF, estarão sempre protegidos e não
serão utilizados para nenhum outro fim. O setor
farmacêutico é um dos principais alvos de cibercriminosos com motivações
financeiras. Utilizando campanhas de phishing e malware,
por exemplo, aproveitam a forma de se comunicar das organizações,
imitando até identidades visuais para realizar ataques.
Sobre a
InterPlayers
A InterPlayers, o hub de negócios da saúde e bem-estar, promove ampla integração com todos os componentes do segmento farmacêutico e hospitalar, com destacada participação no mercado, integrando farmácias, clínicas, hospitais, distribuidores e indústrias em todo o território nacional. Apresenta um portfólio de serviços de geração de demanda, comercial, trade, fidelização e acesso e serviços ao paciente.
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