Pandemia reforça a importância da educação financeira
Em um cenário em que muitas famílias enfrentam queda na renda, a superintendente do Banco SEMEAR, Bruna Capellini, pontua que melhorar a gestão do dinheiro ajuda a minimizar o problema
Tempos difíceis costumam reforçar a
importância da educação financeira. No cenário atual de pandemia e crise
econômica, por exemplo, muitas famílias acabaram enfrentando situações de perda
do emprego, corte de salário ou queda acentuada na renda, mesmo aquelas que
contaram com auxílios emergenciais do governo. No entanto, por pior que seja
esse momento, é possível encontrar alternativas para minimizar os impactos desses
problemas, por meio de uma melhor gestão do dinheiro.
De acordo com a superintendente jurídica
do Banco SEMEAR, Bruna Capellini Vilela, a educação financeira refere-se à
compreensão dos produtos e serviços financeiros, de modo que o indivíduo possa
tomar decisões conscientes não apenas sobre poupar e investir, como também em
relação à administração dos recursos, ao consumo saudável e ao uso adequado do
crédito. “Isso ainda contribui para que se consiga lidar com os imprevistos que
sempre aparecem. É algo positivo individualmente e coletivamente, pois tem
reflexos na economia como um todo”, explica.
No entanto, no país, o hábito de
administrar as finanças é pouco comum, independentemente da camada social, e o
conhecimento sobre as soluções financeiras é pequeno. Uma prova disso aparece
nos resultados da terceira edição da pesquisa Raio X do Investidor Brasileiro,
realizada pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de
Capitais (Anbima), em parceria com o Instituto Datafolha: 62% da população não
conseguiu economizar dinheiro em 2019 e começou 2020 – ano em que a Covid-19 se
espalhou por todos os países – sem qualquer reserva financeira para algum tipo
de emergência.
Panorama este que reflete a
vulnerabilidade de muitos e a urgência em se ampliar a educação financeira no
Brasil, na avaliação de Bruna Capellini. “Muitos problemas poderiam ser
evitados e muitos sonhos realizados, se as pessoas conseguissem administrar
melhor sua renda e se planejar, ou seja, ter uma relação saudável com o dinheiro.
Um estudo da Universidade de Cambridge (Inglaterra) revela que, se esse assunto
é trabalhado com crianças de zero a sete anos, elas se tornam adultos mais
conscientes e capazes de controlar suas finanças de forma mais eficiente”,
completa.
Já no caso deste momento,
especificamente, a advogada orienta que o primeiro passo para quem se encontra
em uma situação emergencial, em função dos “efeitos colaterais” da pandemia, e
não vislumbra oportunidades de obter novos rendimentos, deve ser o mapeamento dos
valores que receberá a partir de agora e das despesas existentes, para procurar
soluções viáveis. É fundamental entender a real situação para, depois, fazer a
priorização e a redução dos gastos, além de buscar a renegociação das dívidas e
tentar “sair do vermelho”. Até as famílias que iniciaram a pandemia com alguma
reserva financeira precisam ficar atentas ao cenário e rever seus hábitos de
consumo, se for o caso, a fim de preservar os recursos poupados.
Microempreendedores
Existe uma preocupação, também, com o
grande número de profissionais que, ao ficarem desempregados nos últimos 12
meses, optaram por iniciar o seu próprio negócio, na modalidade de
microempreendedor individual (MEI). “Aqui vale a mesma lógica, ou seja, a
educação financeira é fundamental para garantir a durabilidade do negócio.
Sabemos que as crises também geram oportunidades, mas é preciso aprender a
gerir a empresa e o próprio tempo”, observa Bruna Capellini. Ela acrescenta que
é importante fazer um estudo do mercado em que vai atuar, assim como separar
completamente as finanças profissionais das finanças pessoais. Além disso,
entender quando e onde gastar, garantir um fluxo de caixa e apurar as opções de
crédito oferecidas pelo sistema financeiro.
Diante de tantos desafios enfrentados
pelos novos empresários, o Banco SEMEAR decidiu ampliar o seu papel como
disseminador da educação financeira, com a oferta de um curso de Educação a
Distância (EAD) para esses empreendedores. O curso está em fase final de
formatação e será lançado em breve. O objetivo é colocar a expertise dos
profissionais da instituição – que atua há 15 anos e é o único banco mineiro
especialista no varejo de eletromóveis – a favor da saúde financeira dos
pequenos negócios.
SOBRE O BANCO SEMEAR
Fundado em 2006 e sediado em Belo
Horizonte (MG), o Banco SEMEAR é o único banco mineiro especialista
no varejo de eletromóveis. Está presente em todo o território
nacional e atende mais de 2 milhões de clientes nas cinco regiões
brasileiras, com destaque para as cidades do interior do país. A instituição se
consolidou no atendimento ao varejista, por meio do financiamento das operações
para que os consumidores, majoritariamente pertencentes às classes D e E,
parcelem compras de móveis e eletrodomésticos em até 24 vezes. Ao longo dos
anos, o Banco SEMEAR ampliou a participação no mercado nacional, com expansão
da carteira de produtos e serviços. Tornou-se, assim, um banco múltiplo,
dinâmico e inovador, com foco também em inclusão e educação financeira.
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