Rede de escolas de BH prevê 30 novas franquias nos próximos cinco anos

Escola da Serra oferece projeto pedagógico inovador e alinhado às necessidades das novas gerações

Alexandre Guzanshe

Apesar da retração econômica, a Escola da Serra, rede de educação básica de Belo Horizonte reconhecida pela sua proposta inovadora, mantém firme seu plano de expansão nacional e planeja abrir 30 novas franquias nos próximos cinco anos. Além de BH e da cidade também mineira de Pouso Alegre, a instituição está presente em São Paulo, onde desembarcou em 2019.

A educação já mostrou ser uma área atraente para investimento. No mais recente frenesi do setor, três anos atrás, o país assistiu a uma movimentação intensa de negócios no ensino superior privado, com cifras históricas. Cenário semelhante é esperado no ensino básico particular (fundamental e médio), segundo especialistas, ainda que com dinâmica distinta da consolidação.

O Brasil conta com cerca de 53 milhões de estudantes no ensino básico, dos quais oito milhões estão matriculados em rede particular, de acordo com estudo da MRD Consultoria, e vários fatores jogam a favor do setor.

"A educação básica privada é um segmento com características bem interessantes: tem uma receita recorrente, pois a escola que oferece todos os segmentos pode manter o aluno por até 16 anos; é um produto que independe de crise, já que as pessoas precisam estudar; e quem tem um poder aquisitivo termina optando por uma instituição particular", afirma Pedro London, sócio da Escola da Serra.

Esse cenário abre espaço para quem deseja investir em instituições de ensino que oferecem uma linha pedagógica diferenciada e alinhada às necessidades das novas gerações. A Escola da Serra, que atende do ensino infantil ao médio, se destaca por esse perfil, suportado por uma filosofia de aprendizagem única, na qual crianças e jovens são estimulados a protagonizar a construção do próprio conhecimento e da autonomia.

A escola desconstrói o padrão de ensino atual, que tradicionalmente reserva ao estudante um papel passivo no processo de aprendizagem. Para dar vida a esse novo jeito de pensar a educação, a instituição adota mecanismos que lhe conferem singularidade no desenvolvimento de pessoas.

No lugar do professor tradicional, que atua por disciplina, professores-orientadores dedicados a um conjunto de áreas de conhecimento e professores-tutores auxiliam os alunos nos estudos, cujo cronograma de execução é elaborado com a participação direta dos próprios estudantes. Com o apoio dos tutores, eles definem a maneira mais adequada de estudar e cumprir as responsabilidades assumidas.

As conhecidas salas de aulas não existem. O estudo diário ocorre em imensos salões e de forma interativa, com grupos de quatro alunos a cada mesa. Antes de consultar o orientador ou o tutor, os estudantes esgotam as dúvidas entre eles ou por meio de várias ferramentas disponibilizadas.

Em respeito à individualidade e ao ritmo de cada pessoa, a Escola da Serra dispensa o ensino por série anual. Prefere ciclos de aprendizado. O período que abrange o Ensino Fundamental, por exemplo, é dividido em três ciclos de conhecimento com três anos cada.
A grade curricular é ampla. Além de municiar o aluno com todo o conhecimento exigido pelo MEC, assim como qualquer escola, e prepará-lo para os exames vestibulares e Enem, contempla atividades como yoga, capoeira e aikidô, práticas que, ao contrário do que se observa no mercado educacional, têm a mesma relevância dos demais conteúdos, reunindo ainda conhecimento sobre cidadania (direito, política) e projeto de vida, que passeia pelo empreendedorismo e as diversas formas de promovê-lo.

As provas e notas habituais também estão fora do projeto pedagógico da Escola da Serra. A tradicional "decoreba" cede lugar a avaliações que levam em consideração todo o processo de aprendizagem, as dúvidas levantadas e as soluções encontradas. O aluno precisa demonstrar que o conteúdo foi assimilado com consistência e sem lacunas. E isso pode ser realizado de diversas formas, por meio de uma apresentação ou projetos propostos pelos próprios alunos.

O espaço físico é outro elemento igualmente priorizado no trabalho de formação do aluno. Além de oferecer dois mil metros quadrados de área livre e arborizada, a escola abriga no total cinco salões de estudos, um laboratório, um auditório, duas quadras (coberta e descoberta) e dois pátios amplos.

A visão inovadora da Escola da Serra já lhe rendeu o reconhecimento pelo Ministério da Educação como "Referência para a Inovação e a Criatividade na Educação Básica do Brasil".

Informações sobre a franquia:
Valor: Mínimo R$ 600 mil (inclui taxa de franquia e capital de giro)
Faturamento médio mensal: R$ 600 mil
Rentabilidade: 20%
Retorno do Investimento: 48 meses
Royalties: 5% sobre o valor bruto
Área mínima de construção: 750 metros quadrados