Adobe anuncia parceria com Google e Universidade Central Florida para melhorar hábito de leitura de todos

Escolher o formato ideal pode melhorar a leitura em até 239 palavras por minuto - é como ler Guerra e Paz em 18 horas ao invés de 35 horas, aponta Adobe

São Paulo, março de 2022 - A leitura é fundamental para adquirir conhecimento e compartilhar ideias, mas a maioria das pessoas não consegue ler com proficiência. Isso é um problema sério, visto que 130 milhões de adultos americanos com idades entre 16 e 74 anos (54%) não têm proficiência em alfabetização, lendo abaixo do nível da sexta série. Para ajudar a resolver essa situação, a Adobe Document Cloud formou o Readability Consortium em parceria com a Universidade Central da Florida (UCF) e o Readability Matters há quatro anos. Agora, os fundadores dão boas-vindas ao Google no projeto.  

“O objetivo do Readability Consortium é tornar a leitura digital e sua compreensão mais igualitária para todas as pessoas em todo o mundo, investindo em pesquisa cognitiva, ferramentas de código aberto e testes de usuários em uma ampla área de faixas etárias e níveis de habilidades”, explica Karollyne Souza, Channel Account Manager da Adobe. “De acordo com a ONU, a Covid-19 eliminou 20 anos de ganhos em educação. Outros 101 milhões (9%) de crianças do 1º ao 8º ano ficaram abaixo dos níveis mínimos de proficiência em leitura em 2020, por isso iniciativas como essa são importantes”, afirma.

A ideia do projeto é reunir empresas, ONGs, educadores, pesquisadores e entidades governamentais para defender o avanço de experiências de leitura digital individualizadas em todos os dispositivos e desenvolver soluções que abordarão os problemas fundamentais da exibição de texto fixo. Mesmo as pessoas que lêem bem, podem ter cansaço visual, fadiga ou simplesmente lutam para acompanhar o volume de leitura que a vida exige.

“Por meio da parceria inicial com a organização sem fins lucrativos Readability Matters, testamos um protótipo de formatação de texto individualizado com 80 alunos de San Jose e obtivemos resultados surpreendentes”, ressalta. “Leitores com dificuldades tornaram-se proficientes, e os mesmos  ficaram ainda melhores. Os alunos que eram essencialmente não leitores mostraram que, de fato, podiam ler quando o texto era individualizado”.

Após o estudo inicial, a Adobe Document Cloud percebeu que estava diante de ainda mais questões profundas como:  quais formatos de leitura funcionam melhor e como determinamos esses formatos? Existem diversas formas  para escolher ou precisamos de personalização em um nível individual? Os leitores podem encontrar seu melhor formato por conta própria ou precisamos de novas ferramentas de diagnóstico? A formatação personalizada pode ajudar estudantes a compensar o progresso de leitura interrompido devido à pandemia?

A busca por essas  respostas resultou na formação de uma comunidade de pesquisa não apenas na Adobe, mas também no financiamento do Virtual Readability Lab da UCF, onde construíram uma rede informal de mais de 50 pesquisadores em todo o mundo compartilhando novas pesquisas, ferramentas e parcerias. Os estudos realizados pelos especialistas mostraram que, mesmo para um leitor habilidoso, escolher o formato ideal pode melhorar sua leitura em até 239 palavras por minuto. É como reduzir a leitura de Guerra e Paz de 35 para  18 horas.

O futuro do “Readability Consortium” é continuar a construir um esforço de pesquisa que inclua novas ferramentas, métodos e criar o maior conjunto de dados de comportamento de leitura do mundo. O que levará a um novo agrupamento de testes oftalmológicos, que permitirão a qualquer pessoa encontrar sua melhor “receita” de leitura e usá-la sempre que ler texto digital. “Este será um grande empreendimento de vários anos, e precisamos trabalhar com mais empresas de vários setores”, comenta. 

Por fim, a executiva esclarece que a Adobe Document Cloud está focada em como as tecnologias proprietárias podem transformar o mundo. “Como um pilar de nossos esforços globais de impacto na sociedade, pretendemos tornar a leitura melhor para todos: ajudar aqueles que lutam para ler com proficiência e capacitar esses leitores proficientes a ler ainda melhor - com mais eficiência, com menos esforço, com menos fadiga”, conclui. 

 

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