Para onde está indo a publicidade nas redes sociais?
*Alberto Pardo
As redes sociais são hoje o meio digital
de maior audiência no mundo. Na América Latina, por exemplo, 82,5% das pessoas
acessam as redes sociais, o que torna essas plataformas um dos meios de
comunicação preferidos das marcas. Graças aos avanços tecnológicos oferecidos e
aos dados acessíveis, estas plataformas possibilitam às empresas segmentar e
impactar suas audiências com os seus anúncios, além de permitir a mensuração e
otimização das campanhas para obter melhores resultados nas ações
publicitárias.
Essas plataformas sociais estão em
constante mudança para se adaptar às tendências do mercado e às necessidades
dos usuários. Neste sentido, um grande exemplo é a aceleração digital que
vivemos no último ano, em que muitas empresas passaram a ter uma maior presença
nos canais digitais, seus melhores aliados para continuarem a interação com o
seu público.
Assim nasceu o social commerce, ferramenta
do e-commerce que
oferece às marcas a possibilidade de transformar as redes sociais em um marketplace para divulgar e
oferecer seus produtos, com uma experiência de shopping digital
acessível aos usuários sem sair de casa.
O Live
Shopping virou tendência principalmente para marcas de moda e luxo.
O Facebook e o Instagram adaptaram rapidamente suas funcionalidades e fizeram
uma integração com a Shopify - a maior companhia de e-commerce do mercado -,
para que as empresas, independentemente do porte, pudessem vender seus produtos
em tempo real. Enquanto o WhatsApp passou a ser o meio de comunicação ideal
para os compradores, que utilizam esse canal para tirar dúvidas, fazer
consultas e/ou finalizar suas transações.
Observamos esse mesmo crescimento no
consumo de vídeo. Em 2023, o número de usuários de vídeo digital deverá
aumentar para 317,9 milhões de pessoas, momento em que representará quase
metade (48,2%) da população da América Latina, enquanto o número de
visualizadores OTT (Over The Top) por assinatura aumentaria para 114,5 milhões,
quando quase um em cada cinco (17,4%) consumidores assistirão o conteúdo OTT
por assinatura, de acordo com dados do eMarketer.
As plataformas de streaming online estão, sem
dúvida, ganhando força e observamos um aumento significativo no número de
usuários e assinantes na TV conectada, OOT e até no YouTube, com ampla
facilidade de acesso oferecida, já que as pessoas podem assistir o conteúdo em
seus dispositivos móveis quando quiserem. Da mesma forma, serviços como
Netflix, que foi a primeira empresa a chegar à América Latina com sua proposta,
seguidos por outros como Amazon e Disney, que também estão fazendo um grande
investimento para entrar na região e certamente serão seguidos por muitos mais.
Este ano é de se esperar que as
audiências digitais e as diretrizes publicitárias continuem crescendo ainda
mais. Hoje, não mais que 1 ou 2% é destinado ao OTT e a TV conectada, mas este
ano pode dobrar ou triplicar.
Além disso, neste cenário, para o
futuro, veremos tendências como deepfake,
uma falsa montagem de vídeo onde qualquer imagem ou vídeo pode ser usado para
criar uma ação, como também ferramentas que envolvem inteligência artificial ou
realidade virtual, que serão rapidamente adotadas pelas redes sociais.
Alberto Pardo, CEO & Fundador da
Adsmovil
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