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Madre Total é modelo de inovação para pequenos municípios de Santa Catarina

Projeto de cidade localizada numa ilha, na Bahia, será apresentado no 1º Congresso Catarinense de Cidades Digitais, na próxima semana, em Florianópolis

Nem só de belas praias e culinária deslumbrante vive o município de Madre de Deus. Localizado a 63 quilômetros de Salvador, na Bahia, o município tem um povo acolhedor, foi eleito como um dos melhores para ser viver no Brasil e ainda mais: possui um projeto impressionante quando se fala em uso de tecnologia para aprimorar a gestão pública e melhorar a vida das pessoas. Por isso, será apresentado no 1º Congresso Catarinense de Cidades Digitais, que será realizado dias 9 e 10 de junho, em Florianópolis, pela Rede Cidade Digital (RCD), em parceria com a Prefeitura de Florianópolis, e apoiado por entidades, prefeituras e associações de municípios.

Com população de 20 mil habitantes, Madre de Deus pauta suas ações de governo tendo como eixo principal as Tecnologias da Informação e Comunicação, modelo que pode inspirar e ajudar localidades pequenas de Santa Catarina a seguirem o caminho da inovação. Junto com a infraestrutura de 30 km de fibra óptica criada em 2014, inicialmente para reforçar a segurança da cidade, diversas ações estão fazendo do Madre Total, como é chamado o projeto, referência no país e garantindo prêmios nacionais e internacionais de reconhecimento ao município.

O prefeito Jeferson Andrade vai mostrar aos participantes do evento como o investimento em tecnologia desencadeou uma série de ações nos serviços públicos e na economia do município, incluindo a atração de grandes empresas, geração de emprego e renda. Para o assessor de Ciência, Tecnologia e Inovação, Igor Oliveira, o tamanho da ilha facilita o desenvolvimento de projetos. “Os investimentos em tecnologia nos fizeram prever esse momento de crise para manter a qualidade”, observa.

Ele explica que a implantação das 79 câmeras de monitoramento também possibilitou a disponibilização de wi-fi em toda a cidade. Além da redução da criminalidade – em 2015 o registro é de apenas um homicídio contra uma média de 15 em anos anteriores – o projeto de cidade digital refletiu no comércio local, que passou por uma reestruturação e qualificação, e em áreas prioritárias como a Saúde. O recadastramento feito pelas agentes de saúde via tablet serviu de base para a criação de um cartão cidadão, item que se tornou único para qualquer atendimento da população nos serviços prestados pela Prefeitura.

Madre de Deus também busca formas de inovar na geração de renda local ao adotar um sistema de moeda eletrônica social. “Estimula também a legalização do comércio e faz com que o recurso do família cidadã gire dentro da cidade”, diz ele sobre o programa municipal de distribuição de renda para pessoas de baixa renda e de extrema pobreza da localidade. Outra proposta em fase inicial na localidade utiliza o cartão cidadão para gamificação. Inspirada nas estações de sustentabilidade de Curitiba (PR), a ideia é que a coleta de lixo reciclável na cidade se transforme em benefício aos moradores que poderão reverter os pontos recebidos em água, gás e desconto em postos de combustíveis. “É um procedimento crescente. Sempre aproveitando o investimento para outras ações”, ressalta.

Congresso – O evento vai reunir, nos dias 09 e 10 de junho, na Fiesc, em Florianópolis, prefeitos, gestores e vereadores para um grande encontro sobre como a tecnologia vem sendo utilizada pelas cidades digitais e inteligentes para desenvolvimento e melhoria na qualidade de vida da população. As inscrições são gratuitas para servidores públicos e devem ser feitas pelo congressosc.redecidadedigital.com.br.

O 1º Congresso Catarinense de Cidades Digitais tem o patrocínio master da Softplan, ENW - Inteligência em imagem e Telecom e Paradigma Business Solutions; patrocínio prata da Current - powered by GE e Khomp; e patrocínio bronze do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), NovaKoasina, CORINGA - Sistemas Inteligentes de Segurança, VIAGEO - Tecnologia em Geoprocessamento e PartcipAtiva Tecnologia em Educação.

A iniciativa também é apoiada por diversas entidades: Centro de Informática e Automação de Santa Catarina (Ciasc), Federação das Indústrias de Santa Catarina e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial de Santa Catarina (FIESC-SENAI), por meio do Instituto SENAI de Tecnologia em Automação e TIC, SEBRAE; União dos Vereadores de Santa Catarina (UVESC); das Associações de Municípios do Nordeste de Santa Catarina (AMUNESC), Região da Grande Florianópolis (GRANFPOLIS), Região de Laguna (AMUREL), Foz do Rio Itajaí (AMFRI), Médio Vale do Itajaí (AMMVI), Alto Uruguai (AMAUC), Extremo Oeste (AMEOSC), Alto Irani (AMAI), Alto Vale do Rio do Peixe (AMARP), da Região Carbonífera (AMREC) e Região Serrana (AMURES); Prefeituras de Rio do Sul, Itajaí, Laguna e Blumenau; Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), por meio do Departamento de Ciências da Administração (CAD), Connected Smart Cities, iCities, Instituto Cidade Democrática, Associação Catarinense de Empresas de Tecnologia (ACATE), Associação das Empresas de Tecnologia da Informação, Software e Internet de Santa Catarina (Assespro-SC), Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (FACISC), Associação Comercial e Industrial de Florianópolis (ACIF), Rede Brasileira de Cidades Inteligentes e Humanas (RBCIH) e Associação Brasileira de Empresas de Soluções de Telecomunicações e Informática (ABEPREST).

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