Tratamento de varizes com espuma pode ser usado em alterações estéticas e em casos mais graves
Angiologista e cirurgiã vascular esclarece que injeção de substância química nas varizes é um tratamento versátil e pode ser usado para fins estéticos ou em casos de doenças avançadas como úlcera e dermatite ocre.
De acordo com a médica, há um consenso sobre tratar com espuma os casos mais avançados, cujos pacientes apresentam conjuntamente úlcera, dermatite ocre ou outras doenças. Nos casos mais estéticos, a técnica pode ser indicada dependendo do tipo de pele, características individuais e localização dos vasos. "Nesse caso, a espuma é um pouco mais fraca (menor concentração de polidocanol), tornando-a menos agressiva para minimizar os riscos de manchas", explica.
Vantagens x desvantagens — Entre as vantagens, a médica destaca a simplicidade do procedimento, realizado apenas com uma injeção, e o fato de não precisar de internação hospitalar mesmo em casos avançados. "Quanto às desvantagens, como o processo inflamatório é intenso, existe um risco alto de manchas. Além disso, o período de cicatrização pode ser bastante incômodo em alguns casos, pois fica um cordão inflamatório na perna durante um tempo. O risco de trombose venosa profunda e embolia pulmonar é raro, mas também pesa como uma desvantagem", acrescenta. Nos casos de estética, a grande vantagem está no reduzido número de sessões (geralmente uma a duas por área tratada). "Outro ponto positivo é a possibilidade de tratar aqueles casos difíceis, onde as outras técnicas estão tendo falhas, além de dar uma alternativa não cirúrgica para microvarizes que o laser transdérmico não alcança", acrescenta.
Entendendo o procedimento — A espuma densa é uma mistura de ar ambiente com um produto chamado polidocanol. "Feito com duas seringas e uma torneirinha de rosca, esse produto é então aplicado na veia a ser tratada, sempre guiado por ultrassom para acompanhar a progressão do produto", explica a médica. "Conforme a espuma entra em contato com a parede do vaso, ocorre um processo inflamatório intenso com consequente cicatrização da veia, que se tornará um cordão fibroso desconectado da circulação", finaliza.
FONTE: Cirurgiã vascular e angiologista, Dra. Aline Lamaita é formada pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, Membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular, da Sociedade Brasileira de Laser em Medicina e Cirurgia e do American College of Phlebology. A médica possui título de especialista em Cirurgia Vascular pela Associação Médica Brasileira / Conselho Federal de Medicina. http://www.alinelamaita.com.br/
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