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A quem interessa a energia sustentável?

Diego Silva, jornalista e diretor da Agro Agência Assessoria

Não há uma só profissão que atualmente não tenha de lidar com o tema sustentabilidade. O que é fantástico, uma vez que tem esse processo tem estimulado movimentos de conscientização nos brasileiros, desde em ações básicas do dia a dia, como optar por menos embalagens, arborizar a cidade e estimular ações em benefício da biodiversidade.

No meu campo de trabalho, mais especificamente na comunicação e no marketing, temos ligados à sustentabilidade e o próprio marketing verde passaram a ser abordados ainda na década de 60, ganhou força na década de 90 e nos anos 2000, passou a ser considerado uma das exigências de clientes de grandes e pequenas empresas.

Na tentativa de me enquadrar na produção de uma energia limpa e ser mais sustentável, minha pessoa física passa pela experiência da busca por geração de energia, a partir do sol. O processo de financiamento que diversas entidades financeiras disponibilizam, democratizou o acesso, a ponto de podermos contribuir de forma significativa e direta, com o meio ambiente.

E mesmo com os trâmites do Governo Federal na busca pela taxação do sol, contra quem busca um tipo de geração de energia independente e limpa, enquanto quem se predispõe a essa busca, deveria ser subsidiado, pela lógica sustentável pelo benefício social, ainda assim, sigo com o projeto.

Se não incentivado pelo Governo Federal ou pelos bancos, que apesar de facilitar, aplicam taxas consideráveis, a quem interessaria ações sustentáveis? A concessionária de energia? Dificilmente. De certa forma, a energia solar vai contra o principal mercado deles, a energia elétrica, menos sustentável e mais cara.

No Mato Grosso, deputados estaduais aprovaram projeto para minimizar o tempo que a Energisa (concessionária local), leva para vistoriar o projeto já instalado, e assim, o consumidor poderá de forma mais ágil, iniciar a produção e utilização oficial da energia solar. Já em Mato Grosso do Sul, passados 19 dias corridos, da instalação do meu projeto, não temos sequer acesso a um sistema para acompanhamento, muito menos uma notícia da empresa sobre prazos.

E ainda é preciso estar presente na residência, impedido de compromissos profissionais, sob risco de a equipe visitar sua residência, não ter alguém para atendê-los e o prazo para uma nova vistoria aumentar.

A quem então interessa essas iniciativas sustentáveis?

Diego Silva, jornalista e diretor da Agro Agência Assessoria

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