Como aplicar treinamentos corporativos?
Alinhar equipes e extrair sua produtividade máxima é uma das prioridades dos ambientes organizacionais, ávidos por retornos visíveis de seus novos investimentos e contratações. O treinamento corporativo é um meio de conquistar esta meta.
Os treinamentos corporativos são eventos empresariais voltados para os novos contratados de uma empresa ou para todo o corpo de colaboradores, nos casos em que há reestruturação dos ciclos de trabalho.
Sua função principal é alinhar as características do profissional à cultura organizacional da companhia, assim como prepará-lo para a rotina diária, a equipe em que estará inserido, o método de delegação de tarefas e as tecnologias utilizadas no trabalho.
Desta forma, cada novo integrante é completamente ajustado ao corpo, rapidamente absorvido pela cadeia produtiva, o que reduz o potencial de problemas, barreiras de comunicação e mau aproveitamento do colaborador.
Os treinamentos corporativos são um investimento que visam economizar recursos ao longo prazo, uma vez que ambientes altamente produtivos melhoram o potencial de receita gerada e ajudam no posicionamento do negócio em seu mercado.
A produtividade é um fator de impacto sobre diversas outras áreas de funcionamento, um gerador de efeitos positivos que podem ser percebidos no marketing, na logística e em outros setores independentes da produção de uma organização.
A aplicação deste recurso, no entanto, pode representar um desafio para muitos gestores. Neste artigo, será revelada a engrenagem por trás dos treinamentos, a razão de sua efetividade e como implementar medidas práticas para melhorar seus resultados.
O que acontece em um treinamento corporativo?
Um treinamento corporativo é planejado pelo gestor do negócio em conformidade com as equipes de Recursos Humanos e produção, de modo a adequar a metodologia e temas abordados às necessidades reais da empresa.
Trata-se de um conjunto de eventos que podem ser formados por aulas únicas, apostilas ou cronogramas híbridos. Os modelos mais usados envolvem aulas presenciais, à distância, apostilas, provas e congressos.
A composição de cada treinamento e a duração deste, bem como as métricas de avaliação utilizadas, devem estar de acordo com os ciclos de trabalho do negócio, de modo a evitar o encarecimento da prática e preparar o contratado com agilidade.
Muitas vezes, o treinamento de colaboradores é visto como um modo de remediar a contratação de pessoas pouco qualificadas, mas esta visão não condiz com a realidade. O recurso é usado com recém-ingressos no mercado de trabalho e profissionais experientes.
No caso de recém-ingressos, o treinamento corporativo representa uma chance de moldar o funcionário ao que a empresa precisa, lapidando talentos e aumentando o aproveitamento da força de trabalho mais jovem.
Em profissionais experientes, o treinamento pode se revelar útil no processo de adaptação dos estilos de tarefas. Afinal, o colaborador que passou grande parte de sua carreira em oficina mecânica especializada pode encontrar desafios em uma fábrica do setor.
Por isso, a necessidade de treinamento não é demérito. Pelo contrário, é uma ferramenta que extrai aquilo que há de melhor no funcionário contratado. O desenvolvimento de um programa desta categoria passa pelas etapas de:
Pesquisa e planejamento
O esboço de um treinamento corporativo só pode ser traçado quando há uma visão clara do negócio e de sua cadeia produtiva.
O gestor responsável deve se perguntar qual é o modelo de seu ambiente organizacional e quais são os pontos de melhoria.
A fase de pesquisa voltada para este objetivo toca em muitos detalhes da organização interna, seja o treinamento direcionado à fabricação de produtos, como processamento de vinho lambrusco tinto, ao atendimento, marketing ou qualquer outra área.
Aspectos como o segmento em que a empresa está posicionada devem também ser levados em conta, uma vez que podem gerar especificações mais técnicas para simulações ou qualquer atividade prática de treinamento. Os fatores gerais mais considerados, são:
Organização das equipes (tamanho interno, volume externo);
Estilo de liderança culturalmente empregado;
Ciclos de trabalho (mensais, trimestrais, semestrais);
Infraestrutura digital.
Formando uma visão panorâmica do negócio. Assim, é possível desenvolver perguntas que indicarão ao gestor quais pontos devem ser atacados pelo treinamento corporativo e quais características devem ser reforçadas, como:
Os colaboradores enfrentam problemas no cumprimento de tarefas?;
A adaptação ao estilo de liderança é trabalhosa?;
O uso dos equipamentos é complicado e pouco intuitivo?;
As atividades diárias apresentam muitas especificações técnicas?
Uma clínica veterinária pode enfrentar níveis de complexidade distintos a depender do tipo de cargo a ser ocupado. Portanto, o planejamento do treinamento deve ser separado para cada função e departamento.
Além dos fatores ambientais, o treinamento corporativo deve levar em conta os aspectos mais pessoais do colaborador, considerando que as características humanas podem ser uma arma em favor da produtividade. Fatores pessoais do colaborador, são:
Dados demográficos (idade, sexo);
Nível de escolaridade mínima;
Traços de personalidade;
Necessidades de maior prioridade para a motivação.
Além de auxiliar no desenvolvimento de habilidades técnicas, o treinamento deve alinhar os interesses do colaborador aos interesses da empresa, de modo que ele compreenda seus esforços como algo que pode acrescentar em sua vida e suprir necessidades.
Desta forma, a fase de pesquisa permite um planejamento completo, um diagnóstico do que é necessário e a posterior descrição de quais são as soluções.
O resultado são estratégias voltadas para o aperfeiçoamento de habilidades já adquiridas e a formação de novas.
Oferta por tipo
O treinamento acontece com base nas necessidades para cada tipo de colaborador. Ao segmentar as contratações em funções, por placa em acm, o próximo passo é oferecer treinamento por tipos pré-definidos pelo planejamento, como:
Capacitação funcional
O treinamento funcional acontece quando há necessidade de desenvolver habilidades individualmente, como o aperfeiçoamento no uso de uma nova tecnologia, muito comum em empresas com alto nível de maturidade digital.
O treinamento orientado à função é o mais comum entre todos os tipos nos ambientes corporativos, exigindo, por outro lado, um maior grau de expressão técnica. Costumam ser curtos e pontuais, aplicados no primeiro mês desde a contratação.
Um exemplo de treinamento deste tipo pode ser encontrado nos cursos de curta duração, empregados para ensinar conceitos básicos da Contabilidade, por exemplo, ou noções avançadas de operação para inversor de frequência monofásico.
Treinamento orientado a processos
Outra categoria de treinamento corporativo é orientada a processos, isto é, aos ciclos de trabalho e a cultura organizacional da empresa. Seu objetivo principal é facilitar a integração do novo colaborador à rotina da instituição.
Também caracterizado por sua curta duração, o treinamento orientado a processos pode ser realizado com a disponibilização de apostilas ou programas de simulação, a depender do nível de complexidade e especificação técnica dos processos adotados.
Treinamento orientado a liderança
Outro tipo de treinamento característico dos espaços corporativos bem desenvolvidos, o treinamento de lideranças é fundamental para os cargos de autoridade, sejam estes ocupados por um funcionário promovido ou um profissional de fora.
Este recurso é usado para alinhar as lideranças de menor nível hierárquico aos demais cargos de mesmo nível, pertencente a outros departamentos, e ao comando mais alto, formado por diretores e fundadores do negócio.
Assim como uma carteira de habilitação moto, é importante para um profissional que pretende pilotar o veículo, o treinamento de lideranças é para as contratações de coordenadores, gestores e supervisores em geral.
Por que os treinamentos são importantes?
Os treinamentos corporativos são essenciais para o sucesso do negócio, compostos por métodos que auxiliam o controle do que é feito na empresa e estimulam a busca por um melhor desempenho no que tange à produtividade.
Os treinamentos devem ser realizados com base nas necessidades, avaliados e documentados por métricas que podem ser modificadas de acordo com as percepções de gestores e fundadores. Um bom programa pode beneficiar a empresa nos efeitos:
1 - Melhor comunicação interna
Os treinamentos são capazes de calibrar o ritmo de uma empresa como um relógio de ponto simples.
Isso significa que as equipes podem trabalhar em melhor harmonia, favorecendo a livre comunicação entre elas.
2 - Motivações engajadas com o negócio
As empresas, por vezes, enfrentam em seus desafios diários a concorrência entre as motivações pessoais do colaborador e os interesses do empreendimento.
Um treinamento de qualidade pode alinhá-los, demonstrando uma convergência entre ambos.
3 - Implementação precisa de ciclos de trabalho
Os treinamentos corporativos servem como um verdadeiro test-drive para os ciclos de trabalho projetados no planejamento. A prática oferece a oportunidade de observar como os planos se comportam em situações reais, com pessoas reais.
Logo, um técnico em ar condicionado pode observar a aplicação dos conceitos que aprendeu na teoria durante as aulas práticas de um treinamento, por exemplo. Seu instrutor compreende as principais dúvidas e obstáculos para o domínio da prática.
Conclusão
Os treinamentos corporativos são valiosos para o desenvolvimento de uma empresa, garantindo um melhor funcionamento de suas atividades diárias, o máximo aproveitamento do colaborador e o consequente ganho de receita a longo prazo.
Criar e executar um treinamento eficaz é uma missão alcançada apenas com a boa comunicação entre os vários setores, assim como a aplicação de métricas de controle que permitam a identificação de falhas e pontos de melhoria.
Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.
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