Condomínio wellness: bem-estar em primeiro lugar
*Por Carlos Henrique Rocha
Os temas saúde e bem-estar nunca estiveram tão em alta como agora, por conta da pandemia de Covid-19. O confinamento, o distanciamento dos amigos e a falta de interação entre as pessoas provocaram uma preocupação por parte da população no que diz respeito à saúde física e mental. Nesse sentido, surgiram novas demandas, com pessoas procurando alternativas e locais que lhes oferecessem opções para espairecer e ter uma melhor qualidade de vida.
Segundo o estudo “Feeling Good: The future of the $1.5 trillion wellness Market”, realizado pela McKinsey, o wellness - conceito relacionado ao bem-estar de modo geral, tanto quanto físico, mental e espiritual - é prioridade para 75% dos brasileiros. Se no passado o bem-estar estava ligado somente à saúde física, agora o tema está mais abrangente e trata também sobre qualidade do sono, da saúde mental, da nutrição, entre outros. A febre dos orgânicos, o boom do crossfit e o aumento no número de influenciadores que falam sobre alimentação saudável, meditação e lifestyle marcam uma tendência crescente no Brasil e no mundo.
Essa tendência chegou também aos condomínios e, com isso, surgem os condomínios wellness: empreendimentos com boa localização, próximos de parques, academias e do local de trabalho, que oferecem benefícios como SPA ou a possibilidade de praticar natação depois do trabalho no próprio prédio - tudo para se adequar à melhor qualidade de vida dos moradores.
O modelo wellness é, na verdade, uma evolução do condomínio-clube. A diferença está na proposta de ir além de juntar ao condomínio uma área com piscinas, quadras e jogos. Estamos falando agora de cuidar da mente e do corpo, como em tradução literal significa “bem-estar” das pessoas.
Este é um conceito que já vinha ganhando força, mas foi intensificado pela pandemia, impactando o mercado imobiliário. Um levantamento realizado pela Imovelweb identificou que a procura por imóveis rurais, em 2020, aumentou 310% em comparação ao ano anterior. Além disso, a procura por lugares com varandas e quintais também sofreu aumento - ao compararmos maio de 2019 a maio de 2020, o crescimento ficou em 128%.
As pessoas cada vez mais se preocupam onde vão morar e como aquele lugar pode contribuir para a sua qualidade de vida. Passar horas no trânsito para chegar ao trabalho, morar longe de mercados, academias e lugares de lazer não satisfazem mais - não que antes esses fatores fossem positivos, mas é certo que agora esse tema tem mais importância para a população.
Assim, os condomínios wellness chegam para ofertar não somente uma moradia, mas um local que proporciona qualidade de vida para os seus condôminos, com benefícios que contribuem para o bem-estar de toda a família.
*Carlos Henrique Rocha é Product Owner da Group Software, empresa com mais de 25 anos, que desenvolve soluções para os mercados de shoppings, imobiliárias e condomínios
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