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As lições da pandemia

 

Nunca uma doença, em tão curto espaço de tempo, mobilizou tantos países (quase todos) para o desenvolvimento de soluções inusitadas contra o maior mal do planeta neste século até aqui. A pandemia provocada pela Covid-19 acelerou as incertezas e aumentou os desafios. O que se sabia de outras doenças pouco se aproveitou para sanar esta mazela, exceto os protocolos de convívio hospitalar e fora deste ambiente.

A logística foi arduamente penalizada em toda a cadeia de suprimentos, de ponta a ponta, desde o contato com embalagens de consumo até a distribuição e seu descarte com vários estágios de higienização. Os almoxarifes que lidavam com papeis avançaram para a digitalização, daí a grande utilização de álcool em gel em tudo.

Ou seja, uma dificuldade gerou desafios que atingiram todos os campos do conhecimento da ciência. Muitos estudos ainda estão em análise e a experimentação e as possibilidades de tratamento do coronavírus poderão desenvolver soluções para outros males, presentes na humanidade.

É difícil acreditar que precisou de mais de 500 mil mortes no Brasil para se reunir estudos que irão salvar outras tantas vidas de pessoas nos próximos anos com as soluções obtidas até o momento.

O que teria levado um ex-presidente americano a não isolar um país ou região (lockdown) por 15 dias e conter o avanço ou disseminação dos vírus?  A acreditar que seria uma simples gripezinha e que não pegaria em “machos”, coisa que fez milhares de pessoas relaxarem ou abandonarem as precauções necessárias?

Imensa perda está na geração “nem-nem” que, desestimulada pela baixa oferta de oportunidades, não está nem estudando e nem criando soluções para novos negócios, ou seja, empreendendo por conta própria até conquistar um sócio ou investidor parceiro que acredite no seu negócio.

O livro que escrevi recentemente, “Uma Autobiografia de Meus Primeiros 70 Anos”, conta diversos casos de passagens desafiadoras na criação do Grupo IMAM (Instituto de Movimentação e Armazenagem de Materiais).

Ao longo dos últimos 40 anos, a tecnologia abortou alguns modelos, como os cursos presenciais, mas criou a opção de treinamentos e eventos online, que se consagrou. Afinal, quem atualmente viajaria horas em um avião e pernoitaria em hotéis para assistir um seminário de um ou dois dias e retornar à sua origem? Este turismo de negócios em busca de conteúdo pode e está sendo obtido por meios alternativos ao presencial e até com networking virtual.

*Reinaldo A. Moura é engenheiro industrial, ex-professor universitário, escritor , fundador do Grupo IMAM (Instituto de Movimentação e Armazenagem de Materiais) e autor do livro “Uma Autobiografia dos meus Primeiros 70 anos”

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