Crianças ativas se desenvolvem melhor
Luciana Brites - NeuroSaber |
Segundo a psicopedagoga e psicomotricista da Neuro Saber Luciana Brites, o sedentarismo nunca fez bem para ninguém, inclusive para as crianças em idade escolar. Para a profissional, quando elas estimulam o corpo, consequentemente, contribuem para o melhor desenvolvimento do cérebro.
- Pesquisas já vem mostrando isso, como uma revisão bibliográfica feita na Universidade de Vrije, Amesterdã (Holanda). Pesquisadores encontraram dados que indicam a relação entre performance acadêmica e atividade física. Foi constatado que o exercício físico possibilita um aumento do fluxo de oxigênio para o cérebro melhorando os níveis de neurotransmissores que reduzem o estresse e ainda melhoram o humor - explica.
Por isso, Luciana afirma que as crianças ativas se saem melhor na escola. Segundo a psicomotricista, a instituição de ensino que promove bons hábitos físicos contribui para o desenvolvimento dos alunos.
Por exemplo, ao realizar diferentes tarefas, como correr, pular e até brincar de se fantasiar, os pequenos são estimulados de diversas maneiras. Dessa forma, contribui positivamente para as estruturas corporal (ossos, músculos e nervos) e cognitivas. “Isso mostra que o corpo e o cérebro estão ligados”.
Para a especialista, aquelas que ficam mais expostas às atividades físicas, simples ou mais intensas, também estão aprimorando aspectos cognitivos. Segundo a especialista, isto acontece porque para a realização dos movimentos exige-se da pessoa atenção, memória, planejamento e sequenciação.
- A criança é estimulada globalmente, tanto nos aspectos biológicos, como cardiovascular, como também fazendo delas mais ágeis e desenvolvendo melhor habilidades sociais e cognitivas - afirma.
A pedagoga Magda Asenete também reforça a necessidade de se manter ativo. Para a diretora da In Company Assessoria e Treinamento, isso não só traz benefícios para os jovens como também para adultos. Porém, ela acredita que toda atividade com os estudantes precisa ser bem dirigida.
Para a pedagoga, o profissional tem de canalizar a energia dos menores para tornar a ocasião proveitosa, prazerosa e educativa. Por exemplo, o professor deve orientar e coordenar os alunos sobre o que fazer. “Isso exigirá deles atenção, concentração, saber ouvir e interpretar o que se pede”.
- Dessa forma, eles aprendem a necessidade de ter conhecimento daquilo que será solicitado a fim de ter resposta imediata. Quando corretamente executado, leva-se à conquista de pontos ou do jogo. O estímulo torna-se um aliado fundamental para o desenvolvimento delas - diz.
Magda ressalta também que essas ocasiões podem ser usadas para ensinar os alunos sobre o respeito entre os colegas. Por conta de diferentes personalidades numa mesma turma, algumas são mais calmas e outras gostam de mais agitação.
- Em aula, o professor precisa mostrar que o mais importante é entender que cada colega tem seu ritmo próprio e podem interagir socialmente de maneiras diferenciadas. Para tanto, basta que haja respeito mútuo, independentemente da idade, dos gostos esportivos e dos tipos de comportamento - conclui.
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