As diferentes aplicações do Alumínio e do Cobre para o setor de refrigeração
Por Ricardo de Luca
Com destaque cada vez maior dentro da cadeia de
metais, o Alumínio tem ganhado visibilidade nos mais diversos setores da
economia, tendo em vista a variabilidade de aplicações nos diferentes segmentos
industriais. No setor de refrigeração, o metal divide o protagonismo com o
Cobre, que também exerce função indispensável para o desempenho deste mercado.
As vantagens e aplicações específicas do Alumínio possibilitaram que o mesmo seja amplamente
utilizado em sistemas de refrigeração e trocadores de
calor. Para fins de refrigeração e troca de calor, em que é necessária
resistência e boa conformação, são utilizadas ligas da série 3.000, que contam
com presença do elemento Manganês e são mais resistentes e bastante trabalháveis.
Dentre os principais ganhos do condutor de Alumínio
está a relação custo-benefício quase insuperável quando comparada ao de seus
concorrentes. Isto porque, o metal conta com preço mais baixo, menor peso, e
consequente, leveza, resistência mecânica, boa condutividade térmica, boa
refletividade, além de não ser magnético e ter fácil trabalhabilidade. Outro
fator que influencia diretamente na escolha é o quesito sustentabilidade, uma
vez que o Alumínio é infinitas vezes reciclável, aspecto que impacta positivamente
o meio
ambiente.
Relação entre Alumínio e Cobre para o setor de refrigeração
Assim como em outros segmentos da indústria, o Alumínio e o Cobre apresentam vantagens específicas e aplicações singulares no setor de refrigeração, o que garante o papel fundamental dos dois tipos de metal no que se refere ao desenvolvimento do mercado.
De um modo geral, o Cobre e suas ligas são aplicados principalmente em
situações onde há fluido em alta temperatura na troca de calor, sendo, neste
caso, uma opção recomendável pela boa resistência do material em temperaturas
mais elevadas. Os tubos de alumínio, por sua vez, são mais adequados em
situações nas quais o peso influencia na instalação, haja vista a leveza
apresentada pelo metal, que pesa apenas 30% do Cobre.
Há de se considerar, que a escolha entre cobre e alumínio também deve se
levar em consideração as condições de instalação, pois os tubos de alumínio
apresentam menor resistência mecânica, e a possibilidade de reparos do sistema,
pois processos de solda para o alumínio são mais complexos.
Fator sustentabilidade
Além das vantagens específicas apresentadas e do
baixo custo do Alumínio, que custa 25% do valor quando comparado ao Cobre, a
principal vantagem deste metal está relacionada diretamente à sua condição. O
Alumínio conta com uma estrutura de coleta reversa já amadurecida, eficiente e,
tecnologicamente, das mais avançadas do mundo. Por tratar-se de um material
muito reciclado (o país é um benchmark neste quesito), para cada quilo de
Alumínio reciclado economiza-se a extração de 4,5 Kg do minério e dispendemos 19
vezes menos energia do que se utilizássemos o metal obtido por via primária.
Ricardo de Luca é Gerente de Engenharia de
Processos e Produtos da Termomecanica,
empresa líder na transformação de cobre e suas ligas.
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