Os eventos estão de volta. É hora de fazer melhor
Welder Lara*
Investir na participação de empresas com
stands em eventos segmentados é sem dúvida uma estratégia consolidada de
divulgação e vendas. Porém, a mensuração objetiva de resultados ainda é muito
negligenciada.
Na prestação de contas, de um lado
custos bem reais com montagem de stands, patrocínio, passagens aéreas, brindes
e uma infinidade de outras demandas necessárias para que a empresa possa
brilhar, se contrastam com informações pouco palpáveis de resultado, como: “o
stand estava cheio”, “o evento recebeu muitas autoridades”, “recebemos
feedbacks positivos dos clientes”, e assim por diante.
Efetivamente, qual foi o retorno do
investimento no curto, médio e longo prazos? No ano, qual evento ofereceu
melhor resultado? Este ano foi melhor que o ano anterior? Quem são, o que
pensam, o que consomem, onde vivem e quanto a marca faturou com os visitantes
do seu stand ao longo de um determinado período?
Por fim, a conta fecha ou não fecha?
A boa notícia é que, ou pressão dos
custos ou visão de oportunidade, os departamentos de marketing já se movimentam
no sentido de medir, medir e medir resultados. Assim, é possível defender ou
até incrementar seus orçamentos e ainda justificar objetivamente todo o esforço
que envolve a maratona de eventos do ano.
Mas como fazer? Aliás, como fazer da
melhor forma?
Instintivamente a resposta para a
primeira pergunta seria simples: Vamos cadastrar todos os visitantes, fazer
entrevistas para conhecimento de informações relevantes, comparar com a
carteira de vendas do período posterior e depois tabular os dados, com gráficos
espetaculares, para as reuniões de resultados.
Mas na prática, a iniciativa, quando
ocorre, complica a dinâmica do stand e não chega ao objetivo final, virando
apenas uma pilha de fichas no canto da sala.
Agora, respondendo a segunda pergunta,
“como fazer da melhor forma”, uma excelente alternativa é a criação de
dinâmicas (jogos) com a utilização de tecnologia. Uma ação que possa tornar
natural e interessante para o público oferecer informações importantes para a
empresa, sempre, é claro, de acordo a lei de proteção de dados.
Imagine um stand que distribua terminais
touch screen para interação com seu público, fazendo perguntas comercialmente
relevantes ou mesmo testes de conhecimento em relação aos seus produtos, e
ofereça na contrapartida brindes, os mesmos que hoje já são distribuídos de
forma aleatória ou com baixo controle, ou que possibilite o sorteio de prêmios.
Vamos além, vamos apurar quem é o público, dividindo entre concorrentes, não
clientes e clientes de cada solução oferecida pela empresa. Agora, vamos ativar
os clientes nas ferramentas digitais, como e-mails, redes sociais, entre outas,
com mensagens personalizadas.
E mais, vamos selecionar os clientes interessados e remeter ao funil de vendas
da equipe comercial da empresa, otimizando os resultados, resgatando aqueles
clientes que muitas vezes estiveram no stand, mas escaparam pelos dedos por
falta de uma prospecção mais ativa.
Por fim, vamos descobrir como foi
importante todo o esforço realizado e entregar muito mais que uma percepção,
mas dados que apontem o verdadeiro retorno do investimento realizado em cada
ação.
Sim, isso já é feito por poucos e
precisa ser feito por todos.
*Welder Lara é jornalista, com especialização em marketing e CEO da Rowan
Marketing. www.rowanmarketing.com.br
Nenhum comentário