Sunning instala na Udiaço maior usina fotovoltaica em telhado no estado de SP
A especialista em energia solar gerou economia e ganhos ambientais representativos para empresa de ferro e aço no segmento de construção civil
Aço,
energia e inovação são as marcas da Udiaço, especialista no mercado de
distribuição e serviços ao segmento da construção civil desde 1989. A Sunning é
uma integradora de sistemas fotovoltaicos que nasceu da paixão pela natureza,
tecnologia e otimização de recursos. A parceria dessas duas empresas resultou em
um dos mais impactantes projetos de produção de energia alternativa dos últimos
tempos: o parque de geração de energia solar instalado no telhado da sede da
Udiaço, localizada junto ao Rodoanel Mário Covas, em Carapicuíba, na região
oeste da Grande São Paulo. São mais de 4.300 m2 de área com potência instalada
de 725 kw, capaz de gerar mais de 75.000 kwh por mês.
O
mercado de energia solar é um dos que mais cresce e gera empregos no Brasil. O
Relatório da consultoria Greener, divulgado em agosto último, aponta um
crescimento anual de 99% no setor. Esse avanço se sustenta no tripé queda de
preço do sistema, alta no valor da tarifa de energia e acesso mais fácil ao
crédito. A crise hídrica que o país enfrenta atualmente adiciona um fator imponderável
e relevante a favor da geração de energia solar.
O
projeto da Udiaço foi implementado durante a pandemia e levou cerca de oito
meses para ser concluído. Uma boa parte do tempo foi tomada com o licenciamento
da Enel que, devido à crise sanitária, estava com equipe reduzida e operando
com restrições. “Nosso consumo médio de energia é de 85.887 kwh/mês. Com o
telhado fotovoltaico, buscamos suprir quase 90% de nosso consumo”, disse Hugo
Trevizan, diretor de planejamento da Udiaço. “A partir das esperadas variações
mensais de geração, esse índice oscila, mas com a implantação do sistema, as
expectativas iniciais estão sendo superadas”, completou.
Ao
contrário do que muitos pensam, o sol forte e calor não são fatores decisivos
para o volume de energia produzido. O que gera energia são os raios solares,
não o calor, por isso, os meses de maior produção são os do verão, porque os
dias são mais longos. “No mês de dezembro, por exemplo, a nossa produção chegou
a mais de 98.000 kwh. Em junho, durante o inverno, caiu para cerca de 52.000”,
explicou Abraão Algarve, diretor da Sunning. “Mas nesse caso específico de
julho constatamos ainda que havia acúmulo de sujeira nas placas e, depois da
manutenção periódica, a produção apresentou melhora.”
A
conjuntura econômica atual tem mostrado o grande acerto da Udiaço na escolha da
instalação da usina fotovoltaica em sua sede. “Quando o estudo nos foi
apresentado, a estimativa de economia para o primeiro ano era de
aproximadamente R$ 350.000,00. Mas, com os recentes aumentos de tarifas,
bandeiras amarelas, vermelhas e outras, esse ganho será ainda maior”, comemora Trevizan.
O tempo
médio de retorno do investimento na instalação de um sistema de energia solar é
de três a seis anos, mas ele praticamente se paga sozinho, uma vez que a
economia na conta de energia, que acontece desde o que o sistema começa a
operar, pode cobrir integralmente a parcela do financiamento. “Nossa
expectativa de retorno de investimento é de quatro anos e oito meses, levando
em conta que só teríamos bandeira verde tarifária no período. Ou seja, é um
prazo conservador”, disse o diretor da Udiaço.
Para a
Sunning, esse projeto representou uma série de desafios. O maior foi uma
instalação de grande porte, dentro de um centro urbano, envolvendo muitas pessoas
e com a empresa em pleno funcionamento. “A usina fotovoltaica da Udiaço é a
maior de SP em área de telhado e tem a dimensão duas vezes superior que nossa
maior obra até então. Eram muitos pontos a serem levados em conta e tivemos que
buscar várias soluções técnicas inovadoras”, disse Abraão Algarve.
Um
ponto importante na execução, foi a manutenção da unidade industrial que
funcionou normalmente durante todo o período de implantação. Foram três fases
principais: projeto, instalação e homologação junto à concessionária. Durante o
processo, a empresa operou com geradores apenas por um período curto, durante a
ligação da usina com a rede pública.
Esse
projeto exigiu um estudo de parametrização da subestação da Udiaço para fazer a
correta conexão da usina com a rede elétrica da concessionária, bem como uma
automação para desligar os inversores, caso o gerador a diesel entre em ação. A
casa dos inversores, recebeu ventilação especial e renovação de ar para remoção
das cargas térmicas geradas acionado por termostato. Também há um sistema de
monitoramento onde é possível acompanhar os resultados de produção de energia
bem como avaliar o retorno do investimento.
“Este é
um case que abrangeu todos os desafios pertinentes a uma usina de até 5MWp e
consolida a Sunning como referência nacional para projetos de grande porte”,
disse Abraão. A empresa tem experimentado taxas de crescimento de 60% ao ano
atuando junto ao segmento comercial e industrial. “Crescemos com os pés no chão,
mas agora o momento exige que sejamos mais agressivos. Nossa estimativa é um
avanço de 110% em 2022.”
Para a
Udiaço, a equação econômica não foi a única a ser levada em conta na escolha da
usina fotovoltaica. O respeito ao meio-ambiente que é uma preocupação da
empresa, foi determinante para o projeto ir adiante. “Todo consumo de energia
elétrica gera um passivo de CO2. Por mais que a matriz energética brasileira
seja hídrica, o processo para que a energia chegue na nossa tomada gera esse
passivo”, lembrou Hugo Trevizan. “Antes precisávamos de 3510 árvores para
absorver o CO2 que produzíamos indiretamente, devido ao consumo de energia.
Agora precisamos de apenas 434!”, comemora o diretor de planejamento da Udiaço.
“E o planeta agradece.” |
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