Prescrição digital sem letra ilegível ou perda de receita
Transações digitais têm feito parte
da vida de cada vez mais brasileiros. Agora, até mesmo receitas que são retidas
nas drogarias podem ser adquiridas sem sair de casa
Somente
entre janeiro e março de 2021, as movimentações do e-commerce brasileiro
chegaram a R﹩ 35 bilhões, aumento de 72% em relação ao mesmo período em
2020. Os números são da consultoria Neotrust. Mas o que esses números têm a ver
com a saúde dos brasileiros e os hábitos na hora de procurar atendimento médico
e medicamentos?
Trata-se de
um indicador que não pode ser desconsiderado. A pandemia de Covid-19 funcionou
como um catalisador da transformação digital, e ao mesmo tempo, colocou uma
lente de aumento em empecilhos encontrados em diversos setores da economia,
incluindo profissionais de saúde e seus pacientes.
Em um mundo
cada vez mais digital e conectado, um desses obstáculos até hoje era o trâmite
da prescrição médica - da caneta do médico à farmácia, no momento da compra
pelo paciente. Para completar, a pandemia acrescentou uma preocupação: como
adquirir os remédios de maneira mais prática e segura, sem sair de casa? Afinal
de contas, as próprias farmácias se tornaram local de testagem de anticorpos
contra o Sars-Cov-2.
Para
resolver isso, e ajudar a diminuir a taxa de contágio, junto do boom das
teleconsultas, as receitas digitais também se popularizaram, com tecnologias
que agora, com o arrefecimento do coronavírus, já mostraram que vieram para
ficar.
"A
implementação de tecnologias de receitas médicas virtuais traz o benefício de
proteger também a saúde mental das pessoas - opina Heldy Cardoso, fundadora da
startup Meu Receituário Digital .
Poder fazer compras, inclusive de remédios com receita retida, sem sair de
casa, foi um diferencial muito importante possibilitado pela tecnologia".
Tudo isso,
envolto em um contexto - tecnologias médicas e de saúde - previsto para
movimentar, até 2025, US﹩ 1,6
trilhão em todo o mundo, de acordo com o estudo Estratégia Brasileiras
para a Transformação Digital, lançado pelo Ministério Ciência, Tecnologia,
Inovações e Comunicações em 2018. E com o surgimento da pandemia, o volume pode
ser ainda maior.
Uma amostra
está no fato de que até março de 2020, apenas 22% dos médicos brasileiros
possuíam o certificado digital emitido pela Infraestrutura de Chaves Públicas
Brasileira (ICP-Brasil) - necessário para assinar as prescrições. Hoje, esse
percentual chega a 57%, ou 552 mil profissionais.
Assistente
online | Além da emissão de receitas
digitais de maneira prática, a plataforma criada pela startup também atua como
um assistente na hora da consulta. O Meu Receituário Digital possui um banco de
dados de exames e medicamentos, com registro das posologias, que ajuda a ganhar
tempo e permite a exatidão na hora de prescrever.
Com a
receita pronta, o profissional pode usar o mesmo sistema para enviá-la aos
pacientes via SMS, e-mail e WhatsApp. "Assim, resolvemos problemas como
perder a receita ou esquecê-la em casa e não saber quando tomar a medicação. E
claro, o mais famoso deles: ter em mãos um papel ilegível", diz a
fundadora do Meu Receituário Digital.
Sobre o Meu
Receituário Digital
O Meu
Receituário Digital é uma plataforma de serviços que integra todas as etapas
necessárias para que médicos e dentistas emitam prescrições digitais. Com ela,
é possível enviar aos pacientes receitas de medicamentos, pedidos de exames e
atestados médicos, do computador ou celular, de onde quer que o profissional
esteja.
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