Imóveis populares devem puxar o mercado da construção civil em 2025, aponta especialista
Combinação de demanda reprimida, incentivos governamentais e potencial de crescimento devem colocar programas como o MCMV no centro das atenções de construtoras.
As construtoras brasileiras estão ajustando suas estratégias para
2025 com um foco cada vez mais evidente: os imóveis populares. Com isso, a
expectativa é que a moradia acessível seja a principal mola propulsora do
mercado da construção civil e imobiliário nacional e continue sendo
prioridade diante do cenário de alta demanda por imóveis e desafios estruturais
do setor.
De acordo com o CEO da B2B Gestão de Lançamentos Imobiliários, uma
das principais companhias no Sul do Brasil focadas neste segmento – o de gestão
de lançamentos imobiliários – Luciano Castilhos, para o próximo ano, a
perspectiva é que as empresas do setor imobiliário escalem ainda mais seus
esforços em programas habitacionais como o Minha Casa, Minha Vida. Para ele, a
combinação de demanda reprimida, incentivos governamentais e potencial de
crescimento sustentado coloca o MCMV no centro das atenções de construtoras interessadas
em aproveitar o momento.
“A estimativa é que esse déficit habitacional brasileiro ainda
seja superior a sete milhões de unidades e o programa pode ser fundamental para
reduzir essa lacuna. Ou seja, ao ampliar o acesso à casa própria, contribui para
a inclusão social e melhora a qualidade de vida de milhões de famílias
brasileiras”, comenta o executivo.
Embora o programa exija flexibilidade para lidar com margens mais
apertadas e o ambiente desafiador, as oportunidades de longo prazo são
contundentes. Segundo o executivo da B2B, apesar de todos estes desafios, o
programa continua sendo uma alternativa valiosa de crescimento e consolidação
no setor imobiliário brasileiro.
O que e como as construtoras
ganham com o MCMV?
Além do impacto social, o programa também traz benefícios para as
construtoras. Segundo o executivo da B2B, ao direcionar os esforços para o
Minha Casa, Minha Vida, as construtoras podem aumentar sua produção e, com
isso, consolidar sua posição no mercado.
“Apesar de todos estes desafios, o MCMV continua sendo uma
oportunidade de crescimento para o setor imobiliário brasileiro e as
construtoras que souberem aproveitar as vantagens do programa e se adaptarem às
suas exigências poderão se destacar no mercado e contribuir para o desenvolvimento
do país”, destaca Luciano.
O impacto social como diferencial
competitivo
Para além dos números, o impacto social do Minha Casa, Minha Vida
se mantém como um diferencial importante. Desde sua criação, o programa vem
sendo um divisor de águas no setor imobiliário direcionando subsídios e
condições especiais de financiamento para famílias de baixa renda.
Para Castilhos, em 2025 essa dinâmica promete se intensificar
graças à ampliação das faixas de renda atendidas pelo programa, que atualmente
contempla famílias com rendimentos de até R$ 8.000,00. “A inclusão desta faixa
mais ampla de público elevou o protagonismo do MCMV como catalisador de novos
lançamentos imobiliários, que hoje representam mais de 50% de todos os projetos
residenciais no país”, finaliza Luciano.
Nenhum comentário